Aproveitando que esse mês a Crystal Dynamics está publicando materiais de
Angel of Darkness em seus canais oficiais, julguei que seria uma hora propícia
para revisitar The Action Adventure para falar sobre ele aqui no blog. Eu
havia conferido a adaptação para iDVD do jogo apenas uma vez, ainda quando a
recebi pouco após seu lançamento, e, como não sou fã de AOD, nunca me senti
compelido a voltar.
De qualquer forma, ainda acho sua mera existência um tanto quanto curiosa.
Para contextualizar, o iDVD foi lançado em 2006, alguns meses após Legend
chegar ao mercado e dar um necessário novo fôlego à franquia. A essa altura, a Eidos já havia basicamente selado o
destino da Core Design, mas, mesmo assim, foi o fatídico jogo do estúdio
inglês que recebeu a conversão.
Essa é uma versão amplamente reduzida do jogo onde você toma algumas decisões
simples usando opções exibidas na tela. Muitas delas resultam diretamente na
morte da protagonista, então não espere algo elaborado como o recente
Black
Mirror: Bandersnatch. Para compensar escolhas corretas, como priorizar mortes furtivas ao invés de tiroteios ou ser gentil ao invés de rude em interações com outros personagens, o jogo conta
com um sistema de pontuação que, honestamente, pouco acrescenta ao jogo.
Talvez os fãs mais ardorosos do jogo sejam capazes de apreciar essa versão como um
passatempo extra, já que de certa forma representam o único público-alvo. Eu lembro que, na época do lançamento, esperava que outros jogos da série viessem
a receber o mesmo tratamento. Acredito que uma aventura inédita, criada aos
moldes do supracitado Bandersnatch, teria uma recepção melhor, mas é melhor
deixar isso para os incontáveis "e ses" da vida...
Para não dizer que é de todo mal, a arte de capa é bacana, embora pouco
representativa do conteúdo, e as trilhas sonoras dos três primeiros jogos,
compostas por Nathan McCree, são usadas junto às faixas orquestradas de Peter Connelly. A dubladora Jonell Elliot gravou
falas adicionais, não presentes no jogo original, e alguns dos closes da
câmera fazem grandes favores ao modelo da personagem (mas nem sempre).