"Eu tenho uma ideia."
"E ela é boa?"
Living Midnight começa exatamente onde o episódio anterior terminou,
com a pequena embarcação onde Lara e Jonah estavam sendo destruída por um
súbito tsunami. Após voltar à superfície, Lara inicia uma busca desesperada
por Jonah mas tudo que encontra é o seu colar, soterrado na areia, e enquanto
cogita a ideia de que ele possa ter morrido (sim, vimos isso
em Rise
e
nas HQs...) ela é emboscada pelo rival. A verdade é que a única pessoa que poderia
ser responsabilizada pela morte de Jonah é ela mesma. Ela consegue escapar
usando a caixa de rubi, vazia, como isca.
Lara telefona para Zip e informa o ocorrido, mas, ao invés de voltar para casa
e processar a perda do amigo, ela insiste que precisa terminar o que começou.
Assim, ela pede para que ele envie para Pequim um artefato da mansão. Enquanto
aguarda pelo item, ela deixa uma mensagem encabulada para Sam, e é
surpreendida por Zip que surge pessoalmente com a entrega, lamentando
profundamente a perda de alguém tão empático e altruísta como Jonah.
No museu de Pequim, Lara se apresenta como uma "amiga de Alexandria" — logo
explica que trata-se de uma guilda internacional que restaura e repara
artefatos, retornando-os a seus países de origem em casos de roubo. Na base
local, Lara oferece a Espada da Divindade para uma curadora chamada Eva, que
expressa seu absoluto desdém para os ladrões da família Croft.
Em troca, ela pede informações sobre as Pedras do Perigo. Eva afirma que é
apenas um mito. A humanidade rapidamente tornou-se perversa após a criação, e,
para restaurar o equilíbrio, a deusa
Nu'wa
capturou os maiores males do homem em quatro jóias retiradas dos céus: poder,
ira, ganância, e traição. Para evitar que fossem liberados novamente, a deusa
espalhou as pedras ao redor do mundo. Eva está certa que as pedras não são
reais, mas o mito alerta que reunir as pedras poderia significar o caótico fim
de todas as coisas.
Tentando descobrir a origem da adaga turca, Zip encontra um sobrenome
recorrente em muitos crimes registrados desde o século XI. Acreditava-se que
era uma família amaldiçoada, e, no caso mais recente, um homem matou seus três
filhos homens e declarou que o fez sob ordem de sua esposa, uma bruxa que
possuía uma jóia mágica. A filha sobrevivente, Elvan Kaya, cresceu e tornou-se
uma infâme senhora do crime.
Numa missão de reconhecimento, Lara se disfarça de turista em Istambul.
Enquanto espera que Zip desenhe uma planta da mansão, usando o drone que ela
deixou no local, ela faz uma pausa para um café. O misterioso rival senta-se à
mesma mesa, finalmente apresentando-se como Charles Devereaux, e afirma que é
exatamente como ela. Lara refuta imediatamente, e então ele justifca traçando
o paralelo que tornou ambos em quem são hoje: uma entidade grande demais os
deixou impotentes quando viram seus pais serem assassinados, quando ainda eram
crianças. Ele quer reunir as pedras para impedir que a mesma cabala continue a
crescer, mas Lara entende que esse tipo de poder não cabe ao ser humano e
parte com a caixa de rubi vazia.
Com a ajuda remota de Zip (ah, Legend), Lara invade a mansão de Kaya e arromba o cofre em busca da pedra. Parecia
óbvio demais, e era: Kaya entra no aposento para trocar de calçados e então
Lara percebe que a jóia está engastada em uma espada na bainha da chefona.
Usando os mal-tratados tigres de estimação como uma baita distração, Lara usa
o gancho magnético para tomar a espada e é instantaneamente dominada pelo
poder desta Pedra do Perigo: ira.
Abusando de violência contra os guardas em seu caminho, ela percebe que está
sob uma influência maligna e joga a espada para longe. Quando percebe Kaya se
aproximando, ela guarda a pedra dentro da caixa de rubi, contendo o poder e
liberando a mulher da ira que sentia. Surpreendentemente, Kaya pede para que
Lara simplesmente pegue o artefato e suma, alertando que tratava-se de um
tormento constante e que amaldiçoaria a vida da intrusa.
Lara volta para o hotel e vê que seu aposento foi arrombado. Devereaux havia
usado a pedra sob sua posse para controlar um cidadão qualquer, que perseguiu
Lara quando ela saiu da lanchonete após o encontro que tiveram antes. Não
apenas ele, mas Jonah também está sob seu domínio e derruba Lara. Tomando a
pedra de rubi, Devereaux faz um encantamento para fundir as duas pedras,
resultando numa explosão no hotel...
Outro episódio para o qual não tenho comentários. A base chinesa de Alexandria
poderia contar com diversos artefatos no fundo, mas talvez eu que não tenha
prestado atenção suficiente nos cenários. Mas quero destacar a referência mais
óbvia do episódio: quando Lara corre pela parede com o gancho, numa acrobacia
bastante similar a de Anniversary, ela tropeça, e momentos mais tarde comenta que precisa praticar ioga caso
queira repetir essa manobra. Seria essa uma referência ao futuro passado, ou
ao vindouro futuro?
[Atualizado em 09/11/2024:] Pensando bem, tenho um comentário a fazer,
sim. A Espada da Divindade, que Lara entrega à Biblioteca de
Alexandria, é um artefato da coleção de seu pai. Não foi no primeiro episódio
dessa série que Lara havia decidido que tudo que o insuperável Richard Croft
colecionou seria doado ou leiloado? Pois é.