Ah, Underworld, tanto potencial mal aproveitado. Ainda hoje lembro-me bem da revelação inicial do jogo, com imagens de Lara realizando acrobacias num templo maia e todas as especulações recaindo sobre o calendário maia, que estaria prestes a encerrar seu ciclo em 2012. De certa forma, acredito que até mesmo isso poderia ter sido amarrado à história do jogo; não são poucas as pontas soltas do jogo, embora ele tenha feito um bom trabalho em reunir diversas culturas de forma convicente - ao menos para mim, mas obviamente sou apenas um fã facilmente impressionável. Talvez nada faça sentido no fim das contas, mas vou relevar.
Considero TRU bastante agradável, repleto de boas ideias mas, infelizmente, alguns de seus problemas são sofríveis. Uma das coisas que mais me incomodou nesta partida foram as animações de Lara. Elas eram fluidas e, sem exagero, perfeitas em Anniversary, porém, com a introdução da captura de movimentos, muitas das ações ficaram mais sutis ao mesmo tempo em que deixaram de se adaptar completamente aos controles, fora que a transição entre algumas delas simplesmente não ocorre. Sinceramente, este passou a ser meu principal medo quanto ao novo Tomb Raider, espero que, caso tenham optado pela captura de movimentos, consigam trabalhar nas animações sem comprometer outro aspecto do jogo.
Visualmente falando, mesmo que hoje já não seja tão impressionante, acho o jogo lindo demais. Já li incontáveis reclamações quanto à falta de cor nos ambientes, então acredito que eu seja uma minoria por gostar das fases como elas são. Gosto, sim, dos tons vibrantes da Tailândia, mas minha área favorita no jogo continua sendo a Ilha de Jan Mayen (em particular, a área com os martelos gigantes). A variedade é baixa, sim, mas como um todo, combinado com efeitos de iluminação e a presença do misterioso eitr, me agrada.
O guarda-roupa de Lara também não deixa a desejar, embora a versão básica inclua apenas 9 roupas. O número mais do que duplica com os pacotes de conteúdo adicional lançados exclusivamente para o Xbox 360, e, ainda na época do lançamento, fãs também encontraram no código do jogo uma versão da Snow Heavy que, infelizmente, não é selecionável. Eu até entendo terem optado pela versão azul marinho como a roupa oficial para o nível, mas definitivamente a inclusão da versão branca como uma alternativa seria mais do que bem vinda. Abaixo você confere a imagem encontrada no código do jogo, a screenshot acima foi feita com uso do TexMod e este mod.
Como já mencionei na postagem inicial, agora vou iniciar uma série de screenshots da versão Wii, feitas a partir do emulador Dolphin que permite rodar o jogo com especificações técnicas superiores ao próprio console. Sobre esta versão não postarei impressões, mas já adianto aqui que como foi a primeira versão de TRU que joguei, tenho uma notável simpatia pelo jogo. Ele é infelizmente um retrocesso, comparado com a versão Wii de TRA, mas como um todo é passável (e infinitamente superior à versão de PS2, não tenha dúvida). Escrevi uma análise completa da versão Wii para o portal Wii Brasil no lançamento, e mais tarde, uma das análises que inaugurou o portal PS3 Brasil.
O trailer de lançamento do jogo é poesia em movimento, então vou incluí-lo aqui. A escolha da trilha sonora é sensacional e agrega intensidade ao já impressionante trailer. Um dos melhores trailers de todos os tempos, eu diria, mas novamente ressalto que sou facilmente impressionável, de acordo com a opinião alheia, então confira por si mesmo e tire suas próprias conclusões.