sábado, 15 de junho de 2013

Lara Croft: Tomb Raider

Para ver um mundo num grão de areia
E o céu em uma flor selvagem,
Segure o infinito na palma de sua mão
E a eternidade em uma hora.
Augúrios da Inocência, de William Blake
No dia 15 de junho de 2001, estreava (nos Estados Unidos) a adaptação cinematográfica de nossa franquia favorita. Sob o nome de Lara Croft: Tomb Raider, e protagonizado pela então recentemente descoberta Angelina Jolie, o filme foi um sucesso de bilheterias embora exista um notável contraste entre opiniões dos fãs. Dentre todas as adaptações de videogames, esta certamente está entre as melhores, porém esse pode não ser o melhor parâmetro a se considerar. 

O filme sai por uma tangente dos jogos, modificando a biografia original da personagem e acrescentando um relacionamento familiar. Ironicamente, muitos dos elementos que foram alterados para adequar Lara à telona foram posteriormente readaptados para os jogos, quando a franquia foi realocada a Crystal Dynamics. A arquitetura da mansão, o nome e profissão de seu pai, um headset vinculado a um assistente na mansão...
Croft Manor
A história gira em torno da teoria de conspiração envolvendo a sociedade secreta Illuminati. Em LCTR, eles buscam uma forma de se apoderar do Triângulo da Luz para assumir controle sobre o tempo. O Triângulo, criado de um metal alienígena, fora separado em duas partes e escondido após ter causado a destruição de sua cidade de origem, estabelecida no local de impacto do meteoro. Richard Croft, pai de Lara, descobriu as reais intenções da Illuminati enquanto pesquisava a localização das peças, então deixou mensagens escondidas para sua filha para que ela fosse capaz de concluir seu trabalho e impedir que o artefato caísse nas mãos erradas.

A aventura se desdobra em diversas partes do mundo, partindo da Mansão Croft, na Inglaterra, para o Camboja, Itália e, finalmente, as tundras siberianas na Rússia. Originalmente, o triângulo seria dividido em três partes (Triforce?), porém um corte no orçamento forçou a tumba com o planetário a ser transferida da Veneza para Sibéria, deixando na Veneza apenas o quartel-general da Illuminati.
Tomb of the Dancing Light
Algumas curiosidades triviais: Iain Glen, que interpretou o papel do vilão Manfred Powell, também atuou nos filmes (de qualidade questionável) da franquia Resident Evil. Já Daniel Craig saiu de LCTR bem encaminhado, para se tornar o novo James Bond ‒ mas devo admitir que ainda não assisti a nenhum de seus filmes.

O filme foi dirigido por Simon West, e ele deixou sua "assinatura" em duas formas no filme. O robô de treino de Bryce se chama S.I.M.O.N., embora o diretor afirme que se trata de um acrônimo, um quebra-cabeça, para os fãs desvendarem (palpites?); e o personagem de Daniel Craig originalmente se chamaria Alex Mars, mas, por motivos legais, o nome não foi autorizado e tornou-se Alex West momentos antes das gravações iniciarem.
Tomb of the Ten Thousand Shadows
Na adaptação literária do filme, algumas cenas são vastamente mais detalhadas. Por exemplo, a cena onde Lara é orientada por Bryce na garagem, durante a invasão da mansão, e também quando Lara recupera a primeira metade do Triângulo da Luz, no Camboja. Tenho certeza que existem muitas outras, mas antes de divagar mais preciso revisitar as obras.

Da mesma forma, a versão resumida contada no verso dos cards publicados pela Inkworks (brevemente, espero, aqui no blog) disserta algumas destas discrepâncias, como o destino final de Powell. Este, na verdade, até pode ser conferido em uma das apresentações especiais sobre os efeitos visuais do filme.

Eu adoro o filme, mas isso estava implícito desde o princípio, não?