Admito que sinto um certo desconforto ao sentar e tentar elaborar essa
postagem, uma vez que meu domínio sobre os jogos aqui explorados é
extremamente superficial, então considere essas as impressões de um fã de
Tomb Raider obstinado que não perderia a oportunidade de
conferir esses crossovers pessoalmente, mesmo sem o devido entendimento do que
tinha a sua frente.
Comecemos, então, por Brave Exvius. Como mencionei recentemente, quando a primeira unidade de Lara Croft foi
inserida no jogo,
em idos de 2018, eu investi uma quantidade notável de tempo no jogo até que o aplicativo
simplesmente deixou de funcionar em meu dispositivo. Como o jogo oferecia a
possibilidade de salvar o progresso em nuvem, tratei de reinstalar o jogo em
meu novo telefone assim que
o novo evento
foi especulado para tentar resgatar minha conta.
O jogo sofreu algumas mudanças nos últimos três anos, mas manteve-se
essencialmente inalterado para o público casual (leia-se eu). As batalhas
seguem padrões de RPG por turnos que bem conhecemos de gerações atrás, e vez
que outra a campanha do jogo oferece um mapa de exploração onde você pode
conversar com NPCs e receber missões adicionais.
Mesmo com sua aparente superficialidade, é necessário dizer que existem níveis
de dificuldade muito superiores ao que eu posso encarar, mesmo que meu
esquadrão principal esteja praticamente no nível máximo, e que exigiriam
dedicação intensa para adequadamente evoluir e equipar minhas unidades, além
de montar uma equipe com unidades apropriadas, o que acaba sendo implicado
pelo elemento sorte pois, afinal de tudo, trata-se de um gacha. Em todo esse
tempo, é seguro dizer que minha equipe mudou pouco, sempre mantive as unidades
que gosto, mas não tenho dúvidas de que existem milhares de opções e
combinações mais eficientes.
Conseguir a unidade de Temple of Osiris era simples: bastava
abrir o jogo durante o evento para destravá-la imediatamente em seu perfil. Já
neste crossover recente, era necessário ter Lapis (e sorte) suficientes para
tentar invocá-la durante o período em que o banner ficou ativo. Cada invocação
nesse banner rendia uma moeda especial, e com dez dessas moedas era possível
trocá-las pela unidade diretamente. Mas ainda há outro nível aqui: maximizar
uma unidade de raridade Neo Vision exige outras tantas cópias dessa mesma
unidade para transmutá-las em fragmentos correspondentes. E, no caso do
crossover, isso precisava ser feito durante o breve período em que o evento
estava ativo.
As invocações exigem Lapis, que são vendidos mas também distribuídos
gratuitamente através de logins e desafios diários, e também conforme você
progride na campanha. Quem decidiu dar uma chance ao jogo tão somente pelo
crossover, porém, provavelmente ficou a ver navios pois não tinha um montante
suficiente para puxar uma Lara Croft, e isso restringia o público-alvo do
crossover de certa forma. Nesse sentido, sou grato por ter acumulado Lapis no
passado, mas, infelizmente, não pude ascender minha NV até o EX+3 pela falta de 15 fragmentos.
Em termos de buscas, o primeiro evento trazia o chefe Apep na
Tomb of the Silversmith, diretamente de LCTOO. No novo evento, temos o T-Rex em Lost Valley, e Natla em
The Great Pyramid. Todos eles tinham versões mais poderosas que rendiam
recompensas melhores, e as ditas recompensas eram inspiradas pelos
jogos-fonte: minha Lara Croft está equipada com a
Icy Death, por exemplo.
Já War of the Visions é um monstro completamente diferente, e
altamente curioso por se tratar de um spin-off de um spin-off. A impressão que
tive ao rodá-lo pela primeira vez foi estarrecedora. A quantidade de opções e
menus logo na tela inicial me deixou receoso, e mesmo os extensivos tutoriais
do Beginner's Hall não tornaram o jogo mais acessível. Lembro que achei
igualmente estranho quando o jogo sugeriu o uso do modo automático, mas mais
tarde agradeci por sua existência.
Por se tratar de um RPG tático, você deve movimentar suas unidades por um
tabuleiro e então decidir as habilidades que pode usar de acordo com o alcance
das mesmas. Com o modo Auto, porém, a inteligência artifical do jogo se
encarrega das batalhas por você, bastando você se preocupar em equipar suas
unidades, e usar os pontos obtidos para melhorar seus atributos e destravar
novas habilidades.
Entretanto, maximizar uma unidade aqui é igualmente trabalhoso, sendo
necessário conseguir muitos recursos diferentes para realizar diversos Limit
Breaks e Awakenings. As próprias habilidades devem ser destravadas em uma
gigantesca árvore que está diretamente ligada ao nivelamento da unidade em
seus Jobs (que exigem recursos próprios) e, então, dependem de Job Points para
habilitar os nódulos. Em outros termos, é muita coisa para se manter em mente
em um nível casual.
Como ele segue a mesma sistemática de gacha que FFBE, obter a unidade de Lara Croft também requeria um quantitativo de Visiore e
sorte nas invocações. Você ganha Visiore da mesma forma que os supracitados
Lapis, através de desafios diários e progressão na campanha. Já prevendo uma
situação assim, eu instalei o jogo no instante que o anúncio ocorreu e tentava
progredir conforme possível. Fico feliz em ter feito isso pois havia acumulado
Visiore suficientes para puxar ela.
Hoje, estou com WOTV fixo em minha rotina diária, fazendo as
atividades de guilda e missões diárias, além de iniciar algumas buscas da
campanha aqui e ali. Minha única meta, a longo prazo, é destravar
os quatro títulos
relacionados à Lara Croft, o que significa jogar um montante de 10000
buscas.... O modo Auto permite que eu faça isso durante refeições ou antes de
dormir, por exemplo, assim eu posso focar apenas no desenvolvimento das
unidades ao invés de elaborar estratégias de jogo propriamente ditas.
E, tal qual em FFBE, existem buscas e desafios que exigiriam uma dedicação muito maior do que eu
jamais poderia dispensar. Para completar as variantes de alta dificuldade de
The Great Pyramid Apex, por exemplo, eu dependia absolutamente das
unidades de teste que o jogo oferecia em rotação, de um único uso por dia,
enquanto via a maior parte das minhas unidades (exceto Lara Croft, que já
estava perto de seu ápice) sendo derrotadas logo na primeira ou na segunda
rodada da batalha...
De qualquer forma, eu (obviamente) gostei bastante destes crossovers, e não
apenas por oferecerem adaptações fieis de Lara Croft no rol de habilidades de
todas suas unidades. Os sprites da aventureira são adoravelmente belos, e a versão
estilo "anime" que vemos em WOTV não fica para trás — é uma grande lástima que não tenha recebido vozes como demais unidades do jogo.