quinta-feira, 31 de março de 2022

Cosplayer Lili Dîn promove Live Experience

Liberte sua Lara Croft interior.
 
É com essa chamada que a conta oficial da Live Experience está divulgando fotografias e um breve vídeo para promover o evento, cuja inaguração está prevista para 9 de maio. Para isso, a cosplayer francesa Lili Dîn foi convidada para representar nossa aventureira favorita.
 
Você pode conferir os diversos trabalhos de Lili Dîn nas suas redes sociais: Twitter, Facebook, DeviantArt e Instagram. Ela é integrante do programa de cosplayers embaixadoras, fundado pela nossa gerente de comunidades Meagan Marie para dar visibilidade global ao incrível talento dessas fãs dedicadas.
 
No decorrer da experiência, uma atriz representará Lara Croft para orientar os participantes que também encontrarão Jonah conforme resolverem os enigmas e avançarem nas salas para impedir o vilão Aidan de ativar o poder de um artefato místico. Trata-se de uma aventura original, portanto, e o site oficial do evento oferece um panorama geral da mesma.
 

quinta-feira, 24 de março de 2022

Fãs criam ports das expansões clássicas, pt.1

Como todos nós sabemos, os jogos clássicos da série Tomb Raider receberam níveis adicionais via download ainda no final dos anos 90 — e como a internet ainda estava em seus primórdios, esses níveis acabavam chegando às prateleiras através das edições Gold. A exceção fica por conta de The Lost Artifact, que sempre foi comercializado como um jogo próprio (ah, Eidos...).

Até os recentes lançamentos (e subsequentes remoções) dos dois primeiros jogos para smartphones, tratavam-se de níveis exclusivos para PC. E é aqui que os talentosos fãs entram em cena. Alguns dos ports listados nesta postagem estão disponíveis há bastante tempo, na verdade, e eu estava no aguardo do port de TR3LA para compartilhar todos por aqui, mas decidi que seria melhor cobrir esse conteúdo em duas postagens.

Nesse primeiro momento, vou falar brevemente sobre Unfinished Business, The Golden Mask, e o nível bônus The Times Exclusive, cujos impressionantes projetos de conversão para PlayStation estão devidamente encerrados. Graças aos benefícios da emulação, esses projetos ajudam até mesmo a preservar a acessibilidade a esses níveis incríveis (a saber, as capturas dessa postagem foram feitas com o DuckStation, com uma resolução e filtros que a plataforma original jamais suportaria).

Chega a ser desnecessário dizer isso, mas, além de tempo, esses ports exigiram o desenvolvimento de ferramentas próprias para esse fim e, também, um conhecimento profundo do formato dos arquivos originais e da plataforma para qual estavam sendo transpostos. Mais do que parabenizar, quero deixar registrado meu agradecimento a todos aqueles que tornaram esses ports possíveis.
 
Unfinished Business (PlayStation)
 
O primeiro registro dessa conversão vem dos usuários Gh0stBlade e jonathanrij, e o port no qual eles trabalharam foi finalizado ainda em 2014, mas os arquivos disponíveis exigem montagem por parte do usuário — e um diferencial bacana é que acompanham telas de loading próprias. Seis anos mais tarde, o usuário b122251 compartilhou uma segunda conversão, distribuída em formato pronto para uso.
 
A versão de Gh0stBlade e jonathanrij usa o logotipo de TRUB na tela título, e também conta com duas belas telas de loading exclusivas:



The Golden Mask (PlayStation)
 
De forma similar, Gh0stBlade e jonathanrij estavam trabalhando na conversão do segundo pacote de expansão que, pelo que entendo, não chegou a ser finalizado — aparentemente, foi abandonada em 2018. É uma lástima, pois eles haviam mostrado as telas de loading provisórias. E em 2019, b122251 veio ao resgate, novamente, com um port próprio.
 

The Times Exclusive (PlayStation)
 
Por fim, o nível bônus desenvolvido em parceria com o jornal britânico The Times foi portado pelo usuário TheBlueFox e compartilhado em 2020. Não existem maiores ressalvas a se fazer, uma vez que suas telas de loading já existiam na versão original, por exemplo, e é um nível deveras curto — sem falar que jogadores mais atentos reconhecerão que muitas das áreas vêm diretamente da tela título de The Last Revelation.
 

Além do port de TR3LA para PlayStation, um port de TRUB para Saturn está em desenvolvimento.

sábado, 12 de março de 2022

Coleção: Livro, guias, gibis, e HD DVD de LCTR


Que alegria poder compartilhar um lote como esse! Como eu havia dito na última postagem de itens adquiridos para coleção, em dezembro, os guias de estratégia oficiais estão cada vez mais difíceis de se conseguir por preços realistas, mas agora com a adição dos guias de Chronicles e Angel of Darkness tenho ao menos um para cada jogo da série principal. 
 
Existem outras edições, como relançamentos com capas alternativas ou livros que cobrem mais de um jogo, sem falar que a editora Dimension também publicou guias oficiais para os primeiros três jogos, mas, nesse momento, vou encarar a nossa realidade e me dar por satisfeito nessa área de minha coleção.

A compra do HD DVD de Lara Croft: Tomb Raider não foi exatamente planejada, mas, como estava listado por um preço atraente demais, não hesitei. Essa mídia nunca teve chance contra os discos blu-rays que vieram a se tornar o novo padrão, então admito que é uma adição mais válida por curiosidade do que qualquer outro motivo. O segundo filme só foi lançado na Alemanha nesse formato, então não devo perseguir ele (mas aquele áudio-drama de LCTR ainda está nos planos...).

Com a conversão monetária tornando qualquer importação um pesadelo, tenho voltado a sondar o Mercado Livre e ali encontrei novos quadrinhos. Não apenas uma variante rara que eu não tinha, mas como o mesmo vendedor tinha as edições de Portugal de dois crossovers com a Witchblade, não pestanejei e aproveitei. Talvez seja apenas a nostalgia falando mais alto, mas essas histórias sempre são agradáveis de ler, e eu fiquei intrigado com a forma como as contracapas são usadas para promover uma edição à outra.
 
Agora que já agarraste uma, não deixes fugir a outra!

E, por fim, o livro The Making of Tomb Raider. Acho complicado falar sobre ele. Gosto muito da ideia de dedicar um livro exclusivamente às pessoas que nos presentearam com Atlantean Scion e Dagger of Xian, mas o livro é essencialmente um compilado de citações. O autor entrevistou umas dez pessoas diferentes e simplesmente intercalou transcrições das falas dos entrevistados, agregando uma ou outra conclusão para criar ligações entre elas.

O que tais entrevistas revelam é aquilo que todos sempre soubemos mas não queremos admitir. O programador-líder de TR1 cita que a engine do jogo estava sendo desenvolvida paralelamente aos níveis, o que por si explica bastante coisa na verdade. Assim que terminaram TR2, todos membros da equipe estavam exaustos, então outra equipe interna assumiu o desenvolvimento de Adventures of Lara Croft, e esse time de novatos também estava completamente desgastado após The Last Revelation...
 
Com essa troca de equipes, os novos responsáveis pela programação e pela animação estavam encarregados em entender e moldar a engine para que ela se adequasse às novas ideias propostas pelos designers, e essa abordagem paliativa acabou culminando naquele desastre monumental na hora de migrar para a nova geração. A anualização da franquia é, sim, responsável por tudo que houve de ruim, mas precisamos admitir que não foi o único fator.

Após TR2, os membros da equipe original que permaneceram no estúdio criaram Project Eden, que também não se destacou de forma alguma no mercado. Honestamente, e falo isso como um fã obcecado e devoto há quase 25 anos, parece que tudo ao redor de Tomb Raider sempre foi feito na base do improviso e simplesmente "deu certo". Como de início rendeu muito mais dinheiro que a Core Design e a Eidos Interactive já tinham visto, obviamente eles continuaram tentando repetir mais e mais e mais, até que as coisas deixaram de dar certo e tanto o estúdio como a publisher se viram obrigadas a se remover do mercado.

Xarope como sou, também preciso mencionar que percebi erros de digitação, de formatação, e diversos trechos repetidos (às vezes, os parágrafos repetidos estão dentro do mesmo capítulo...) no livro. A ausência de Toby Gard é inexplicável, mas, sabendo tudo o que sabemos, não é difícil entender porquê ele quis se distanciar dessa franquia não apenas uma, mas duas vezes.

De qualquer forma, é um livro ricamente ilustrado com screenshots dos dois primeiros jogos, papel de qualidade superior, maior do que todo mundo imaginaria (medindo aproximadamente 305x215mm), e conta com 140 páginas. Seu valor como item de coleção é inegável.

quinta-feira, 10 de março de 2022

Curiosidade: Breve cutscene removida de TR3

 
Vivemos numa época curiosa, onde versões alpha e beta de jogos antigos estão se tornando cada vez mais acessíveis pelo público em geral. Existem casos notáveis, como por exemplo a Anniversary Edition e um protótipo do primeiro Tomb Raider, mas muitas outras versões inacabadas de jogos que conhecemos e amamos circulam pela internet.

Hoje, o forumite jonathanrij compartilhou uma descoberta bacana: uma das builds atualmente disponíveis de Adventures of Lara Croft contém os arquivos de uma cutscene que não está presente na versão final. A julgar pela breve animação, aconteceria no início de High Security Compound, logo após a memorável cena na qual Lara tenta invadir a Área 51 à sua maneira...

sábado, 5 de março de 2022

Pensamentos pós Guardians of the Galaxy

Demorei muito mais do que o ideal, mas finalmente tive a oportunidade para conferir Marvel's Guardians of the Galaxy, o mais recente projeto da Eidos Montréal — estúdio que liderou o desenvolvimento de Shadow of the Tomb Raider — e o segundo fruto do contrato firmado entre a Disney e a Square Enix.

Em ocasiões anteriores eu provavelmente citei que tenho ressalvas quanto à superpopularidade do Universo Cinematográfico da Marvel, e boa parte se dá pelo filme dos Guardiões da Galáxia que, literalmente, colocou esses personagens no radar do mundo inteiro da noite para o dia. Quando favoreceram a inclusão de Rocket Raccoon em Marvel vs Capcom 3, ao invés de outros nomes maiores, me parecia uma pura jogada de marketing da Disney para capitalizar no sucesso irrefreável dos filmes. Estavam eles errados? Não.

Hype geralmente causa um efeito reverso em mim, e quando soubemos que após Marvel's Avengers receberíamos justamente um jogo de GotG, admito que senti uma certa indisposição de forma geral, e a recepção deste jogo foi relativamente boa, recebendo nomeações e prêmios por sua narrativa. Eu tinha motivos de sobra para não gostar desse jogo, mas fico feliz em afirmar que é um dos jogos mais divertidos que toquei nos últimos anos.


E isso, curiosamente, é em grande parte por conta dos próprios personagens. A forma como todos relacionam-se entre si, e com os eventos da trama maior, funciona naturalmente e muito bem, e os diálogos são descontraídos e incessantes. Poucos são os momentos de silêncio, e cada expressão reflete os traços de personalidade dos personagens em relação às ações que o jogador toma. Explorar becos, encontrar itens, contrariar ideias; tudo provoca reações contextuais de seus parceiros.
 
Ao contrário de Avengers, a estrutura aqui é por capítulos extremamente lineares. Ao todo, são 16 níveis que levam os mercenários a uma variedade notável de planetas, cada qual com seus biomas, mas sempre "empurrando" o jogador numa trajetória quase que reta. A exploração e caminhos paralelos são mantidos a um mínimo, geralmente resultando em recursos ou colecionáveis, mas honestamente não é algo ruim. Em termos gerais, lembra bastante Legend (que eu amo, sim).

Embora o único personagem jogável seja Star-Lord, que resolve "enigmas" navigacionais com o uso de suas armas elementais e botas para saltos duplos, é possível comandar os outros membros quando necessário. Drax pode carregar blocos pesados; Gamora pode se ancorar em paredes para oferecer um impulso a Star-Lord; a baixa estatura de Rocket permite-lhe acessar passagens pequenas; e Groot pode manipular raízes para improvisar pontes. 


Isso, claro, sem citar o combate, onde cada um tem habilidades especiais que você ativa enquanto corre, desliza e faz piruetas ao mesmo tempo em que dispara com as pistolas duplas (sim) do protagonista. O sistema de combate é fluído e dinâmico, combinando mira livre com um sistema de trava. É impossível não compará-lo com o combate dos jogos anteriores ao reboot da série Tomb Raider por conta de sua natureza acrobática e, sinceramente, espero que sirva como um ponto de referência para futuros jogos da aventureira. Confira o vídeo ao final da postagem para ver esse sistema em ação.
 
Existem outras mecânicas de jogo, claro, mas uma que gostaria de destacar é o "huddle". Quando uma barra em específica é preenchida, você pode reunir a equipe para discutir a estratégia. Se você identificar as palavras-chave nas falas de seus companheiros e escolher a opção correta, Star-Lord fará um breve discurso motivacional que resultará não apenas em buffs ao time todo, mas o restante do confronto se desdobrará ao som de uma das incríveis faixas "good vibes" de seu toca-fitas.


Por outro lado, a linearidade do jogo resulta em uma vida útil curta, que toma cerca de 15 horas para ser finalizado. É quase três vezes mais longo que o supracitado TRL, mas o fator replay aqui não parece existir. Existem diversos colecionáveis, inclusive trajes (e, aliás, trajes do MCU estão entre eles, talvez em resposta às críticas que Avengers recebeu em seu lançamento), e no decorrer da história você tomará decisões que afetam o andar da história mas não seu resultado final. Considerando que nos tornamos reféns de jogos de mundo aberto que exigem cada vez mais tempo e dedicação, essa pode ser uma grata mudança de paradigma. 

Antes de encerrar, é necessário citar que a Square Enix recentemente manifestou descontentamento com a performance comercial de GotG — algo que eles têm feito rotineiramente com todos os jogos desenvolvidos pelos estúdios da antiga Eidos Interactive. Dito isso, é inegável que (o também divertido, em minha opinião) Avengers tenha causado alguma forma de receio em jogadores em potencial.

Resta agora esperar para ver se os chefões vão investir em um terceiro jogo nessa parceria.