sábado, 28 de setembro de 2013

Anotações de The Amulet of Power

Encerrei minha segunda leitura do livro The Amulet of Power, o primeiro de uma série de três e assinado pelo americano Mike Resnick. Como mencionei anteriormente, tomei notas de eventos que achei interessantes, mas o quê levantei não corresponde à muito, comparado ao que consegui com as adaptações dos dois filmes. Um resumo do roteiro pode ser conferido aqui.
"Lara Croft, arqueóloga e exploradora, viaja o mundo em busca de relíquias antigas, criptas esquecidas e cidades perdidas. Muito bem treinada para combate e dona de um insaciável apetite por aventura, ela não deve explicações à ninguém e vai onde quer que a busca a leve ‒ negligenciando o perigo.

Quando Lara surge no Oriente Médio, apesar dos rumores de sua morte, fanáticos religiosos acreditam que ela localizou o cobiçado Amuleto de Mareish. Perdido desde o cerco à Cartum, diz-se que o amuleto concede poder incontável a seu portador. Alguns querem possuí-lo, outros querem que ele seja destruído, e os dois lados perseguem Lara implacavelmente. Enquanto ela enfrenta guerreiros treinados e mercenários impiedosos, desesperadamente procurando pela jóia que todos buscam, algo se torna claro: o destino do mundo está nas mãos de... Lara Croft: Tomb Raider."
O livro é o mais próximo que temos de uma explicação oficial para o que aconteceu após o final de The Last Revelation: um arqueólogo procurando pelo Amuleto de Mareish acaba localizando Lara Croft nos escombros do templo de Hórus e a leva para o hospital de Cairo. Com uma nova ameaça de morte a cada instante, a recuperação de Lara Croft acaba sendo lenta e sofrida.


A partir daquele momento, sempre ficou implícito que Lara - ou seu aliado - havia encontrado ou sabia a localização do Amuleto de Mareish, embora ela sequer tivesse ouvido falar nele até então. A história divide-se em quatro atos, um em cada país: Egito, Sudão, Quênia e Seicheles. Existe um epílogo na França que, teoricamente, conecta a história diretamente à de Angel of Darkness.

O arqueólogo se chama Kevin Mason Junior. Alto e magro, sotaque britânico, e com a pele bronzeada pelo sol. A exposição ao sol também acabou esbranquiçando seu cabelo, outrora dourado. Bonito, pela definição de Lara. Segue os passos de seu pai, o renomado arqueólogo Kevin Mason, autor de muitos dos livros que Lara leu, portanto não é difícil para os dois construírem uma relação de confiança e afeto enquanto lutam para sobreviver.

O amuleto foi criado há mais de quatro mil anos atrás, por um feiticeiro sudanense chamado Mareish. Ele era capaz de conceder poderes extraordinários, como grande força física, invulnerabilidade e até imortalidade. Além disso, também concedia irresistível carisma, tornando seu portador um verdadeiro governante dos homens. O feiticeiro não confiou o artefato ao seu rei, para quem havia criado o artefato em primeiro lugar, e decidiu levá-lo para seu túmulo.

Anos mais tarde, um General Gordon o encontrou e venceu grandes conflitos, dentre eles, a Revolta Mahdista no Sudão. Cristão devoto e assumindo que o poder do artefato pudesse corromper sua alma, Gordon mandou um de seus homens esconder o amuleto durante um dos recessos da guerra. Sem seus poderes, o general foi assassinado e ninguém nunca mais soube do paradeiro do artefato.

O amuleto deseja ser encontrado, e acaba se manifestando de formas sobrenaturais conforme Lara Croft chega cada vez mais perto da solução para o mistério. Normalmente, são elementais de areia, mas em determinado momento o artefato possuiu um leopardo (e estabeleceu contato com Lara nessa forma).

Outros aliados de Lara Croft nessa aventura são os sudanenses Omar, Hassam e Gaafar, que atravessam o deserto egípcio à camelo com Lara. Omar é um nome recorrente na aventura pois possui uma família demasiadamente grande, mas boa parte de seus primos prefere fazer o necessário para impedir Lara de encontrar o artefato. Do mesmo vilarejo onde a família de Omar reside se originam os "Silent Ones": pessoas que mutilam suas próprias línguas e assassinam aqueles que procuram o amuleto.

Do Quênia até Seicheles, Lara continua e finaliza sua busca ao lado de Oliver Malcolm, um velho conhecido seu. Costumava ser um caçador profissional, depois tornou-se um guia de safári antes de aposentar-se. Grisalho e bronzeado, nunca se sentiu confortável com as mudanças que a tecnologia trouxe.

O artefato havia sido escondido em uma igreja próxima ao Vale de Maio, na ilha de Praslin, que o religioso general acreditava ser os resquícios do mitológico Jardim de Éden. Lá, Lara encontra o amuleto e é obrigada a matar seu velho amigo, seduzido pelo poder do mesmo. Após enterrá-lo, e destruir o artefato, Lara percebe que suas aventuras sempre resultam na morte de outras pessoas pela mera associação e entra em depressão. Meses depois, ela se encontra na mesma cidade que Von Croy, e considera que talvez seja uma boa hora para reconectar com ele.

Para encerrar, neste livro as pistolas de Lara são descritas como Wilkes & Hawkins Black Demon .32, com chip para leitura de digitais: apenas ela pode disparar o gatilho. Os cidadãos locais com quem Lara se encontra costumam dar nomes às suas armas, e quando questionam o nome das pistolas, ela brinca apresentando-as como "Lara's Gun" e "Lara's Other Gun". Outra piada diz respeito à Arca de Noé ‒  só não a encontrou porque ainda não procurou por ela.


RESNICK, Mike
Lara Croft: Tomb Raider - The Amulet of Power
Estados Unidos
Del Rey Books
2003
279 páginas
ISBN 0345461711

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Conto: Deathmatch

Acredito que a forma mais eficaz para resumir o teor deste conto, escrito originalmente em 2004, seria descrevê-lo como uma adaptação literária do meu último projeto com o Level Editor: Vendetta!. Brevemente explicado, Sophia Leigh roubou certos artefatos de Lara Croft e ela os deseja de volta. A aventura parte da Mansão Croft até um zoológico, onde o escore é, novamente, acertado.

A versão original tinha 3004 palavras, enquanto esta, revisada, tem 4053. Como eu mencionei anteriormente, mais do que simplesmente traduzir, eu reescrevi o conto quase que integralmente, melhor descrevendo alguns trechos e removendo outros. Ao longo do processo, também percebi que seria melhor segmentar o texto para dinamizar a leitura, mesmo que o conto seja relativamente curto.

Afterlife vai receber o mesmo tratamento, num futuro próximo. Qualquer tipo de comentário quanto à esses trabalhos é bem vindo e será levado em consideração para futuros projetos.

[ * * * ]



Mansão Croft. Noite.

Lara estava cansada. Recém chegada de uma expedição frustrada, ela decidiu que tomaria um longo e relaxante banho. Seu cansaço era tão evidente que, em seu caminho aos seus aposentos, ela sequer percebeu que Winston não a recepcionou, como sempre fazia. Os únicos pensamentos em sua cabeça diziam respeito à um chuveiro quente e um colchão macio. 

Em seu quarto, Lara ligou o rádio, procurou em sua enorme coleção de discos um vinil com composições clássicas de Bach, aumentou o volume para eliminar a distração que qualquer ruído poderia causar, e dirigiu-se ao banheiro. Lara abriu o chuveiro e, enquanto aguardava a água esquentar, despiu-se apreciando a privilegiada vista que as grandes janelas permitiam. Era uma noite calma e escura, uma fina e incessante chuva pareada com ocasionais relâmpagos davam vida a um céu nebuloso e cinzento.

Após alguns minutos considerando aquilo que não ocorreu como esperado naquele dia, Lara entrou no banho. A água morna massageando sua tenra pele, finalmente, trouxe à Lara o tão merecido descanso e relaxamento pelo qual ela tanto ansiara. 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Pôster Summit, numerado e autografado

Como sempre, acabei deixando esta postagem de lado na época. Passaram-se quase dois meses desde que recebi este pacote e até já recebi outros itens, mas como esta é a única fotografia que tinha "pendente" no meu computador, a postagem é dedicada somente à ela.
Trata-se da maravilhosa arte Summit, num pôster de 45x60cm, numerada e autografada pelo artista Brian Horton. Apenas 300 unidades foram disponibilizadas, e embora tenha adquirido logo que foi divulgada na loja oficial, a minha é a de número 138. Não é surpresa alguma que tenha esgotado tão rapidamente.

Junto a essa postagem, também inauguro o marcador Autógrafo ‒ embora a quantidade de ítens autografados que possuo seja muito menor que isso possa sugerir. Além disso, tenho diversos outros pôsteres (de revistas, em sua maioria) que não deram as caras por aqui, então conforme o tempo permitir...

Caves

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Tomb Raider em um minuto

Há mais de um ano, eu compartilhei um vídeo bastante parecido aqui no blog. Hoje, durante meus preparativos para Batman: Arkham Origins, o forumite Gustavo V. trouxe à minha atenção que o mesmo canal havia feito upload de uma segunda versão, desta vez centrada apenas no mais recente Tomb Raider.


Atualizado em 25/09/2013:
Dois novos vídeos, deste mesmo canal, publicados recentemente: Checkpoint! e Fast Facts.

Village

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Os inúmeros DLCs de Tomb Raider

Há tempos eu pretendia fazer esta postagem, de forma similar à que eu havia feito na época de Guardian of Light, porém a quantidade de microtransações de Tomb Raider é, digamos, desestimulante. Como eu não queria escrever com base em suposições e pesquisas, aproveitei a recente promoção da Steam para adquirir os pacotes que não tinha. Com pouco mais que BRL 10, agora possuo todos os pacotes disponíveis para PC.

Vale notar que boa parte desses haviam sido distribuídos através de diferentes revendedores como bônus de pré-venda, então é provável que você já tenha um ou dois deles. Para facilitar as coisas, separei os DLCs em duas listas: a primeira coluna corresponde ao conteúdo que pode ser utilizado na campanha, enquanto os itens da segunda coluna são para uso no multiplayer. Para maior conveniência, ainda categorizei os DLCs, facilitando assim a explicação deles abaixo.

Uma última observação: existem inúmeros bundles que incluem diversos dos itens com um desconto comparado à compras individuais, então, caso você tenha interesse em adquirir qualquer dos pacotes, analise a disponibilidade e a questão custo-benefício dos bundles.

Campanha

Tumbas

Roupas

Habilidades
  • Agility
  • Animal Instinct
  • Headshot Reticule
  • Pistol Burst
  • Pistol Silencer
Multiplayer

Mapas
  • Shanty Town
  • Caves and Cliffs MP Map Pack
  • Shipwrecked MP Map Pack
  • 1939 MP Map Pack

Personagens
  • Bandit
  • Executioner
  • Fisherman
  • Scout
  • Archer *
  • Zac *

Armas
No que diz respeito à campanha, saiba que todas as habilidades são destravadas normalmente dentro do jogo, conforme você adquire XP e avança de nível. Comprar esses DLCs específicos faz com que você já comece com as habilidades ou melhorias das armas. Não joguei uma partida até o final para confirmar, mas, em teoria, isso significa que você vai terminar o jogo com alguns Skill Points de sobra.

As roupas só podem ser vestidas a partir do momento em que Lara faz o primeiro upgrade do Pry Axe, e são bastante diferentes entre si para justificar a compra de todas, mas obviamente você elegerá uma favorita para usar sempre (no meu caso, a camuflagem Hunter). Já a tumba opcional, bem... talvez seja a mais elaborada do jogo, porém, considerando-se que dura entre 5 e 10 minutos, tenha certeza absoluta de que deseja comprá-la.

Para o multiplayer é ainda mais difícil definir se os pacotes valem ou não a aquisição. Começando pelos mapas, Shanty Town não deveria ser vendido separadamente; eu, pelo menos, diria que está superfaturado. Já os outros três pacotes são bundles, na verdade, totalizando 7 mapas novos ‒  efetivamente dobrando o número de mapas disponíveis. O maior contra é que somente podem ser utilizados em partidas do modo Free For All.

As inúmeras armas são provenientes de Hitman: Absolution, e você pode conferir suas estatísticas base ao final desta postagem. Já os personagens podem acrescentar um pouco de variedade, mas não são indispensáveis. Naturalmente, estarão liberados assim que você comprar a chave, então não exigem nível ou sequer Salvage para que você possa utilizá-los.


Apenas para encerrar, existem dois personagens do multiplayer que foram distribuídos via DLC (para Xbox 360 apenas) e que não podem ser adquiridos como os demais. O Archer só pode ser adquirido através do código incluído junto à edição especial do controle oficial, e Zac, uma homenagem ao apresentador da série The Final Hours, foi distribuído através de códigos numa promoção limitada através do site da Nerd Machine.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Coleção: Trading Card Game japonês

Esta é a terceira (e última, até onde sei) coleção de cards inspirados por Tomb Raider. Eu, infelizmente, não tenho muitas informações sobre estes itens. Comprei dois lotes separados no eBay e, pouco tempo depois, um terceiro surgiu, mas existiam apenas quatro cards que eu não tinha, então não fiz questão de participar do leilão. Assim como minha coleção de cards da Inkworks, esta, também, permanecerá incompleta.
O que eu sei: é uma série japonesa e foi publicada pela empresa Mars16. A empresa ainda mantém um website, mas todas as referências à essa coleção foram eliminadas. Eu até entrei em contato, na época, para ver se conseguia ao menos uma checklist, mas a resposta que obtive era bastante breve, informando que a coleção havia sido descontinuada.

Com base nos 71 cards que eu tenho, eu, então, iniciei a compilar pessoalmente uma checklist. Com a imagem daquele leilão, consegui acrescentar a numeração daqueles quatro cards. Note que, com exceção de "Lara Croft", os textos são em japonês, portanto as minhas descrições são baseadas nas imagens. Embora exista um sistema de pontuação com quatro atributos, os valores sugerem que não são compatíveis com os da Precedence, mas não sei dizer como funcionam.

Eu encontrei as fotos abaixo em meu acervo de imagens (não fazem parte de minha coleção!). Infelizmente não encontrei as do website, mas estas servem para ilustrar como eram distribuídos. No site existia a camiseta listada, e, ao que tudo indica, ela vinha munida das regras e provavelmente um baralho inicial (eu sei, combinação incomum).
Abaixo está minha listagem, portanto incompleta, dos cards dessa série. Dificilmente surgem no eBay, mas sei que, além dos n cards comuns também existem cards laminados ‒ outro colecionador havia mencionado possuir um na época em que o portal Planet Lara ainda era uma das principais referências entre os fansites.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Linha Tomb Raider da francesa ABYstyle

Alguns dias atrás, a administradora Auré, do fórum Croft Collection, postou a confirmação de que a empresa francesa ABYstyle adquiriu os direitos para produzir e vender itens da franquia Tomb Raider. Bom para nós, colecionadores. 

A empresa traz em seu currículo diversas outras franquias (inclusive de games, como Assassin's Creed e Street Fighter), e possui uma variedade incrível de itens. De camisetas à gravatas, pôsteres, adesivos, chaveiros, copos e canecas, mousepads e até playmats para Magic: The Gathering.

A linha de TR começa tímida, com apenas uma caneca, um pôster (de 98x68cm, nada mal) e duas bolsas. O site diz que, brevemente, camisetas serão adicionadas ao catálogo. Difícil determinar, neste momento, se a linha pára por aí. Considerando que eles não trabalham com PayPal e o custo de envio para o Brasil é de EUR 35, talvez até seja bom que a coleção não seja tão vasta. Para todos os efeitos: eBay.
O meu único interesse dessa linha, por enquanto, é o pôster. A arte beira o monocromático, mas, consideradas as dimensões e a bagatela de EUR 7, num futuro não muito distante vou fazer o possível para trazer um para o Brasil.

Sobre as minhas fanfics de Tomb Raider

Eu poderia jurar que havia perdido, para sempre, as minhas fanfics ("contos" doravante). Na época que eu as escrevi, eu era um dos editores do portal RaiderStorm, e como o webmaster havia projetado um site interativo e com diversas seções, eu acabava criando conteúdos de todos os tipos que conseguia imaginar para ajudar a desenvolver os bancos de dados.

A qualidade dos meus trabalhos não é tão boa quanto eu gostaria de dizer que são, especialmente no que diz respeito à essa área em particular. Eu escrevi dois contos, e embora o website para o qual havia os escrito originalmente não existe há bastante tempo, acabei as localizando em um fórum de outro portal para o qual eu havia me candidatado, antes de ser integrado à equipe de Tomb Raider Inc.

As histórias originais, escritas em inglês, podem ser conferidas através do link acima. Eu pensei muito, mas como Raider Daze é, afinal, um blog pessoal, decidi que aqui seria o lugar onde estes trabalhos deveriam ficar arquivados para a eternidade. Decidi aproveitar a oportunidade para revisar as histórias, ao mesmo passo em que as traduzo, o que resulta em uma releitura praticamente integral dos textos.

Pretendo publicar o primeiro conto até o final deste mês de setembro; o segundo, quando surgir a vontade. Admitidamente, foi escrito às pressas e com pouca inspiração, então esta é a chance de transformar aquele material em algo que valha seus bytes.

Atualmente estou lendo e tomando notas de Amulet of Power, com a intenção de postar aqui no blog comentários como fiz com os livros de Lara Croft: Tomb Raider e The Cradle of Life. Quando terminar essa série, e assumindo que The Story of Lara Croft ainda não esteja disponível, existe um outro projeto em particular (feito por uma fã) que eu quero, e muito, cobrir aqui no blog. Quem acompanha as comunidades já deve ter conferido, afinal em dezembro vai celebrar seu primeiro aniversário, mas eu ainda não tive a chance. Portanto, dezembro parece uma meta palpável.

domingo, 8 de setembro de 2013

Curiosidades e conexões: The Cradle of Life

Finalmente encerrei a minha leitura da adaptação literária de Lara Croft: Tomb Raider - The Cradle of Life. Da mesma forma que o primeiro, diversas cenas são mais elaboradas do que visto no filme, mas, como um todo, nesse caso o resultado final sofre. Determinadas sequências ficaram sobrecarregadas, diálogos demasiadamente estendidos, e Lara digressiona com frequência, lembrando de coisas que aconteceram à meio mundo de onde está, por exemplo, o que acaba causando cansativas perdas de foco.

De qualquer forma, vou abrir a postagem da mesma forma que abri a de Lara Croft: Tomb Raider. Ao longo do livro existe uma nova menção referente à linhagem Croft: Lorde Winston Croft, trisavô de Lara. Uma família notável, não? Saindo dos Crofts, apenas através do livro os nomes completos de alguns personagens são revelados. O mão direita de Reiss se chama Sean O' Sullivan. Já o de Lara, por assim dizer, conhecido como Terry ‒  uma corruptela de Terence Patrick Sheridan. Outro nome nunca mencionado no filme é o da camponesa Shumei, contato de Lara Croft em Hong Kong.

Partindo para a história, Bryce havia recebido imagens de satélite do casamento em Santorini e também do terremoto, inclusive uma que mostrava um curioso pedaço de madeira que surgiu no mar. A partir de uma imagem gravada nesse fragmento, diretamente ligada ao império de Alexandre, Lara percebeu que algo importante devia estar lá em baixo. No seu resgate, após o Templo Luna, a cena deletada é descrita em detalhes, o que me fez pensar: Lara não carregava uma mochila consigo durante essa invasão em particular, onde sua câmera digital estava guardada? No diálogo, Bryce questiona o descuido de Lara quanto aos equipamentos que ele prepara para ela.

Após a sessão de treino com Hillary na mansão, Lara telefona para Kosa Maasai (outra cena excluída da edição final mas que pode ser conferida nos extras do DVD ou no link acima). As imagens que Lara fez no Templo Luna revelam uma gravura de um guardião das sombras no piso do templo. Após o telefonema, Lara pratica o tiro ao alvo sobre seu cavalo, vale notar que no livro os alvos são em formatos humanos. Lara via os assassinos dos Petrakis em cada alvo, e, após perder o último disparo por conta da distração do helicóptero, Lara o destrói com um soco. A dor em sua mão torna-se subjetiva perante seu desejo por vingança.

Lara nunca entra na cela de Sheridan. Além disso, o diálogo usado no livro é aquele apresentado num dos extras do DVD, com o teste de tela de Gerard Butler (abaixo). Eu particularmente gosto das menções às "discussões;" no caso de Terry, Lara havia visto um corpo sendo carregado para fora quando chegou na prisão, ressaltando o quão perigoso Sheridan pode ser. Após Lara e Terry partirem da prisão, Armin Kal telefona para Reiss para avisar que a moça havia sondado Terry sobre Chen Lo e os Shay Ling.


A cena da pagoda também acontece de forma diferente, especialmente no que diz respeito ao final. Após Reiss partir com o Orbe, seus mercenários não recuam o cerco à pagoda, uma vez que possuem Lara e Terry encurralados. Dois planos são elaborados às pressas: Terry encontra um estoque de tintas em spray em uma das lojas, enquanto Lara percebe um refúgio de touros (sim). Enquanto Terry arremessa latas e as explode no ar com disparos, Lara entra nesse refúgio, vira sua jaqueta do avesso (vermelha, para quem não lembra) e, após provocar os touros, monta nas costas de um deles e invade o centro da quadra, atingindo os carros e espantando os mercenários inimigos. "WTAF" descreve bem os meus pensamentos, e, provavelmente, os seus.

Lara liga para a mansão para mostrar o medalhão de dentro do shopping, no quarto andar subterrâneo, enquanto Terry prepara a rota de fuga em outro orelhão. O laboratório fica no oitavo e último andar subterrâneo. Aliás, falando no shopping, Terry traduz "New Central Shopping Mall" de um outdoor em chinês, mas quando Lara e Terry sobem até o 110° andar para fugir, o autor do livro usa "New Century Mall". Pode ter sido um deslize, mas como a menção de Terry é tão genérica pode ter sido somente uma frase e não o nome do lugar. Qualquer que seja o caso, ainda é diferente do apresentado no filme. No tiroteio com Sean no laboratório, Lara usa o mercenário sem falas (e sem nome) como escudo humano, e acidentalmente os circuitos do sistema de segurança do laboratório são alvejados, eliminando o contato visual de Terry.

Diferenças mais sutis dizem respeito à menções de tempo: Lara pede para que Terry espere por apenas três minutos enquanto ela lida com Chen Lo. No final, Bryce revela ter pilotado um helicóptero real por 11 horas, ao invés de apenas 2. Outras curiosidades menores: o nome nativo do vulcão na montanha de deus é Ol Doinyo Lengai, e a caverna do berço da vida é feita de antracito e seja lá que tipo de tecnologia alienígena capaz de distorcer a gravidade e a percepção humana sobre ela.

As referências aos jogos (e também ao primeiro filme) são menos frequentes e mais superficiais, mas ainda existem:
  • Antes do terremoto em Santorini, Lara havia reservado uma semana inteira para repousar em sua mansão, esquecer os fantasmas de Von Croy e Eckhardt e recuperar-se dos ferimentos de Paris e Praga (Angel of Darkness).
  • O negócio de Gus Petrakis, de recuperar vestígios de naufrágios e alugar unidades de mergulho para aventureiros, somente decolou após uma empreitada com a Natla Technologies (Atlantean Scion).
  • Na prisão de Barla Kala, Terry percebe que Lara está com uma perna machucada; Lara apenas comenta se tratar do resultado de uma discussão, mas lembra que aconteceu durante uma perseguição a Eckhardt em Praga (AOD).
  • A camponesa Shumei é velha conhecida de Lara, desde os tempos em que Lara havia feito sua primeira expedição à China (Dagger of Xian).
  • Na câmara com o exército de Terracota de Chen Lo, Lara tem a sensação de que as estátuas estão prestes à ganhar vida, relembrando um passado que nunca está distante o bastante (LCTR).
Pergunta não respondida: quem é Tobias Grayson? O livro sugere que foi um caso passado, assim como Terry Sheridan e, também, Alex West. Tudo que temos, porém, é um nome.


STERN, Dave
Lara Croft: Tomb Raider - The Cradle of Life
Estados Unidos
Pocket Star Books
2003
292 páginas
ISBN 074347709X