Retrospectiva Raider Daze 2021

Superamos mais um ano tão simbolizado por dificuldades e contratempos quanto os anteriores, e, num âmbito oficial, não tivemos grandes lançamentos no mundo de Tomb Raider para ajudar a mitigar essa situação. Ainda assim, por conta do 25º aniversário da franquia, parece que Lara esteve sempre presente já que diversos conteúdos menores foram divulgados no decorrer do ano todo.

 

Logo no início, a Crystal revelou os planos para #TR25. Fomos avisados que não receberíamos novos jogos e que seria uma celebração nostálgica, na qual cada mês seria dedicado para um dos jogos. Muita coisa bacana, e até mesmo inédita, foi compartilhada. O destaque certamente fica para as artes celebrativas, mas vale citar que foi um ano repleto de crossovers (e um livro de receitas).

 

Os crossovers incluem Fortnite, Ghost Recon Breakpoint, Final Fantasy Brave Exvius e War of the Visions, e acredito que eu tenha sido um dos únicos criadores de conteúdo a explorar e desenvolver postagens sobre todos eles. Agora, o crossover que realmente deveria ter acontecido — Super Smash Bros. Ultimate — naturalmente não veio a existir, e isso ajudou a colocar algumas coisas em perspectiva...

 

Um lembrete daquela euforia que pouco durou.

Entre conteúdo transmídia previsto para o futuro, temos a série animada da Netflix e Obsidian, que é o título provisório do filme agora sob direção de Misha Green. Reloaded, que será primariamente dublado por Keeley Hawes, foi adiado e deve ser publicado em 2022, e ainda veremos o tardio retorno de Lara Croft à plataformas Nintendo com Guardian of Light e Temple of Osiris no Switch. A partir de abril, em Londres, fãs poderão visitar a curiosa Live Experience.

 

Embora os projetos Tomb Raider Suite e The Dark Angel Symphony estejam oficialmente finalizados há tempos, álbuns digitais complementares foram lançados este ano: Nathan McCree publicou as Synth Mixes, e Peter Connelly nos ofereceu Midi Demos, tanto as do projeto quanto as de Angel of Darkness, e o curioso TRAmbient.

Por parte dos fãs, tivemos algumas contribuições notáveis à celebração. Por exemplo, o portal Tomb of Ash, que mantém contato com antigos colaboradores da Core Design, permitiu-nos conferir pessoalmente pérolas como os protótipos da Anniversary Edition, de Atlantean Scion, e até mesmo de Golden Mask.

 

Pudemos conferir, acredito que pela primeira vez, um vídeo de Apocalypse, embora este ainda esteja bem longe de nosso alcance... Outros conteúdos que pareciam perdidos para o tempo incluem os jogos feitos em Flash, tanto os oficiais como os feitos por fãs, e alguns "níveis" que usavam o malfadado plugin 3dml. Curiosidades agora devidamente registradas por aqui.

 

Saindo por uma tangente, completei todos os cartões de herói de Marvel's Avengers neste ano.

Aproveitando o esquema de dedicar um mês para cada dos jogos da franquia, eu trouxe ao blog The Action Adventure e a questionável versão para PS2 de Underworld. Avanços na área de emulação finalmente viabilizaram acesso ao port de TR1 para N-Gage e, ainda nessa área, os jogos da série que receberem conquistas via RetroAchievements este ano foram Chronicles (PSX) e Anniversary (PSP), este último bem recentemente. Prometo um guia, como fiz para os demais, para janeiro.

 

O anúncio da série animada me motivou a, finalmente, maratonar os episódios de Re\Visioned para escrever as suas postagens, mas abri mão de minha ambição original que resultou nesse tremendo atraso. E, aliás, o filme Lara Croft: Tomb Raider completou 20 anos em junho, e na ocasião a Paramount lançou uma nova edição do filme, que aparentemente não chegará até o nosso fim de mundo.

 

Por fim, minha coleção cresceu pouquíssimo esse ano, e nem preciso lembrar os motivos para isso, mas agreguei alguns itens aqui, ali e acolá. E, dentro do possível, mantive minhas jogatinas diárias com o Level Editor, tendo superado a marca de 2000 níveis jogados poucos dias atrás. Além disso, escrevi 17 novos detonados em texto para o portal trle.net. Sinto que deveria ter feito muito mais...

Treeble @trle.net (2021) Níveis jogados: 2003 (+243↑) Níveis disponíveis: 3371 (+112↑) Progresso:    59,4%

Que 2022 seja um ano melhor. Todos estamos precisando.

Trilogia Survivor gratuita via Epic Games

A Epic Games, que recentemente entrou no mercado como distribuidora de jogos digitais, costuma oferecer jogos completos gratuitamente e com frequência para ampliar sua base de usuários. Hoje, a surpresa veio na forma de não um, mas três jogos gratuitos: nossa adorada trilogia Survivor.

Tomb Raider, Rise e Shadow, todos em suas versões que incluem todos os DLCs, podem ser resgatados sem custo algum, bastando ter uma conta na plataforma (que você possivelmente já possui, por motivos de Fortnite). Você pode adicionar os jogos a sua biblioteca tanto pelo site como pelo aplicativo.

A oferta é válida até até o dia 06/01, não perca essa oportunidade!

Arte de capa reimaginada para AOD

A arte celebrativa de Angel of Darkness finalmente foi disponibilizada, nos sendo oferecida como um agrado de natal. A belíssima arte, de autoria da escocesa Stephanie Rew, combina pintura a óleo tradicional com uma técnica de folheamento a ouro, mas infelizmente o efeito laminado se perde com a digitalização da peça.

 

Na postagem do hotsite #TR25, de onde você será direcionado para o Flickr para fazer o download da arte, as gerentes de comunidade sinalizam que a arte de Rise não será disponibilizada este mês, como havia sido prometido recentemente, mas deve surgir até o final de janeiro, bem como as de Guardian of Light, Temple of Osiris e Reloaded.

Pensamentos pós Smart Bomb

Admito que tenho tido dificuldades em conciliar diferentes hobbies em meu tempo livre, mas ainda pretendo trazer ao blog conteúdo sobre outros títulos desenvolvidos pelos mesmos estúdios por trás dos jogos da série Tomb Raider. Recentemente, finalmente consegui dedicar um tempo para conferir Smart Bomb.

Este é um dos últimos títulos desenvolvidos pela Core Design, e foi lançado apenas para o PSP em 2005, logo no início do ciclo de vida do console portátil da Sony. A essa altura o estúdio já enfrentava sérias dificuldades; este foi o primeiro título lançado após Angel of Darkness e sua recepção foi igualmente fraca.

 

O jogo te coloca como membro de um esquadrão antibombas e cabe a você desarmar uma série delas para progredir na campanha composta por 10 capítulos. Cada capítulo possui uma quantidade crescente de puzzles que você deve resolver sob a pressão de um temporizador: se você falhar em qualquer etapa, seja na primeira ou na última, volta para o início do capítulo.

Essa é a principal crítica da mídia especializada, e também a minha. Não fossem recursos de emulação, é seguro assumir que é um jogo difícil demais. Não pela complexidade dos puzzles, mas sim pelos pormenores em torno deles. Existe mais de uma dúzia de tipos de puzzles: alguns dependem de raciocínio lógico; outros, de reflexos rápidos; e outros, de memória (e todos demandam persistência). A margem para erro é cada vez menor, exigindo uma precisão absurda do jogador.

 

Sem a pressão do tempo limitado, talvez o jogo perderia seu propósito, mas a ausência de um sistema de checkpoints entre as etapas é injustificável. Especialmente quando você se depara com um puzzle como o que você deve guiar um "trem" alternando eixos no trajeto rapidamente, ou um em que você deve fazer que um drone inimigo te siga de forma a prendê-lo no cenário.

 

É difícil explicar em palavras, mas esses puzzles são do tipo que você precisaria pensar antes de agir, e não depender de tentativa e erro — o que acaba sendo o caso pela falta de tempo. E isso remete a crítica inicial: antes de acertar, você vai errar vezes o suficiente para falhar o puzzle e, quando isso acontecer, será levado de volta ao início do capítulo. Sem recursos como save states, a frustração certamente beiraria o imensurável...

De forma geral, eu recomendo Puzzle Paradox ao invés.

Arte de capa reimaginada para Shadow

Já se passaram dois meses desde que a última arte celebrativa foi revelada, mas a Crystal Dynamics promete que veremos três artes ainda em dezembro, começando hoje com a de Shadow of the Tomb Raider!

 

A peça é assinada pelo ilustrador Ross Tran. O artista cita que costuma usar elementos de fantasia em suas artes, e essa característica pode ser vista no efeito da flecha de fogo. Também vale citar que o artista já havia feito duas artes inspiradas pela trilogia Survivor no passado.

Como sempre, a arte está disponível para download no hotsite #TR25.

Coleção: Livro de receitas, filmes de AJ em UHD

 

Hora de mais uma das raras postagens sobre novas aquisições para minha coleção. Infelizmente, parece que eu estava certo quando presumi que a nova edição de Lara Croft: Tomb Raider não seria lançada nesse fim de mundo em que vivemos. Assim que recebi o blu-ray do primeiro filme, tratei de importar, pelo mesmo serviço, o pacote com os dois filmes antes que a situação piorasse (ainda mais).

Da mesma forma, tanto o encadernado Spore quanto o guia de estratégia de Anniversary foram compras de impulso, assim que oportunidades acessíveis surgiram, uma vez que estão cada vez mais difíceis de se encontrar. O guia de TRA veio lacrado, inclusive, ao contrário do que eu esperava, mas não tenho coragem de destacar o belo pôster de sua lombada.

E, por fim, o infâme e igualmente maravilhoso livro oficial de receitas. Eu tinha grandes planos para cobertura dele aqui no blog, mas todos sabemos o que acontece com grandes planos... Mas não se deixe enganar pelo negativismo de outros fãs: a apresentação do livro é sensacional, e o guia de viagem por si é bem interessante, mesclando informações dos locais na vida real com a fantasia dos jogos. É uma lástima que não existirá uma versão em português, mas isso já não surpreende mais, não é mesmo?