Não tenho certeza se Lara Croft and the Blade of Gwynnever será publicado no Brasil, tal qual aconteceu com Os Dez Mil Imortais, mas, antes mesmo de sequer iniciar a minha leitura, trago aqui uma tradução do prefácio do livro.
Como tenho dito desde que foi anunciado, esperançosamente a subfranquia Lara Croft permitiria aos autores uma liberdade maior para desenvolver uma história empolgante e divertida, e é basicamente esta a mensagem que o diretor de marca da Crystal passa através do texto a seguir.
Dentro de um mês devo reunir anotações e pensamentos sobre o novo livro. (Ah, sim, a imagem acima é composta por elementos de Reflections, portanto não possui qualquer tipo de relação com o livro, servindo somente para amenizar uma possível parede de texto.)
[ * * * ]
Neste ano, estamos celebrando vinte anos de Tomb Raider. A franquia sempre girou em torno do espírito da descoberta, o suspense do desconhecido, e a promessa de aventura. No seu centro está a icônica Lara Croft, e estamos incrivelmente satisfeitos em apresentá-la em um novo romance como parte da celebração.
Quando recebemos a oportunidade de trabalhar com Dan e Nik uma segunda vez, nós aproveitamos a chance. O trabalho realizado em Tomb Raider: The Ten Thousand Immortals demonstrou seu entendimento de nossa amada personagem, e uma dedicação para fielmente representar Lara em formato de livro. Sabíamos que eles possuíam o desejo de criar uma história certeira.
É claro que não poderíamos deixar as coisas fáceis demais. Dan e Nik estavam confortáveis com a moderna combinação de ação e sobrevivência de Tomb Raider, mas quando começamos o processo de delinear o segundo romance, nós queríamos um que celebrasse o marco de 20 anos. Então pedimos a eles para trocar de marcha e fornecer uma experiência nostálgica — uma que transportaria os fãs para diversos lugares ao redor do mundo, repleta de ação eufórica, intriga e forças sobrenaturais. No comando: a confiante portadora de pistolas duplas Lara Croft, que tem uma observação ludibriosa para qualquer situação perigosa. Escrever um romance assim garantiria estilo e tom diferentes. Mais importante, exigiria profundo entendimento dos traços que tornam as duas versões de Lara distintas, além das características centrais que compartilham.
A boa notícia é que esse romance impôs menos restrições do que o anterior, já que existe como uma aventura de certa forma independente. Dan e Nik não precisavam levar eventos precedentes em consideração, e também não precisavam ter certeza de que Lara terminaria a história em determinado ponto. Enquanto isso certamente ofereceu uma liberdade criativa, também significa que existiam muito mais chances de potencialmente sair do percurso. Às vezes, ter muitas opções pode ser tão complicado quanto poucas. Entretanto, Dan e Nik haviam conquistado nossa confiança, e estávamos animados para ver aonde levariam Lara, dada a rua aberta na frente deles.
Eles certamente não decepcionaram.
Dan e Nik abordaram com sucesso os dois lados do universo Tomb Raider, o moderno e o nostálgico. Eles entregaram duas experiências distintas e de alta qualidade sobre nossa arqueóloga favorita, primeiro portando-a como uma jovem mulher relativamente inexperiente lidando com as consequências de uma traumatizante provação, e agora com uma aventureira confiante e viajante, que encara qualquer coisa que o mundo colocar contra ela com um par de armas fumegantes. Não é uma tarefa fácil, e é uma prova da dedicação e empenho que ambos colocaram nesta nova aventura.
Como sempre, a equipe da Crystal Dynamics dedica esse livro para os fãs ao redor do mundo, muitos dos quais acompanham a franquia Tomb Raider desde sua estreia, 20 anos atrás. Para esses fãs de longa data, assim como os novos, nós agradecemos pelo apoio e paixão incríveis. Esperamos que você desfrute da aventura em que você está prestes a embarcar junto à Lara Croft.
Rich Briggs
Diretor de Marca, Crystal Dynamics