segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Considerações finais sobre FFBE e WOTV

Admito que sinto um certo desconforto ao sentar e tentar elaborar essa postagem, uma vez que meu domínio sobre os jogos aqui explorados é extremamente superficial, então considere essas as impressões de um fã de Tomb Raider obstinado que não perderia a oportunidade de conferir esses crossovers pessoalmente, mesmo sem o devido entendimento do que tinha a sua frente.

Comecemos, então, por Brave Exvius. Como mencionei recentemente, quando a primeira unidade de Lara Croft foi inserida no jogo, em idos de 2018, eu investi uma quantidade notável de tempo no jogo até que o aplicativo simplesmente deixou de funcionar em meu dispositivo. Como o jogo oferecia a possibilidade de salvar o progresso em nuvem, tratei de reinstalar o jogo em meu novo telefone assim que o novo evento foi especulado para tentar resgatar minha conta.

O jogo sofreu algumas mudanças nos últimos três anos, mas manteve-se essencialmente inalterado para o público casual (leia-se eu). As batalhas seguem padrões de RPG por turnos que bem conhecemos de gerações atrás, e vez que outra a campanha do jogo oferece um mapa de exploração onde você pode conversar com NPCs e receber missões adicionais.
 
Mesmo com sua aparente superficialidade, é necessário dizer que existem níveis de dificuldade muito superiores ao que eu posso encarar, mesmo que meu esquadrão principal esteja praticamente no nível máximo, e que exigiriam dedicação intensa para adequadamente evoluir e equipar minhas unidades, além de montar uma equipe com unidades apropriadas, o que acaba sendo implicado pelo elemento sorte pois, afinal de tudo, trata-se de um gacha. Em todo esse tempo, é seguro dizer que minha equipe mudou pouco, sempre mantive as unidades que gosto, mas não tenho dúvidas de que existem milhares de opções e combinações mais eficientes.


Conseguir a unidade de Temple of Osiris era simples: bastava abrir o jogo durante o evento para destravá-la imediatamente em seu perfil. Já neste crossover recente, era necessário ter Lapis (e sorte) suficientes para tentar invocá-la durante o período em que o banner ficou ativo. Cada invocação nesse banner rendia uma moeda especial, e com dez dessas moedas era possível trocá-las pela unidade diretamente. Mas ainda há outro nível aqui: maximizar uma unidade de raridade Neo Vision exige outras tantas cópias dessa mesma unidade para transmutá-las em fragmentos correspondentes. E, no caso do crossover, isso precisava ser feito durante o breve período em que o evento estava ativo.
 
As invocações exigem Lapis, que são vendidos mas também distribuídos gratuitamente através de logins e desafios diários, e também conforme você progride na campanha. Quem decidiu dar uma chance ao jogo tão somente pelo crossover, porém, provavelmente ficou a ver navios pois não tinha um montante suficiente para puxar uma Lara Croft, e isso restringia o público-alvo do crossover de certa forma. Nesse sentido, sou grato por ter acumulado Lapis no passado, mas, infelizmente, não pude ascender minha NV até o EX+3 pela falta de 15 fragmentos.

Em termos de buscas, o primeiro evento trazia o chefe Apep na Tomb of the Silversmith, diretamente de LCTOO. No novo evento, temos o T-Rex em Lost Valley, e Natla em The Great Pyramid. Todos eles tinham versões mais poderosas que rendiam recompensas melhores, e as ditas recompensas eram inspiradas pelos jogos-fonte: minha Lara Croft está equipada com a Icy Death, por exemplo.


War of the Visions é um monstro completamente diferente, e altamente curioso por se tratar de um spin-off de um spin-off. A impressão que tive ao rodá-lo pela primeira vez foi estarrecedora. A quantidade de opções e menus logo na tela inicial me deixou receoso, e mesmo os extensivos tutoriais do Beginner's Hall não tornaram o jogo mais acessível. Lembro que achei igualmente estranho quando o jogo sugeriu o uso do modo automático, mas mais tarde agradeci por sua existência.
 
Por se tratar de um RPG tático, você deve movimentar suas unidades por um tabuleiro e então decidir as habilidades que pode usar de acordo com o alcance das mesmas. Com o modo Auto, porém, a inteligência artifical do jogo se encarrega das batalhas por você, bastando você se preocupar em equipar suas unidades, e usar os pontos obtidos para melhorar seus atributos e destravar novas habilidades.

Entretanto, maximizar uma unidade aqui é igualmente trabalhoso, sendo necessário conseguir muitos recursos diferentes para realizar diversos Limit Breaks e Awakenings. As próprias habilidades devem ser destravadas em uma gigantesca árvore que está diretamente ligada ao nivelamento da unidade em seus Jobs (que exigem recursos próprios) e, então, dependem de Job Points para habilitar os nódulos. Em outros termos, é muita coisa para se manter em mente em um nível casual.

 
Como ele segue a mesma sistemática de gacha que FFBE, obter a unidade de Lara Croft também requeria um quantitativo de Visiore e sorte nas invocações. Você ganha Visiore da mesma forma que os supracitados Lapis, através de desafios diários e progressão na campanha. Já prevendo uma situação assim, eu instalei o jogo no instante que o anúncio ocorreu e tentava progredir conforme possível. Fico feliz em ter feito isso pois havia acumulado Visiore suficientes para puxar ela.

Hoje, estou com WOTV fixo em minha rotina diária, fazendo as atividades de guilda e missões diárias, além de iniciar algumas buscas da campanha aqui e ali. Minha única meta, a longo prazo, é destravar os quatro títulos relacionados à Lara Croft, o que significa jogar um montante de 10000 buscas.... O modo Auto permite que eu faça isso durante refeições ou antes de dormir, por exemplo, assim eu posso focar apenas no desenvolvimento das unidades ao invés de elaborar estratégias de jogo propriamente ditas.

E, tal qual em FFBE, existem buscas e desafios que exigiriam uma dedicação muito maior do que eu jamais poderia dispensar. Para completar as variantes de alta dificuldade de The Great Pyramid Apex, por exemplo, eu dependia absolutamente das unidades de teste que o jogo oferecia em rotação, de um único uso por dia, enquanto via a maior parte das minhas unidades (exceto Lara Croft, que já estava perto de seu ápice) sendo derrotadas logo na primeira ou na segunda rodada da batalha...


De qualquer forma, eu (obviamente) gostei bastante destes crossovers, e não apenas por oferecerem adaptações fieis de Lara Croft no rol de habilidades de todas suas unidades. Os sprites da aventureira são adoravelmente belos, e a versão estilo "anime" que vemos em WOTV não fica para trás — é uma grande lástima que não tenha recebido vozes como demais unidades do jogo.