É triste perceber que estamos nos aproximando do fim das celebrações dos 25
anos de Tomb Raider. Hoje, a arte celebrativa para Temple of Osiris foi revelada
e trouxe junto uma incrível surpresa: é de ninguém menos que Adam Hughes!
Adam é um artista renomado, tendo já ilustrado capas de quadrinhos tanto da
DC como da Marvel, mas, especialmente revelante para nosso caso, possui um
amplo histórico com nossa aventureira. Além de ilustrar diversas capas das
HQs na era da Top Cow, também fez as artes-chave das estatuetas
Snow Day
e
The Lara Croft.
Já vimos alguns curtas onde Lara Croft e Nathan Drake cruzavam caminhos, mas a
inclusão de Indiana Jones como um terceiro rival é uma surpresa e tanto para
esse fanfilm. Além de reunir os três caçadores de tesouros, o pano de fundo é
bem desenvolvido e baseado no conquistador Timur Tamerlão, o "pai da morte"
como a narrativa o descreve.
Quem abrir meu túmulo libertará um invasor mais terrível do que eu.
Este curta foi filmado completamente no Uzbequistão, e o uso de sítios históricos
reais garante uma tangibilidade única. Os efeitos sonoros dos jogos
(em particular os de TR2013) não parecem casar muito bem com a ação na tela, em
minha opinião, mas é uma observação minúscula que somente eu faria.
Eu deliberadamente não trouxe ao blog a maior parte dos conteúdos de
protótipos que nossas gerentes de comunidade desenterraram no decorrer do ano
— por favor, certifique-se de que esteja seguindo os canais oficiais de
Tomb Raider, principalmente Twitter e YouTube. Mas, para esse caso aqui, acho que uma
exceção se faz necessária e é mais do que justificada.
Neste vídeo, vemos alguns conceitos que foram explorados durante o
desenvolvimento de Temple of Osiris. Logo de início, antes dos protagonistas sequer
serem modelados, podemos ver a tripulação do Endurance (Reyes, Roth e Jonah)
como personagens jogáveis. Um dos pacotes de DLC até nos trouxe um conjunto de
roupas inspiradas em TR2013, mas poderiam muito bem ter sido personagens
destraváveis.
Além de áreas, puzzles e mecânicas que não chegaram até a versão final do
jogo, como o elevador que se parte e derruba os personagens em uma rampa
gigantesca, vemos dois modos adicionais de jogo. No modo horda, caberia aos
jogadores defender e restaurar estátuas sagradas enquanto a equipe progredia nas
ondas. Um outro modo, onde uma área contínua seria gerada proceduralmente
(algo similar ao modo Endurance, de Rise) foi descartada, pois perdia o foco
de níveis com objetivos e puzzles bem delineados.
LCTOO é um título deveras injustiçado, em minha opinião, e
certamente sofreu indevidamente por ter sido revelado junto ao contrato de
exclusividade de Rise. Eu tenho uma paixão fervorosa pelo jogo, mas reconheço
que ele é curto. Demasiadamente curto. Esses modos certamente ajudariam a
expandir sua vida útil. Com a unificação a caminho, resta esperar por uma ressurreição da subfranquia Lara Croft num futuro distante...
A arte de capa reimaginada para
Rise of the Tomb Raider finalmente foi revelada! A obra é do
artista
Akihiko Yoshida, atual diretor de arte da CyDesignation, que já colaborou com diversos títulos da
Square Enix, desde Tactics Ogre em 1995 até franquias mais novas
como NieR e Bravely Default.
Para essa ilustração, o artista optou por usar Síria como ambientação, e sua
composição expressa Lara Croft prestes a embarcar em uma aventura cheia de
convicção, confiança, força, e uma beleza madura. Ele sinaliza que o tom
esverdeado usado no fundo é uma homenagem ao traje clássico que Lara usou em
sua estreia em 1996.
Você certamente já viu este vídeo. Caso contrário, faça isso imediatamente.
O programador
XProger, autor do projeto
OpenLara
que é, essencialmente, uma reconstrução integral do código de Atlantean Scion,
fez incríveis avanços na portabilidade de sua engine. A lista de plataformas
compatíveis continua a aumentar, e o vídeo acima mostra o nosso adorado clássico rodando em
um GameBoy Advance, o console portátil de 2001!
Trata-se de uma versão alpha e provavelmente ainda veremos maiores
otimizações no futuro, mas além de contar com três níveis na íntegra, essa
versão inclui a trilha sonora (exceto a faixa ambiente) e, mesmo com a
quantidade limitada de botões, todos os movimentos da aventureira estão ali. Absolutamente incrível.
Outra novidade bacana surge na forma de um diário, anexado ao passaporte
no inventário. A cada nível, novos detalhes da trama são acrescentados
pelo ponto de vista de Lara. É uma adição simples, mas muito bem-vinda —
especialmente quando consideramos o pequeno quantitativo de animações
presentes em TR3.
Eu havia prometido uma série de screenshots deste mod, mas infelizmente não encontrei
um software adequado para esse fim. Meu computador hoje já carrega quase
sete anos nas costas, então não chega a ser surpresa. Assim que a situação
financeira melhorar, pretendo trocar de máquina e, com sorte, poderei cumprir
essa promessa.
Para compensar esse imprevisto e ainda demonstrar apoio ao projeto, eis aqui
uma tradução livre dos breves registros que Lara faz em seu diário no decorrer
de sua expedição pela Índia.
Eu recentemente tomei conhecimento de um complexo de
templos abandonados perto de Calcutá, Índia, que uma vez foi
habitado pela agora perdida tribo Infada, e também de um
artefato que eles supostamente veneravam antes de
desaparecerem misteriosamente, deixando seus templos em
ruínas nas profundezas da selva.
Eu decidi partir
em busca do artefato cedo pela manhã.
Um homem peculiar, Tony, e seus colegas, Randy e Rory,
também estão aqui na selva, mas parece que Tony acredita que
os outros dois homens não conseguiram entrar no templo em
segurança, possivelmente por conta do deslizamento de terra
causado por toda essa chuva. Enquanto eles certamente não
estão aqui para apreciar as paisagens, eu suspeito que
estejamos atrás da mesma coisa: o Artefato de Infada.
Exatamente como eu suspeitava, Tony também está atrás do
artefato, e pode ser que ele já o tenha encontrado, a julgar
pela pedra azul alojada em seu peito.
Parece que
a pedra de Infada, de fato, possui habilidades
sobrenaturais, após ver o que Tony conseguiu fazer daquela
jangada. Eu não partirei sem aquela pedra, entretanto, e
talvez eu tenha encontrado uma forma de alcançar ele.
Eu consegui descer o rio em segurança, mas percebi que a
jangada caiu no final da cachoeira e se despedaçou no fundo,
mas Tony não está em lugar algum.
Imagino que ele
misteriosamente sobreviveu à queda e adentrou o sistema de
cavernas subterrâneas. Eu vou entrar para recuperar aquilo
pelo que eu vim.
Enquanto alguns programadores da comunidade tentam resgatar a Anniversary
Edition da Core Design (e você pode acompanhar todo o progresso através
deste tópico no TRF), o portal Tomb of Ash continua a receber e publicar novos materiais.
Como já sabemos, após o remake TRAE ser formalmente recusado pela Eidos, a
Core lançou para a LucasArts a ideia de adaptá-lo como um jogo do Indiana
Jones. Esse trailer de Raiders of the Lost Tomb não faz um trabalho muito bom em esconder o fato que é
claramente Atlantean Scion com uma skin do professor de arqueologia ao invés,
mas suspeito que, caso o acordo tivesse sido fechado, muitas mudanças
viriam posteriormente.
A mais nova arte celebrativa para os 25 anos de Tomb Raider foi
divulgada hoje, e desta vez temos uma adorável arte para
Guardian of Light. Aliás, vale lembrar que o cronograma original se encerraria em dezembro,
mas foi prorrogado até fevereiro por conta dos atrasos imprevistos, e isso
acabou permitindo a inclusão dos spin-offs nessa jornada.
Como LCGOL é completamente ambientado no México, as gerentes de
comunidade optaram por incluir uma artista local no rol dos participantes.
Montserrat Martell
usou elementos do jogo na composição da arte, como o diário com as anotações
de Lara e o próprio Xolotl em segundo plano, o que ajuda a
tornar a composição estranhamente familiar.
Você pode fazer o download da arte em diversas resoluções através do
hotsite especial #TR25.
Como eu havia citado na retrospectiva de final de ano,
Anniversary é o mais novo contemplado a receber um conjunto de
conquistas na plataforma RetroAchievements. O detalhe é que as
conquistas são feitas para a versão PSP, mas, honestamente, ela é praticamente
idêntica à versão que todos conhecemos e amamos (e ela ainda
conta com três trajes exclusivos!).
Após escrever guias para as conquistas de Prophecy, Atlantean Scion, Dagger of Xian, e Chronicles, era apenas lógico elaborar um para este aqui também, embora, admitidamente,
suas conquistas sejam mais diretas e objetivas que as anteriores. Isso não as
torna menos divertidas, claro, e não se preocupe pois ainda existe uma boa
dose de desafio, especialmente para o modo Hardcore.
Outra novidade recente, que não sei se aplica aos jogos anteriores, mas posso afirmar estar em vigor em TRA: quando uma conquista possui requisitos específicos, como derrotar chefes sem sofrer dano ou passar de nível sem usar kits médicos ou checkpoints, o ícone da conquista fica visível no canto da tela para sinalizar sua elegibilidade. Caso você execute qualquer ação que bloqueie a conquista, o ícone desaparece, dessa forma permitindo que você monitore seu progresso.
Esta é uma breve postagem para registrar que hoje o blog
Raider Daze completa
10 anos na ativa. Não tenho nenhum evento especial para celebrar essa ocasião, mas gostaria
de deixar aqui meus eternos agradecimentos a todos os visitantes que
encontraram esse cantinho obscuro da internet.
Os últimos dez anos foram repletos de altos e baixos, mas minha paixão por
Tomb Raider se manteve inabalável, e acredito que continuará assim por
bastante tempo. Espero que o conteúdo que desenvolvo por aqui tenha sido de
interesse ou serventia para você, em qualquer momento.
Estou atualmente na metade de uma nova partida de Anniversary, e ao coletar as relíquias fui lembrado da existência de breves textos para cada uma delas; um recurso que mais tarde viria a ser expandido na trilogia Survivor, de forma a se
tornar até mesmo excessivo.
Ao contrário dos jogos mais recentes, entretanto, TRA não conta com
localização em português brasileiro, então aproveitei a oportunidade para traduzir e trazer esse conteúdo ao blog. O lore
contido nestes artefatos não chega a ser relevante,
mas, a título de curiosidade, fica aqui registrado.
Caneco Kero Um antigo copo usado primariamente para beber líquidos como chicha fermentada. Comuns em
banquetes nos Andes, o kero também era frequentemente empregado pelos incas como
um vaso cerimonial em eventos religiosos
importantes.
Garrafa da Baleia Assassina Uma garrafa de cerâmica de
aproximadamente 700 DC representando uma baleia assassina mitológica.
Vasilhames assim eram provavelmente usados para beber chicha
fermentada.
Prótomo de Cabeça de Grifo Cabeças de grifos eram encaixadas em
caldeirões de bronze ou vasilhames para bebidas na arte grega arcaica,
aproximadamente 700 AC, e serviam como talismãs para afastar os maus
espíritos.
Estatueta da Coruja de Atena O pássaro sagrado da deusa Atena,
corujas eram associadas a seus traços característicos de sabedoria.
Ídolo de Hórus O deus egípcio do céu, Hórus é representado
como um falcão ou um homem com cabeça de falcão. Sendo o deus do céu, ele
era associado ao Alto Egito. Em uma batalha contra seu irmão Seth pelo
controle do Egito, Hórus perdeu um de seus olhos.
Gato Mumificado Com o culto da deusa-gato Bast (também
conhecida como Bastet) ganhando popularidade em um período tardio no
Egito, gatos eram frequentemente mumificados e vendidos para
peregrinos que os usavam como oferendas para a deusa.
Torque da Amargura Esse sagrado colar de ouro era usado
por juízas-sacerdotisas apenas durante o sentenciamento de
criminosos que haviam ofendido os deuses-reis de Atlântida. Como
qualquer arbítrio contra os governantes era punível com a execução,
o torque rapidamente se tornou um símbolo da morte em si.
Cálice do Tormento Esse cálice era usado para coletar o
sangue derramado de virgens sacrificiais. Após a coleta do sangue, o cálice era usado como um vasilhame no qual outras
ervas e pós eram acrescentados para transformar o líquido num fluído
psicotrópico usado pelas juízas-sacerdotisas para invocar jornadas
espirituais.