Escrevi o artigo abaixo para o portal
PSX Brasil, aqui replicado com autorização. O vídeo acima, do canal Clara Jones,
debate a situação e demonstra algumas das falas geradas por inteligência
artificial para a versão francesa da remasterização de
Angel of Darkness.
Tomb Raider IV-VI Remastered, lançado em fevereiro deste ano, recebeu uma
segunda atualização de versão alguns dias atrás. As notas de atualização
destacam que uma nova leva de “restaurações” havia sido feita em The Angel of
Darkness, o que incluiria novos diálogos bem como o conserto de alguns que
apresentavam inconsistências no volume da gravação original.
A restauração, porém, alegadamente faz uso de ferramentas de IA generativas para
replicar a voz das atrizes, em diferentes idiomas, para produzir novo
conteúdo. Alguns fãs detectaram a diferença na atuação e entraram em contato
diretamente com as atrizes em questão, como é o caso da brasileira Lene
Bastos, que havia dublado a protagonista para a versão localizada do jogo que teria sido lançada originalmente em 2003.
Relatos de usuários apontam que a Saber Interactive e a Aspyr Media podem ter
usado ferramentas de IA para replicar vozes das dublagens em diferentes
idiomas, não limitado apenas ao português brasileiro mas também incluindo
francês, espanhol, italiano, e japonês, sem o consentimento das respectivas
atrizes.
Paul Douglas, um dos integrantes da equipe de desenvolvimento do Tomb Raider
original, de 1996, condenou o uso de IA desta forma, mas, até o momento, não
houve um pronunciamento por parte dos estúdios envolvidos na remasterização
sobre o assunto.
GenAI used in this way: Not cool. Not classy.
— Paul Douglas (@cnhyv.bsky.social) August 16, 2025 at 7:20 AM
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