Celebração ideal para os 25 anos

30. Qual seria a forma ideal para celebrar o 25º aniversário da franquia, em sua opinião?

Eu gostaria que 2021 fosse visto como "O Ano de Lara Croft". Aproveitando a resposta do dia 8, eu não tenho interesse em um remake propriamente dito, mas sinto que a data seria ideal para um relançamento dos cinco primeiros jogos da Core, como são, para as plataformas atuais (inclusive Nintendo Switch), além de galerias multimídia e diversos extras cobrindo toda a saga. Algo similar ao que a Capcom fez para o 30º aniversário de Street Fighter (inclusive edição especial!).

Temos um filme a caminho, mas, além do lançamento "nostálgico", acredito que seria interessante uma nova e promissora dobradinha, como vimos em 2014, com a revelação de um novo Tomb Raider e, também, de um novo Lara Croft. Nenhum destes dois jogos precisaria ser lançado dentro do ano fiscal, apenas anunciados para aproveitar a ocasião, é claro.

A cereja no topo do bolo seria o retorno das histórias em quadrinhos, preferencialmente livres da necessidade de tentarem se situar dentro do mesmo cânone dos jogos, e reabrindo as portas para crossovers com outros figurões como, digamos, Mulher Maravilha (entre outros, é claro). Está na hora.

Além disso, vale lembrar que a presença de Lara Croft em Super Smash Bros. consolidaria seu impacto cultural para todo o sempre. Resta a Square Enix e a Nintendo pararem de esnobar as inúmeras conquistas da aventureira...

Tomb Raider e você

29. Como você descreveria sua relação com a franquia Tomb Raider como um todo?

Sem mentiras, Tomb Raider é a única razão pela qual eu vivo. No decorrer das duas últimas décadas, sempre tive Lara Croft ao meu lado, durante os momentos bons e os ruins. Não existe nada melhor do que os jogos para uma sempre bem-vinda dose de escapismo, afinal todos sabemos que o retrógrado mundo real está praticamente "invivível", pela falta de um termo melhor...

Em algum momento já me perguntei que rumo minha vida teria tomado se eu não tivesse ingressado nesse universo da forma e intensidade que o fiz. Em realidades paralelas, talvez eu tenha me tornado uma pessoa normal; ou, quem sabe, igualmente obcecado por outra franquia ao invés...

De qualquer forma, sei que, enquanto eu viver, Tomb Raider é e sempre será o meu norte.

Deixou de jogar algum jogo da série?

28. Existe algum jogo (ou expansão) da série que você não tenha jogado ou terminado? Por quê? 

Os únicos jogos que eu não joguei são aqueles de distribuição limitada por região. Assim, além dos jogos para televisão interativa de décadas atrás, também não pude conferir Reflections e estou certo de que jamais terei a oportunidade de testar a adaptação do reboot para arcades...

Objetos de desejo

27. Existe alguma estátua ou qualquer outro item de coleção, queira você adquiri-lo ou não, que você considera o santo graal de Tomb Raider?

Como um colecionador frustrado por estar radicado no Brasil, não tenho uma resposta fixa para esta pergunta. Hoje, eu considero a coleção de figuras #TombRaider20 da Gaming Heads a melhor coisa que eu jamais poderei ter — e três anos depois, sequer vimos metade delas. Ficaria extremamente feliz se conseguisse adquirir uma das seis, mas parece que nem isso vai rolar.

Em dado momento da minha vida, minha meta já foi adquirir uma estátua em tamanho real da Oxmox Studios. Tinha especial interesse na de Legend, mas nem consigo imaginar o valor total que uma aquisição dessas representaria. Se uma simples figura de USD 10 (como a Totaku) chega custando quase BRL 250, talvez seja melhor nem saber.

Fãs de Tomb Raider nascidos nos países de primeiro mundo não sabem a sorte que têm...

Local que gostaria de explorar

26. Se você pudesse explorar uma localidade dos jogos na vida real por um dia, qual você escolheria e por quê?

Correndo o risco de repetir o que já disse no passado, Peru. Mais precisamente, a tumba de Qualopec. Toda a região de Vilcabamba (tanto em Atlantean Scion como em Anniversary) sempre despertou em mim uma sensação única de fascínio e descoberta. Talvez por se tratarem dos níveis de abertura do primeiro jogo, talvez por conta da atmosfera global.

Suspeito que um sítio arqueológico equivalente na vida real não teria o mesmo apelo, mas se eu fosse um magnata multimilionário certamente teria reconstruído essa tumba em escala real nos fundos da minha casa...

Criadores favoritos

25. Você possui criadores de conteúdo favoritos na comunidade? Artistas, escritores, músicos, autores de níveis, cosplayers, vale tudo — compartilhe o amor!

Existem tantos fãs talentosos na nossa comunidade que é impossível lembrar de todos eles. Neste momento, os fãs que tenho acompanhado mais de perto são, sem nenhuma ordem específica: DoppelZgz, Jason Chester, Roli, MicheleMouse, Laragwen, e Christophe. Alguns anos atrás eu estava bem investido nas fanfics da Noelle Adams — que também é uma excelente cosplayer —, mas admito que estou bem atrasado nas minhas leituras.

Claro que existem muitos outros artistas que eu adoro na comunidade e que desenvolvem os mais variados conteúdos. Por exemplo, sou fã absoluto tanto do Justin quanto do Geckokid, dois talentosos criadores de níveis do TRLE, e as composições de Dean Kopri sempre agradam. Como um todo, é seguro dizer que nossa comunidade é riquíssima em conteúdo original.

Jogo com o qual você mais se identifica

24. Com qual jogo da série você mais se identifica, seja por causa de Lara, ou talvez por causa dos lugares ou quebra-cabeças apresentados no jogo?

Essa é uma pergunta difícil de responder. Acredito que, no meu caso, o jogo com o qual eu mais tenha me identificado seja Legend, tão somente por sua interpretação singular da lenda da Excalibur, e a forma como tudo foi entrelaçado com o pano de fundo da própria aventureira. Possivelmente, é a única história da saga que tenha despertado uma curiosidade que se estendia além da franquia.

Admitidamente não tenho um conhecimento tão aprofundado da mitologia em torno do rei Arthur, não tanto quanto eu gostaria, mas acredito que essa seja a única resposta genuína que posso dar. Hei de comprar a trilogia de Bernard Cornwell, algum dia...

Você já fez cosplay?

23. Você já fez algum cosplay inspirado por Tomb Raider, seja de Lara ou qualquer outro personagem na série? Se tivesse a oportunidade, qual personagem ou traje gostaria de fazer cosplay?

Não. Admito que, lá em idos de 2006, comprei um pulôver azul listrado tão somente por conta do traje Winter No Jacket, que Lara veste em Legend, mas ele está bem longe de qualificar como uma peça de cosplay.

Apesar de admirar o trabalho de diversos dos cosplayers da nossa comunidade, não tenho interesse em fazer o meu próprio.

Trilhas sonoras revitalizadas

22. Você ajudou as campanhas de financiamento coletivo da Tomb Raider Suite ou Dark Angel Symphony? Quais faixas destes projetos estão entre suas favoritas? Você gostaria de ver lançamentos como estes para o restante dos jogos da série?

Apesar da nossa situação sempre desfavorável em todos aspectos possíveis, eu colaborei, sim, com os dois projetos. Ainda não recebi os CDs da Suite (estão em rota, mas... Brasil, sabe?), e o meu combo da Dark Angel Symphony chegou poucos dias atrás, acompanhado de uma asquerosa taxa de imposto de importação...

É difícil escolher faixas favoritas, uma vez que os dois projetos devem ser ouvidos do começo ao fim em minha opinião, mas vou elencar uma de cada projeto: In the Blood e The Angel of Darkness.

Idealmente, todos os jogos (inclusive os spin-offs) teriam suas respectivas trilhas sonoras lançadas em CD, mas acredito que esses dois projetos de revitalização sejam o suficiente.

Sites favoritos

21. Quais são alguns de seus sites, páginas de redes sociais, ou blogs favoritos para se manter em dia com as novidades da franquia?

Bem, os sites que eu mais acesso estão elencados na aba "Links", na barra lateral do blog. Alguns deles não são necessariamente focados em notícias (como é o caso do site da Stella), mas, ainda assim, faço questão de visitá-los religiosamente.

Também procuro acessar periodicamente a seção r/TombRaider do Reddit. E, uma vez por mês, gosto de acessar o índice de fansites oficiais e visitar um por um. É triste ver que muitos destes estão offline ou simplesmente deixaram de ser atualizados, mas é uma forma que encontrei para me assegurar que estou sempre por dentro de tudo.

Série live-action

20. Apesar de ser inspirada em uma série de livros, The Witcher foi adaptado para uma série em live-action que recebeu críticas positivas, e séries de Resident Evil e The Last of Us estão a caminho. Você gostaria de ver uma série em live-action de Tomb Raider?

Sem dúvidas! Eu acredito que Caçadora de Relíquias ainda viva no imaginário das pessoas que a acompanhavam, tantas primaveras atrás, e não tenho certeza se qualquer outra série tentou aproveitar-se de uma temática similar desde então.

Se coubesse a mim, veríamos apenas um ou dois arcos ao longo de cada temporada, com uma grande descoberta sendo construída e desenvolvida no decorrer dos episódios. Resumidamente, uma abordagem mais parecida com a dos jogos ao invés de tentar sintetizar aventuras em um único local para caber dentro de um episódio apenas.

E claro, encontraria uma forma de inserir uma quantidade absurda de easter eggs e referências a todas as outras mídias pelas quais as aventuras de Lara já foram contadas.

Colecionáveis e recompensas

19. Qual jogo na série tem o melhor sistema de colecionáveis para recompensar exploração, em sua opinião? Você prefere recompensas imediatas, como armas e munição; extras destraváveis, como artes conceituais e trajes; ou desdobramentos mais aprofundados da história, como documentos?

Apesar de achar interessante a ideia de usar documentos para aprofundar a história para aqueles que desejam saber mais, devo confessar que devo ter lido apenas uma fração dos documentos da trilogia reboot. Quando estou com um controle em mãos, eu quero jogar e não ler. Até iniciei um projeto de transcrição lá em idos de 2013 para tentar remediar isso, mas abandonei a ideia rapidamente.

Eu considero o fator replay importante, então em minha opinião o sistema que vimos em Legend é o ideal. Pensando bem, talvez Anniversary seja um exemplo melhor, já que são menos artefatos e estão mais escondidos. Destravar roupas parece algo tão superficial, mas certamente valia a pena para usá-las em busca de tempos melhores nas Time Trials.

Sobre o modo Endurance

18. Você testou o modo Endurance em Rise of the Tomb Raider? E a versão cooperativa? O que você achou do modo? Gostaria que ele retornasse em um jogo futuro?

Joguei o suficiente das duas versões para ter uma opinião bem favorável ao modo. Na verdade, gostei muito mais da versão cooperativa do que de jogar sozinho, mas a ideia do mapa se construir de forma aleatória, usando blocos pré-definidos, enquanto você caça tesouros e se mantém alerta quanto aos seus medidores de calor e fome, é bem única.

O fator replay talvez até seja limitado, uma vez que existe um número total de configurações para as criptas então, cedo ou tarde, a sensação de déjà vu é inevitável. Como é um modo extra, não me oponho aos medidores, que visam simular elementos de sobrevivência, mas jamais gostaria de vê-los na campanha principal.

Acredito que Shadow tenha perdido uma tremenda oportunidade ao remover esse modo. Explorar florestas tropicais poderia ter sido mais interessante do que as tundras siberianas, e o medidor de frio poderia dar lugar para um medidor de calor/sede ao invés. Não sabemos que direção os desenvolvedores irão tomar para o próximo jogo, mas o conceito pode ser facilmente adaptado com ajustes aqui e ali caso a temática de sobrevivência seja descartada (o que, convenhamos, é hora), então sim, espero que o modo retorne no futuro.

Um personagem que poderia retornar

17. Se você pudesse trazer de volta algum personagem do legado da franquia (seja dos jogos, dos filmes, dos quadrinhos, etc), quem seria? Como a reunião com Lara se desdobraria? 

Existem tantos personagens que acabaram sendo deixados para trás no decorrer dos anos que seria fácil "resgatar" muitos deles. Reintroduzi-los no universo estabelecido pelo reboot poderia exigir algumas mudanças, mas acredito que poderia funcionar.

Minha escolha é meio incomum pois, em minha opinião, faz sentido existirem assistentes para Lara, mas não penso em Alister, Zip, ou mesmo Winston. Minha escolha seria Madeline Hovan, que Lara contratou como cozinheira/secretária/assistente/faz-tudo durante o arco Dead Center.

A mulher oferecia suporte remoto, através de um headset, mas acompanhou Lara em algumas aventuras e demonstrou proficiência com uma arma de fogo em uma situação complicada (e logo no seu primeiro dia!). Precisaria ler as histórias novamente, pois não lembro o motivo pelo qual ela deixou de ser uma personagem recorrente nas HQs.

E a melhor parte: ela poderia ser introduzida (não necessariamente nos jogos) nesse novo universo da exata mesma forma. Ou seja, Lara poderia recrutar alguém para lidar com toda a papelada e burocracia envolvida em suas viagens, e como as "circunstâncias incomuns" ainda orbitam a aventureira, a senhora Hovan poderia reter todos seus traços originais.

Lara Croft além de Tomb Raider

16. Você já jogou algum jogo sem ser Tomb Raider no qual Lara Croft é apresentada de alguma forma (seja como personagem convidada, como opções de trajes, ou mesmo usando mods feitos por fãs)? Você já tentou construir um personagem parecido com ela noutros jogos?

Certamente, esses casos estão entre os tópicos mais diferenciados que cubro no blog Raider Daze, então a resposta naturalmente é sim. Conferi todos os crossovers com a saga Final Fantasy – Lightning Returns, Brave Exvius, e XV –; me tornei jogador assíduo de Brawlhalla; e ao menos uma partida com o mod disponível no workshop de Guacamelee! eu joguei.

Não tenho jogado muitos jogos com a opção de customizar personagens, então não tenho recordações recentes nesse sentido. E, no que diz respeito a mods, ainda tenho Project M Ex instalado, mesmo ciente de que as chances de Lara Croft entrar em Super Smash Bros. parecem menores a cada dia...

Sobre a subfranquia Lara Croft

15. Você jogou algum dos jogos na série de spin-offs Lara Croft? Qual é o seu favorito e por quê?

O único que eu não joguei é Reflections, que, infelizmente, teve uma vida quase que não-existente. Pelo pouco que sabemos sobre o jogo, não teria sido particularmente empolgante, mas ainda assim, tenho certeza que teria investido boas horas nele.

É difícil definir um jogo favorito considerando que todos eles são muito bons. Guardian of Light foi uma grata surpresa, e quando Temple of Osiris veio, anos mais tarde, eu realmente fui cativado pelo jogo, repetindo o mesmo do começo ao fim, inúmeras vezes, em sessões online com outro jogador de Portugal. Todo esse tempo que passei com o jogo o tornou especial para mim, apesar de sua curta duração.

No ano seguinte, recebemos Relic Run e Go para nossos smartphones. Relic Run começou muito bem, mas conforme as atualizações chegavam, o interesse diminuía por conta das alterações que eram feitas. E eis que veio Go e encantou o mundo inteiro, e não é para menos. Acredito que Go seja de fato o melhor jogo dentre os spin-offs, mas não ocupa minha posição de favorito tão somente por seu baixo fator replay.

Resta torcer para que essa subfranquia não tenha chegado ao fim (lembrando que tivemos Temples and Tombs recentemente). Tomando LCTOO como base, seria ótimo se Lara e Carter atravessassem o Mediterrâneo para um jogo isométrico baseado na mitologia grega.

Cópias múltiplas

14. Você já comprou duas ou mais cópias de um mesmo jogo? Qual título detém seu recorde?

Eu tenho diversas cópias de praticamente todos os jogos (e dos filmes), não apenas por conta das diferentes plataformas mas também por causa de relançamentos, como em revistas, ou a comodidade de ter os jogos em formato digital, pela Steam. 

Fiz uma rápida contagem para ver qual o jogo com maior número de cópias, e pelo que identifiquei, no meu caso, é Atlantean Scion, com 10 cópias diferentes. Em segundo lugar, um empate entre Legend e Anniversary, com 9 cópias de cada; e, após, The Last Revelation e Rise, com 8 de cada.

Sobre a Mansão Croft

13. Qual versão da Mansão Croft é sua favorita e por quê?

A Croft Manor é uma das constantes na franquia. Ela foi introduzida no primeiro jogo como um nível de tutorial, para explicar os movimentos ao jogador, e recebeu novas áreas em Dagger of Xian e Adventures of Lara Croft. Acredito que esta tenha sido sua melhor e mais completa forma.

Em TR3, a mansão é mais do que um tutorial por conta de seus diversos segredos escondidos. Chegar até a chave para a pista de corrida, por exemplo, é uma aventura por si. A estética visual também é bastante aconchegante, apesar do fato que a escala do sistema de grade dos primeiros cinco jogos resulta em proporções bem inconsistentes.

Aproveitando, é realmente uma lástima que nunca tenhamos visto a oitava tumba de Shadow. Em contrapartida, o Nicobass está desenvolvendo uma versão para lá de especial para seu remake demo; resta-nos aguardar...

Lara e você

12. Lara Croft é uma personagem inspiradora e também uma com a qual as pessoas conseguem se identificar. Ela já te inspirou ou motivou em alguma situação da vida real? O que torna a personagem tão atraente para você?

Não tenho lembranças de ter resolvido qualquer situação usando Lara Croft como referência, mas motivos para admirá-la certamente não faltam. Basicamente, "She's Cool".

Acho que, acima de quaisquer outras características, o que torna a personagem tão especial para mim é sua autossuficiência: ela não precisa de ninguém. Ela parte para as regiões mais remotas do mundo, seja em busca de respostas ou de artefatos, com a certeza de que nada e nem ninguém pode a impedir. Sua determinação beira a obsessão, e pobre de quem se atrever a cruzar seu caminho.

Essa solitude foi brevemente explorada no epílogo do segundo crossover com Witchblade. Ali, Lara comenta para Sara que normalmente está sozinha quando faz descobertas incríveis, não tendo com quem as compartilhar, mas que não trocaria esse estilo de vida por nada.

Fã por tabela

11. Você já jogou qualquer outro jogo da Core Design ou da Crystal Dynamics após se tornar um fã de Tomb Raider? Nessa mesma linha de raciocínio, você já assistiu a outros filmes estrelados por Angelina Jolie ou Alicia Vikander tão somente por esse motivo?

Assim que foi lançado, lá no começo dos anos 2000, eu fiz questão de comprar Project Eden pois o material promocional não cansava de salientar que era um projeto da equipe que havia desenvolvido o primeiro Tomb Raider. Tenho pouquíssimas lembranças, porém, e vivo prometendo uma revisita ao jogo para falar sobre ele aqui no blog. Em termos de jogos dos estúdios, apenas esse.

Agora, sobre os filmes a história é outra. Acho que até deveria fazer uma checklist, mas olhando pelos perfis das atrizes no IMDb (Angelina e Alicia), posso afirmar que vi boa parte deles. Eu tenho o DVD de Garota, Interrompida, e sinto que deveria acrescentar A Garota Dinamarquesa à minha coleção, já que são os filmes que premiaram as atrizes antes delas entrarem em nossas vidas como Croft.

Streamers e Extra Life

10. Você acompanha algum streamer de Tomb Raider? Você já assistiu ou participou de alguma das transmissões hospedadas em prol à campanha Extra Life pela equipe liderada pela Stella?

Eu não sou muito fã da plataforma Twitch, então, não, não acompanho nenhum streamer (sequer sei se existe um termo em português para esse fim). Entretanto, já dei boas risadas assistindo algumas das transmissões feitas para campanhas Extra Life anteriores e espero marcar presença como espectador em novembro deste ano novamente.

Modo de imersão

9. Shadow of the Tomb Raider tentou implementar um chamado "modo imersivo", no qual os NPCs falavam em seus idiomas nativos. Você experimentou este modo? Gostaria de ver ele de volta em jogos futuros?

Eu testei algumas vezes, mas nunca me comprometi. Ou seja, ativava em uma ou outra sessão, mas desativava pouco tempo depois. Eu acho o conceito muito bom, e adoro a ideia de uma Lara poliglota, mas ouvir conversas se desdobrando em dois idiomas distintos não funcionou para mim.

Tenho certeza que comentei aqui no blog que quero, sim, que essa ideia retorne em jogos futuros como parte da experiência e não como opção, mas de forma mais convincente. Ou seja, elimine a dublagem em inglês em certos casos e faça com que Lara se arrisque a falar naquele idioma. Isso ainda abriria brechas para brincadeiras com o sotaque da garota, que certamente ajudariam a humanizá-la ainda mais. E, por tabela, daria mais substância ao já existente sistema de idiomas, que hoje serve apenas para "decifrar" monólitos.

Falhando isso, o uso de frases esporádicas, como vimos em Legend, seria melhor.

Remasters e remakes

8. Nos últimos anos, temos visto diversos remakes e remasterizações de jogos nostálgicos. Qual jogo da série que você mais gostaria de ver receber um remake? Como você o faria, se estivesse sob sua responsabilidade?

Honestamente, não sinto a necessidade de mais remakes (nota: eu amo Anniversary).

O que eu optaria ao invés seriam ports básicos, com suporte a troféus e conquistas, claro, dos cinco primeiros jogos da série para o PS4 e Xbox One, da mesma forma que a Square Enix fez com Final Fantasy VII alguns anos atrás (antes do remake que, aparentemente, tem agradado a todos). Nesse momento, sinto que é mais importante preservar a acessibilidade aos clássicos acima de qualquer coisa.

Um relançamento assim certamente iria incomodar muita gente, mas nem de perto o tanto que quaisquer mudanças feitas nos jogos causariam (vide o próprio TRA). Não creio que seja possível fazer um remake dos clássicos mantendo a jogabilidade inalterada, e isso influencia diretamente a forma como os ambientes são construídos, o quê, por tabela, significa que ou os jogos são relançados como são — talvez com meros retoques, como aconteceu com as versões para smartphones —, ou são completamente reimaginados, de forma similar ao TRA ou ao remake demo de Nicobass.

Eu ainda jogo os clássicos com frequência no computador, então mesmo isso eu dispensaria nos dias de hoje, mas esses jogos não são à prova do futuro, então novamente dependeremos da comunidade para desenvolver soluções compatíveis com os novos sistemas operacionais, cedo ou tarde.

Série animada

7. Como parte das celebrações do décimo aniversário, fomos presenteados com uma série de curtas animados de Tomb Raider sob a marca Re\Visioned. Você assistiu aos episódios? Você gostaria de ver uma nova série animada?

Sim e sim, com certeza. O formato de antologia, com sete histórias completamente independentes, desenhadas e animadas por artistas diferentes, serviu muito bem à ocasião. Apesar de curtos, todos episódios têm seus momentos, mas acho que o meu favorito é o último, A Complicated Woman, pela forma que a narrativa se desdobra.

Um motivo que me deixa bastante chateado é que essa série nunca foi propriamente lançada em DVD ou BluRay, mas, felizmente, nas celebrações do vigésimo aniversário a Crystal disponibilizou versões em melhor qualidade.

E, aproveitando a deixa, um dos projetos mais antigos que tenho – e que ainda está inacabado – é a transcrição e tradução definitiva dos episódios. Muitos termos são absurdamente específicos e nenhuma das legendas disponíveis na internet os acertou. Mesmo com o ouvido viajado do sempre amigo Gustavo V., que também foi essencial na tradução de Dark Aeons, ainda nos faltam algumas palavras nesse projeto que retomamos brevemente uma vez a cada dois ou três anos.

Entretanto, levando em consideração que nossos canais não são monetizados e sequer têm grande abrangência, seria um trabalho colossal que não teria um retorno adequado. Ou, ainda pior, seria captado por canais maiores que se aproveitariam do sistema, como já aconteceu no passado.

Quanto a uma nova série, não sei por que ainda não aconteceu. A própria Netflix tem investido em produções similares, como Castlevania (que foi renovado para uma quarta temporada), então acredito que seria viável e plausível ver Tomb Raider receber o mesmo tipo de tratamento pelo serviço.

Sobre os quadrinhos

6. Você leu as histórias em quadrinhos de Tomb Raider? Se sim, qual a sua história favorita e por quê?

Li, sim, incontáveis vezes. Cada nova aquisição relacionada aos quadrinhos, mesmo que de edições que eu já possua, garante uma nova leitura daquela edição. Encadernados, como os tankobons e a recente série Archives, também surtem esse mesmo efeito.

Quanto à história favorita, eu vou aproveitar a oportunidade para relembrar a postagem sobre as HQs que fiz em meu cronograma dedicado ao vigésimo aniversário. Mas, em tempo, acredito que a melhor história publicada seja Vendetta; o primeiro crossover com a Witchblade. É uma história simples, direta, e cheia de elementos que parecem ter saído diretamente dos jogos — não tem erro.

Jogos não-eletrônicos

5. Tomb Raider saltou das telas para as mesas. Você já jogou algum dos jogos de cards ou de tabuleiro? Se sim, o que achou?

Anos (ou melhor, décadas) atrás, jogava com frequência o Tomb Raider CCG, e ainda hoje digo que é uma ótima adaptação. Até mesmo fiz um esforço para tentar revitalizar interesse pelo mesmo através do blog, mas novamente ficou em segundo plano por conta de outros projetos paralelos. Além desses artigos, eu pretendia comprar os decks iniciais para voltar a jogar (evitando, assim, usar os da coleção), mas o dólar começou a escalar cada vez mais e desencanei dessa ideia. No futuro, talvez.

 

Quanto aos demais jogos de tabuleiro, tenho os três mas nunca tive a oportunidade de jogá-los.

Maratonando Tomb Raider

4. Você já fez uma maratona de Tomb Raider? Se sim, quais jogos (e títulos em outras mídias) você incluiu em sua maratona mais recente?

Essa resposta meio que continua a de ontem. Como eu disse, costumava rejogar todos os jogos da série em sequência, todos os anos, até o lançamento de Rise of the Tomb Raider. Desde então, a última maratona que fiz foi no ano passado, e demorei oito meses para completá-la, passando por todos os jogos da série principal e seus respectivos pacotes de expansão; Guardian of Light, Temple of Osiris e Go; e ainda encaixei no caminho os jogos em Java para falar sobre eles aqui no blog.

No ano anterior eu havia feito uma mini-maratona apenas dos jogos portáteis, também com o intuito de escrever sobre os mesmos. E, por fim, uma vez a cada três ou quatro meses eu reservo um final de semana para assistir aos três filmes. Com tantas outras coisas para jogar e assistir, admito que é estranho dedicar tanto tempo para repetir experiências assim, mas esse é o tipo de fanboy que sou.

Frequência de repetição

3. Com que frequência você revisita os jogos oficiais? Qual o jogo que você acredita ter repetido mais vezes?

Até 2015, antes do lançamento de Rise of the Tomb Raider para ser mais exato, eu procurava rejogar toda a série principal e seus pacotes de expansão ao menos uma vez por ano, mas essa tarefa estava se tornando trabalhosa demais. Hoje em dia, tenho colocado meu foco em desbravar cada vez mais aventuras inéditas construídas com o Level Editor, mas ainda encaixo uma ou outra partida completa de um dos jogos (principalmente os da trilogia Legend) aqui ou ali...

Quanto ao jogo que eu mais joguei, existem três possibilidades. Quando ganhei minha cópia de Tomb Raider Gold, lá em 1998, eu chegava a repetir o jogo e a expansão até três vezes por semana, então com o passar dos anos certamente acumulei muito mais de 100 partidas completas do jogo. Aí temos TRL, que por conta de sua breve duração também me via rejogando com muita frequência alguns anos atrás. E, por fim, Temple of Osiris, que também repeti incansavelmente no seu primeiro ano devido ao seu modo cooperativo online e suas fases rápidas mas divertidas.

Ajeitando seu jogo menos favorito

2. Agora, no extremo oposto, como você mudaria o seu jogo menos favorito para deixá-lo mais de acordo com seu gosto?

Revisitando postagens antigas, citei que Angel of Darkness deixou de ser meu jogo menos favorito e cedeu esse lugar ingrato para Chronicles. "Corrigir os diversos bugs nas últimas fases" fica subentendido, mas acho que ainda não seria o suficiente para melhorar o jogo para mim.

A primeira coisa que eu faria seria remover completamente a existência da Lara jovem. A expedição na ilha irlandesa é bastante atmosférica, então procuraria mantê-la e adaptá-la de forma a permitir que Lara pudesse usar suas armas. Os inimigos, em sua maior parte sobrenaturais, poderiam ser imortais e retornar momentos depois, se o propósito era fazer com o que o jogador se sentisse indefeso.

Também sinto que todas expedições são muito curtas, então acrescentaria um quinto episódio. O final do jogo deixa subentendido que Lara sobreviveu sozinha ao colapso da pirâmide no final de The Last Revelation; acho que seria muito melhor se tivessem explorado essa escapatória em forma jogável, como um capítulo bônus destravado ao terminar o jogo. Ali, sim, poderíamos ter uma Lara desarmada e levemente debilitada, o que poderia até eliminar a necessidade dessa "característica" da aventureira no início de AOD.

Jogo favorito da série

Aproveitando esse momento de quarentenas obrigatórias e distanciamento social, e enquanto estamos no aguardo de notícias oficiais sobre o futuro da franquia, vamos tentar engajar a comunidade a relembrar e compartilhar suas experiências com a franquia através de um novo "desafio de 30 dias". O último aconteceu em 2013, e muita coisa aconteceu de lá para cá...

No decorrer de abril, seguindo um cronograma fixo, uma nova pergunta será postada no Twitter todos os dias, mas você pode responder como e onde preferir. Como o blog Raider Daze é baseado em um cunho pessoal, as minhas respostas serão mais detalhadas por aqui.

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1. Uma boa quantidade de jogos foi lançada desde o último destes desafios, então a primeira pergunta volta aos básicos: Qual seu jogo favorito na série e por quê? O seu jogo favorito já foi outro, por algum motivo ou outro?

Hoje, eu diria que o Atlantean Scion original voltou a ser o meu jogo favorito, mas Legend nunca está longe. Acho que, em ambos os casos, a primeira impressão ainda prevalece. Meu primeiro contato com a franquia foi Dagger of Xian, mas TR1 foi o primeiro que completei e a partir do qual me apaixonei pela franquia. A experiência era muito imersiva, e a combinação de descoberta e aventura era mágica.

Todos sabemos como a história se desenrolou, e eu ainda acompanhava religiosamente as notícias após a troca de estúdios, mas, como meu computador na época sequer rodava Angel of Darkness (e eu tinha um GameCube), estava meio desamparado. Foi, então, que joguei Legend pela primeira vez no PlayStation 2 de meu irmão cerca de dois ou três meses após seu lançamento. Honestamente, despertou em mim exatamente a mesma sensação que TR1 tinha feito lá em 1998. 

Então, sim, meu título favorito já mudou com o passar dos tempos, mas sempre alternando entre estes dois.