domingo, 1 de novembro de 2020

Legend

Em meados do ano passado, eu finalmente trouxe ao blog conteúdo sobre os antigos jogos de Tomb Raider para plataformas móveis, daquela época mais simples quando não existiam smartphones. Ademais, na postagem dedicada a Legend eu lamentei que a versão 3D havia sido perdida para o tempo...
 
De lá para cá, um novo emulador, em constante desenvolvimento, surgiu e tornou possível a emulação de jogos que rodavam no extinto sistema operacional Symbian, dos celulares topo de linha da época. E mais, os desenvolvedores estão incorporando gradualmente suporte a jogos de N-Gage — ou seja, essa série de postagens ainda não está finalizada.

No caso de TRL, versão 3D foi desenvolvida pela Sixela Productions em parceria com a Fathammer. Ela segue uma história altamente adaptada da versão original, com um total reduzido de três locais distintos: o arranha-céus de Takamoto, em Tóquio; cavernas e penhascos em Gana; e o museu sobre a tumba do Rei Arthur, na Inglaterra.

Existem três tipos de níveis para cada uma das ambientações. O primeiro é focado em plataforma, fazendo uso de saltos e do gancho magnético para navegar ambientes lineares e esquivar de armadilhas. O segundo é combate puro, com corredores repletos de inimigos. É possível usar saltos acrobáticos — inclusive quicando de paredes — para esquivar e atirar nos inimigos, mas o jogo permite que Lara tome cobertura em elementos do cenário (sensacional!).

Por fim, cada área tem um chefe próprio, onde as mecânicas são similares aos corredores de combate mas em uma arena circular. Os chefes são "esponjas de balas", de certa forma, mas para atingir Rutland, por exemplo, você primeiro deve atordoá-lo usando explosivos; e o combate contra o leviatã na tumba não conta com sinos, mas, caso você se esconda, ele tentará engolir os mercenários invadindo o local e isso dará uma chance para Lara atirar nos explosivos pendurados nos corpos deles.

Apesar disso, as fases pouco têm em comum com a versão que todos conhecemos e amamos. As próprias artes usadas para ilustrar a história são exclusivas e narram essa versão alternativa, como o exército de mercenários de Rutland monitorando as descobertas de Lara através de grampos. Aliás, tais artes são muito bonitas, é uma pena que não estejam disponíveis em resoluções maiores.
 
Esperei quase 15 anos para conferir essa versão pessoalmente, mas como um fã ávido e compulsivo, fico feliz em ticar mais essa caixa. Seguem algumas capturas para documentar essa jornada: