terça-feira, 26 de novembro de 2013

Caçadora de Relíquias

Ao longo dos últimos meses, eu estive assistindo aos episódios do seriado Relic Hunter, conhecido no Brasil como Caçadora de Relíquias. Há muito tempo atrás, eu lembro de ter assistido a alguns episódios na TV aberta após indicações de amigos, mas eu tenho o péssimo hábito de sempre perder horários da programação. O pouco que vi, entretanto, despertou minha curiosidade.

Não sei dizer se um box oficial chegou a ser lançado aqui no Brasil, mas, graças à internet (e um download de 22GB), finalmente consegui assistir a todas as três temporadas. O seriado, claramente inspirado por Tomb Raider, foi ao ar entre os anos de 1999 e 2002 ‒ tempos áureos da franquia de Lara Croft.

A série é protagonizada pela americana Sydney Fox (Tia Carrere), renomada professora de história na universidade Trinity, que está sempre viajando ao redor do mundo para recuperar tesouros perdidos. Ela não é grande fã de formalidades e não tem dificuldade alguma para resolver quaisquer situações que exijam preparo físico: mais especificamente, lutas corpo-a-corpo.

Em contrapartida, seu assistente inglês Nigel Bailey (Christien Anholt) é bastante desengonçado e, por vezes, deveras ingênuo. Quase sempre acompanha Sydney nas expedições, normalmente invertendo o paradigma da donzela em perigo. Grande parte do humor do seriado vem de Nigel e, também de Claudia (Lindy Booth), secretária que não tem interesse algum por história ‒ a menos que um potencial interesse amoroso esteja envolvido.


Na terceira temporada, Claudia sai do elenco e dá lugar para Karen Petrushky (Tanja Reichert). Karen é um tanto mais "agressiva," digamos, e se destaca por seu excelente trabalho como secretária. Entretanto, tem ainda menos tempo de tela do que Claudia tinha, normalmente aparecendo apenas nos epílogos dos episódios. Embora nunca leve à lugar algum, ela costuma lançar indiretas para Nigel com frequência, mas na minha opinião o relacionamento entre Nigel e Claudia era mais divertido.

Os capítulos têm uma estrutura bastante básica e que acaba, de certa forma, cansando um pouco. Começam com um flashback, mostrando a relíquia em questão na época em que era usada. Depois, nos dias atuais, o assunto chega até Sydney geralmente com um pedido para que seja recuperado e ela parte para os confins do mundo. Ao longo do caminho, normalmente, rola uma traição e a eventual luta pela posse do artefato. Não é difícil prever quem vence.

Entretanto, eu gostei bastante. A variedade de artefatos, a constante mudança de épocas e ambientações, as interações entre os personagens... Juntos, tudo funciona muito bem como uma diversão que não se leva à sério demais. TR quebrou a barreira dos games, mas não sei se teria feito sucesso no formato de série em live action. Na verdade, acredito que nem mesmo Re\Visioned tenha sido tão popular quanto merecia, infelizmente.