Eu posterguei minha revisita aos jogos de Lara Croft para celulares durante muito tempo, mas, próximo à reta final de minha enésima maratona, decidi que era hora de relembrar essas aventuras e encontrar uma forma de devidamente registrá-las aqui no blog Raider Daze.
Lançado em 2003, The Osiris Codex marcou o ingresso de Tomb Raider no universo de jogos em Java para celulares. Apesar de sua notável simplicidade, o jogo possui uma narrativa própria, contada tanto através de um texto introdutório como de breves monólogos em determinados momentos.
Resumidamente, Lara recebe uma comissão anônima para encontrar o artefato título em uma tumba recentemente descoberta, poucos dias após um ousado roubo de um antigo manuscrito egípcio sobre processos químicos. Lara suspeita que seu misterioso contratante esteja ligado ao roubo de alguma forma, já que Osíris é o deus da ressurreição e da vida imortal, e, assim, associado à alquimia.
A jogabilidade, como esperado, é extremamente limitada, mas de certa forma reminiscente aos jogos de Gameboy Color. Existe um sistema de inventário superficial, onde itens-chave são armazenados para uso posterior (inclusive dinamites,
à la The Nightmare Stone), mas itens como as Uzis e kits médicos são equipados ou consumidos imediatamente, portanto posicionados estrategicamente nos níveis.
No total, o jogo conta com 15 níveis de dificuldade progressiva. Perto do final, certamente vão testar sua determinação já que não existem checkpoints. O repertório de movimentos de Lara é bem restrito, e alguns dos saltos — em particular, os que envolvem plataformas flutuantes — exigem precisão absoluta, resultando em morte certa na maior parte das tentativas falhas.
Em nota adicional, o jogo apresentava um sistema de "senhas", tanto para os itens como para os níveis, que podiam ser inseridos no então site oficial do jogo. Essa senha permitia ao usuário resgatar uma descrição detalhada dos respectivos itens ou um mapa completo do nível. Uma forma engenhosa de expandir o jogo além do jogo, por assim dizer.