quarta-feira, 25 de julho de 2012

Pensamentos pós Beneath the Ashes e Lara's Shadow

Em primeiro lugar, vou admitir que a exclusividade destes dois DLCs foi o que me levou a adquirir um Xbox 360. Já possuia um Wii e um PlayStation 3, mas quando a oportunidade surgiu, imediatamente pensei no que estava perdendo. Não posso dizer que me arrependo da compra, mas é fato que o console está encostado e pegando poeira desde então. Talvez isso mude com o lançamento de Tomb Raider ano que vem, já que novamente o Xbox 360 vai sair na frente com os DLCs, mas ainda assim, considero o PlayStation 3 superior em todos os aspectos.

Mas vamos ao que interessa. Começando por Beneath the Ashes, eu lembro de todas as teorias de conteúdo excluído do jogo para ser vendido separadamente depois, mas eu as considero implausíveis. Os conceitos e ideias talvez até existiram, sim, mas foram descartados do jogo principal e reaproveitados depois. A sala com a roda d'água talvez seja o melhor exemplo, basta comparar a presente na versão de Wii com a do DLC e notar que a ideia foi extrapolada no DLC.

Talvez o ponto mais fraco de BtA seja o artefato principal. Uma palavra escrita à eitr nele permite não só criar, mas também controlar, os thralls. O que é curioso aqui é que o artefato em si passa a ser somente um acessório: saber a palavra mágica é o suficiente. E mais contradizente ainda é que a Doppelganger, que nunca teve suas origens exatamente definidas, passa a ser uma dessas criaturas.
A fase em si é excelente. A ambientação é bastante diferente de qualquer coisa vista em Underworld e os novos desafios são bem elaborados, acho que nada em TRU pode ser comparado com o puzzle do dragão perto do fim da fase. Também variando um pouco do jogo original, os inimigos assumem a forma do novo thrall templário.

Encerrando BtA, passamos para Lara's Shadow. Para ser brutalmente honesto, eu esperava que explorariam melhor a Amanda quando tudo que sabia-se do DLC era o nome, afinal ela sempre esteve ali, "à sombra de Lara". Não que o pacote que recebemos seja ruim, afinal a Doppelganger é um dos personagens que mais se destacou, mesmo sendo extremamente mal aproveitada, em TRU.

O nível é interessante e extenso, mas infelizmente se torna maçante. Após aprender a controlar a versão malvada de Lara, dotada de ataques físicos poderosos bem como o "shadow power", que lhe permite movimentar-se mais rapidamente por breves períodos de tempos, partimos em busca do que restou de Natla. Eu adoro a Natla, mas acho que convém compartilhar esta paródia aqui no blog:


Natla, mesmo sem ter o artefato em questão, obviamente não esqueceu a palavra mágica e retoma o controle da Doppelganger, exigindo que ela a leve até seu local de criação, onde um mirabolante dispositivo de eitr existe. Por algum motivo, esse dispositivo não está funcionando e, imediatamente, a culpa é atrelada à Amanda. Como raios isso é possível eu também não sei, por isso que realço o quão interessante, de um ponto de vista narrativo, seria um DLC que explorasse melhor a Amanda - não esquecendo seu fascínio por Avalon. Hm, muito material para desenvolver uma fanfic, já que essa cronologia foi abandonada.

Voltando ao nível... Após elevar uma torre de eitr gigantesca, recebemos novas ordens e a pequena reviravolta na história. Retraçamos praticamente os mesmos passos com o novo objetivo de desfazer tudo o que havíamos feito. Esse, sim, de longe, me pareceu um artifício apenas para estender a duração do nível.

Junto com o sistema de combate corpo-a-corpo, que é interessante nos primeiros 15 minutos, o "shadow power" também torna as sequências de plataforma mais dinâmicas e rápidas. Ainda no quesito novidades, outro tipo de thrall, maior que os yetis de TRU, aparece no jogo. BtA trouxe diversas roupas novas, enquanto LS perdeu a oportunidade de oferecer variantes para Doppelganger, como a arte no início do artigo, um dos primeiros conceitos para a personagem. Detalhe para os vestígios de eitr no corpo da personagem.

No final das contas, em minha opinião, BtA é muito mais interessante que LS (e TRU, de certa forma). Ambos são ótimos, possuem a duração aproximada de uma hora cada e deveriam, no mínimo, ter recebido versões para PC também. Como disse no início, esse contrato de exclusividade foi o único motivo pelo qual comprei um Xbox 360 mas, como um todo, a plataforma pouco me agrada e, obviamente, muitos jogadores simplesmente optaram pela rota do boicote ao invés.

À seguir tenho Lara Croft and the Guardian of Light. Não estou procrastinando seu início à toa: estou apenas aguardando a disponibilidade de minha parceira para poder desfrutar do jogo da forma que deve ser.