sexta-feira, 6 de abril de 2018

Legend

Confesso que é, no mínimo, estranho ter duas postagens consecutivas com o mesmo título e a mesma imagem ilustrativa, mas a diferença entre as versões de Legend para portáteis da Nintendo é notável e seria injusto agrupá-las em uma única postagem. Os pensamentos e imagens a seguir refletem minha recente experiência com a versão para Nintendo DS nesta maratona especial.

Esta versão por si não chega a ser autossuficiente, uma vez que as cutscenes foram editadas para ficarem mais breves. Por vezes, falas até são aceleradas, fazendo com que os personagens interrompam uns aos outros. Um pouco de contexto acabou se perdendo — como quando Lara decide ir diretamente para o Cazaquistão após a invasão domiciliar de Amanda —, mas, como um todo, a ideia geral da história sobreviveu aos cortes.

Ao contrário da versão GBA, as fases aqui fazem o possível para replicar os níveis originais em ambientes tridimensionais miniaturizados. A jogabilidade segue uma sistemática chamada de "2.5D"; aparentemente de progressão lateral mas com a possibilidade extra de navegar o eixo de profundidade, criando uma ilusão de três dimensões.

O principal aspecto negativo, em minha opinião, é o modelo de Lara em si. Aparentemente, ela é construída da mesma forma que no GBA, ou seja, um sprite usando capturas da versão principal do jogo. Nesse sentido, a Lara é totalmente 2D e navega ambientes bem mais detalhados do que ela.

Por fim, temos algumas mecânicas da tela de toque. Na maior parte do tempo, a segunda tela funciona como um inventário, mas ela também serve como uma mira em primeira pessoa durante os segmentos de combate. Você pode continuar disparando com o botão, mas tem a opção de tocar na tela onde quer atingir os disparos, o que torna headshots absurdamente fáceis e eficazes, fazendo pouco caso dos mercenários em seu caminho.

Não é um Tomb Raider que os fãs mereçam, mas, honestamente, eu me diverti nessa segunda partida. Tinha lembranças muito piores... Talvez elas estivessem comprometidas por conta da versão de GBA. De qualquer forma, mesmo a versão para NDS ocupa uma posição bem desfavorável no meu ranking pessoal dos jogos portáteis.