Que alegria poder compartilhar um lote como esse! Como eu havia dito na última
postagem de itens adquiridos para coleção,
em dezembro, os guias de estratégia oficiais estão cada vez mais difíceis de se
conseguir por preços realistas, mas agora com a adição dos guias de
Chronicles e Angel of Darkness tenho ao menos um
para cada jogo da série principal.
Existem outras edições, como relançamentos com capas alternativas ou livros
que cobrem mais de um jogo, sem falar que a editora Dimension também publicou
guias oficiais para os primeiros três jogos, mas, nesse momento, vou encarar a
nossa realidade e me dar por satisfeito nessa área de minha coleção.
A compra do HD DVD de Lara Croft: Tomb Raider não foi exatamente
planejada, mas, como estava listado por um preço atraente demais, não hesitei.
Essa mídia nunca teve chance contra os discos blu-rays que vieram a se tornar
o novo padrão, então admito que é uma adição mais válida por curiosidade do
que qualquer outro motivo. O segundo filme só foi lançado na Alemanha nesse
formato, então não devo perseguir ele (mas aquele
áudio-drama de LCTR
ainda está nos planos...).
Com a conversão monetária tornando qualquer importação um pesadelo, tenho
voltado a sondar o Mercado Livre e ali encontrei novos quadrinhos. Não apenas
uma variante rara que eu não tinha, mas como o mesmo vendedor tinha as edições
de Portugal de dois crossovers com a Witchblade, não pestanejei e aproveitei. Talvez seja apenas a nostalgia falando mais
alto, mas essas histórias sempre são agradáveis de ler, e eu fiquei intrigado
com a forma como as contracapas são usadas para promover uma edição à outra.
Agora que já agarraste uma, não deixes fugir a outra!
E, por fim, o livro The Making of Tomb Raider. Acho complicado falar sobre ele. Gosto muito da ideia de dedicar um livro
exclusivamente às pessoas que nos presentearam com
Atlantean Scion e Dagger of Xian, mas o livro é essencialmente um compilado de citações. O autor entrevistou
umas dez pessoas diferentes e simplesmente intercalou transcrições das falas
dos entrevistados, agregando uma ou outra conclusão para criar ligações entre
elas.
O que tais entrevistas revelam é aquilo que todos sempre soubemos mas não
queremos admitir. O programador-líder de TR1 cita que a engine
do jogo estava sendo desenvolvida paralelamente aos níveis, o que por si
explica bastante coisa na verdade. Assim que terminaram TR2, todos membros da equipe estavam exaustos, então outra equipe interna
assumiu o desenvolvimento de Adventures of Lara Croft, e esse time de novatos também estava completamente desgastado após
The Last Revelation...
Com essa troca de equipes, os novos responsáveis pela programação e pela
animação estavam encarregados em entender e moldar a engine para que ela se
adequasse às novas ideias propostas pelos designers, e essa abordagem
paliativa acabou culminando naquele desastre monumental na hora de migrar para
a nova geração. A anualização da franquia é, sim, responsável por tudo que
houve de ruim, mas precisamos admitir que não foi o único fator.
Após TR2, os membros da equipe original que permaneceram no estúdio criaram
Project Eden, que também não se destacou de forma alguma no mercado. Honestamente, e falo
isso como um fã obcecado e devoto há quase 25 anos, parece que tudo ao redor
de Tomb Raider sempre foi feito na base do improviso e
simplesmente "deu certo". Como de início rendeu muito mais dinheiro que a Core
Design e a Eidos Interactive já tinham visto, obviamente eles continuaram
tentando repetir mais e mais e mais, até que as coisas deixaram de dar certo e
tanto o estúdio como a publisher se viram obrigadas a se remover do mercado.
Xarope como sou, também preciso mencionar que percebi erros de digitação, de
formatação, e diversos trechos repetidos (às vezes, os parágrafos repetidos
estão dentro do mesmo capítulo...) no livro. A ausência de Toby Gard é
inexplicável, mas, sabendo tudo o que sabemos, não é difícil entender porquê
ele quis se distanciar dessa franquia não apenas uma, mas duas vezes.