Seguindo modelo da postagem do primeiro filme, 25 de julho marcou a estreia de Cradle of Life nos cinemas norte americanos, exatamente 10 anos atrás. Apesar de ser um filme mais divertido que o primeiro, a recepção não foi tão boa quanto o esperado (e também no mesmo ano, Angel of Darkness apresentava sinais de fadiga da franquia nos videogames), o quê provavelmente fez com que a Paramount desistisse de produzir um terceiro longa.
Desta vez, a história gira em torno da mitológica Caixa de Pandora. A aventura começa na Grécia, onde Lara descobre um templo no fundo do mar, e se desenrola por diversas outras locações, como laboratórios subterrâneos e arranha-céus em Hong Kong, e um passeio em torno do monte Kilimanjaro, na Tanzânia.
Luna Temple |
Muitos dos elementos do primeiro filme foram mantidos, mas drasticamente reduzidos. A mansão Croft faz uma breve aparição, e Bryce e Hillary também retornam em seus respectivos papéis, embora o laboratório de Bryce tenha sido reduzido à seu trailer. No lugar de Alex West entra Terry Sheridan, que abre brecha para a obrigatória cena de amor dos padrões de Hollywood.
O vilão da história é Johnathan Reiss, cientista que recebeu prêmio nobel mas que acabou descobrindo uma fonte de renda melhor negociando armas biológicas com figurões do submundo. A Caixa de Pandora, supostamente, abriga uma doença letal para a qual não há cura, e, portanto, torna-se o mais novo objeto de desejo de Reiss.
Existem inúmeras coisas no filme que poderiam ou deveriam ter sido feitas de forma diferente, talvez a principal sendo a exclusão da infâme cena em que Lara soca um tubarão (tão somente porque obviamente o filme inteiro deve se resumir à essa cena, não importando com quem quer que você fale) — embora teoricamente esteja correta.
Flower Pagoda |
Uma coisa que toda a equipe não cansou de dizer foi o quanto Angelina "adaptou" o filme para se encaixar na sua visão da personagem. Como exemplo, as maiores reclamações que ela fazia sobre o primeiro filme: a trança e os shorts. Eles se foram, mas, como um todo, não são perdas tão agravantes. De certa forma, e a meu ver, suas influências foram certas, o que tornava Angelina, de fato, a Lara Croft ideal para os cinemas.
Petrified Forest |
Não tenho grandes memórias do livro de Dave Stern, mas nos próximos dias iniciarei uma nova leitura, tomando notas, para elencar as diferenças e curiosidades. Outro ponto que gostaria de levantar antes de encerrar a postagem diz respeito ao tema sonoro criado para o filme: sensacional. Talvez tenha sido apenas a nostalgia falando mais alto, mas o tema principal me fez sentir calafrios. Na mesma linha, a cena em que Lara finalmente decodifica o Orbe... sensação indescritível.
A abertura da postagem não deve deixar dúvidas, mas eu considero LCTRCOL muito melhor que Lara Croft: Tomb Raider, o que, na época, me deixara extremamente ansioso para o terceiro filme. Infelizmente, nunca veio a acontecer.
The Cradle of Life |