Tomb Raider: Journeys foi uma minissérie composta por 12 edições, com um arco (deveras confuso) paralelo ao dos quadrinhos mensais. Curiosamente, chegou ao Brasil muitos anos mais tarde, publicada em quatro partes sob o título Busca ao Tesouro.
A história começa com Lara velejando, sozinha, para sua próxima expedição no Peru. Ao adentrar uma densa névoa, é abordada por um navio pirata – Revenge of the Bonny Raider – que parece ter saído diretamente do século XVI. Sem alternativa, Lara se une aos piratas do barco e encontram a embarcação Dora del Sol.
Num confronto de canhões, a Revenge perde. Eternamente. É a maldição do holandês voador: como morreram durante a busca, estão condenados a repetir o fracasso como fantasmas. Após voltar a si e ouvir que a Dora del Sol foi avistada, Lara, sabendo como as coisas se desnrolariam, elabora uma estratégia de emergência e o capitão, Kagan, lhe concede a captura do navio. Finalmente conseguindo cumprir seus destinos, a névoa se dissipa, assim como as embarcações.
Tudo que resta é uma moeda que Kagan havia encontrado em El Dorado. O próximo alvo de Lara já está definido. Quando o mar a leva até a orla peruviana, ela é socorrida por um pescador. Após ver a moeda, ele se recusa a ajudar Lara – mas ela o convence que o tesouro poderia tirar seu vilarejo da miséria. Um menino, ouvindo a conversa, alega saber onde fica a cidade perdida.
Lara e o pescador entram na cidade, mas logo são seguidos por mercenários que querem saber do seu paradeiro. Dentro da fabulosa cidade, ela encontra dois medalhões de ouro, mas não toca um terceiro pois ele ativaria uma armadilha. Os mercenários, inconsequentes, decidem pegar o tal medalhão e causam a destruição da cidade. Lara deixa um dos medalhões para o pescador e parte.
Depois, na Mansão Croft, Lara está tendo aulas de arqueria e seu assistente traz dois visitantes: representantes de um grupo de arqueólogos que compra sítios para preservá-los, mas estão sem recursos. Lara, descartando a ideia de simplesmente jogar dinheiro na mão dos homens, é convencida a ajudar quando eles alegam ter encontrado as cidades de Sodoma e Gomorra.
Gomorra estaria prestes à ser vendida para um homem, um certo Kagan, que pretendia construir condomínios no local. Quaisquer conexões entre as duas cidades poderiam ser perdidas nessa empreitada. Lara invade os resquícios de Gomorra e encontra o Talismã do Deus Sol, reanimando todos os mortos do cidade. Ao ver o exército de esqueletos, Kagan cancela a compra e Lara reverte a maldição, retornado o artefato ao seu devido lugar. Kagan pede para seu assistente descobrir o que puder sobre Lara Croft; uma vez que seu real interesse na cidade era, de fato, encontrar o talismã. Ele também é adepto de arqueria.
Uma semana mais tarde, em algum local na Argélia, Lara parte para escavar uma carruagem. Existem duas alternativas para chegar até o local: um campo minado ou um pântano. Lara, obviamente, vai pelo campo minado. No meio do percurso ela encontra um bode, perdido, e decide salvar o animal. É imediatamente alvejada pelos homens de Kagan, que a flanqueou pelo pântano.
Quando ela finalmente relembra de onde o conhece – do encontro a bordo da Revenge –, Lara desmaia. Os capangas de Kagan iniciam um motim, não mais respondendo ao homem. Forçados a escavarem juntos, eles encontram os vestígios de uma mulher junto à carruagem. Aproveitando a distração, eles atacam os motineiros e, quando Kagan experiencia um déjà vu, é a vez dele desmaiar. Quando acorda, ele e todos seus homens estão amarrados, sendo deixados para trás por Lara.
Em um reencontro da turma de 1992, um velho conhecido de Lara, agora ministro inglês, tem uma missão para Lara: recuperar uma lança, roubada do museu britânico há dois meses. Ele não sabe explicar a importância da lança, mas um fantasma anuncia se tratar de uma lança espiritual.
O fantasma se revela ser Winston Churchill, vindo diretamente do inferno, com palavra de que a lança pode estar em algum lugar do submundo dos Maori, na Nova Zelândia. Entrar no submundo pode significar uma viagem sem volta, mas Lara aceita o desafio.
No meio do nada, na Austrália, em uma cidadela que sequer possui nome, Lara procura por um contato. Num duelo nos padrões de faroeste (novamente, aliás), ela vence o homem mas se recusa a matá-lo, pois havia jurado à um amigo, prestes à morrer, que jamais mataria outra pessoa. O homem então revela o local da tribo Maori e diz que Lara deve procurar por Akio.
De alguma forma, já no submundo Maori, está Kagan com a Lança dos Sonhos – o artefato neozelandês que Lara busca. De acordo com a tribo, a lança permite reviver os mortos e destrói o sutil equilíbrio entre o submundo dos sonhos e a realidade. Como não é nativa, para que Lara possa perâmbular pelo submundo, ela precisa de um moko.
A tribo recusa a participação de uma estranha nos rituais, mas Akio afirma que se ela vencer o melhor guerreiro da tribo, será digna de ser integrada à tribo. O guerreiro em questão é ele mesmo. Lara recusa a lutar até a morte, mas derrota Akio. Ele será seu guia no submundo, e explica que o moko representa a forma como os anciões vêem a pessoa: encruzilhadas da alma.
Dentro do submundo, Lara lembra o futuro. Aquilo que conquistou equivale à tudo que já perdeu? Não existia cansaço, fome ou dor, e o tempo fluia de forma diferente. Enquanto acampam, os dois ouvem um grupo se aproximar. Akio derruba todos, mas Lara reconhece o último: Myles, o amigo à quem tinha feito a promessa.
Desarmada, Akio orienta Lara a confiar na fé ao invés dos sentidos, e ela então encontra uma Espada Invisível. Nesse momento, Kagan encontra Lara e derruba Myles de um desfiladeiro. Akio conforta Lara, dizendo que ele não teria morrido com a queda pois, bem, ele já estava morto.
Kagan e Lara são inimigos eternos, Lara sempre saindo vitoriosa com a morte ou apreensão de seu rival. Possuindo a Lança dos Sonhos, ele poderia mudar esse destino. Para sua infelicidade, Lara consegue derrotá-lo e devolve a lança para o maori. Akio rapidamente pensa em executar Kagan pelo roubo do artefato, mas Lara o impede. Ela captura o cidadão e fala que, desta vez, lhe concederá a escolha entre trabalhar para ela ou ser novamente preso.
Antes de sair do submundo, ela ouve ao último desejo de Myles. Meses mais tarde, Kagan, já estabelecido como subordinado de Lara (embora ainda não tenha conquistado sua confiança), encontra pistas de onde encontrar o assassino de Myles e finalmente vingar a morte do amigo de Lara.
Frente à frente com o assassino, ela relembra da promessa que havia feito. Hesitando, permite que um guarda-costas a desarme com um tiro no braço. A arma, entretanto, cai ao chão e uma manifestação supernatural do vestígio de moko que havia permanecido em sua pele dispara a arma, permitindo que Myles finalmente descanse em paz.
Lara sabia que, de alguma forma ou outra, Myles finalmente havia conseguido se vingar, sem força-lá a quebrar a promessa que havia feito. No cemitério, ela se despede uma última vez...