
Este é um projeto sem fins comerciais e sua monetização é estritamente
proibida.
Às vezes, eu penso que tenho problemas. Outras vezes, tenho certeza.
Quando publiquei meu último projeto DIY,
Tomb Raider: Solitaire Card Game, eu comentei que precisava acalentar o coração e reduzir. É uma barragem
constante de ideias e de devaneios que, por uma série de fatores externos,
acaba resultado em uma pressão auto-imposta que não faz sentido algum. E,
mesmo assim, aqui estou eu, novamente.
Semanas atrás eu esbarrei, acidentalmente, em um anúncio de um
Uno oficial usando a temática de
The Legend of Zelda. Ao olhar as fotos do produto, instantaneamente as vozes em minha cabeça
começaram a debater não apenas o porquê ainda não temos um equivalente de Lara
Croft, mas elas também plantaram a ideia de que eu quem deveria criá-lo para
suprir essa lacuna.
Existem diversos
templates online para imprimir gratuitamente, principalmente para uso em atividades pedagógicas, mas dada a simplicidade
do design das cartas do jogo, construi um template próprio, do zero, com
minhas habilidades risíveis de Photoshop. Felizmente, pude contar com a ajuda
do amigo Roli, do portal
Raiding the Globe, antes de montar as versões finais de cada carta: ele refinou o template de
forma a suavizar as bordas da elipse central. Muito obrigado, Roli!
De início, minha ideia era usar artes dos diferentes personagens da trilogia
Legend para o baralho, mas, com a vindoura unificação sobre a
qual tão pouco sabemos, decidi partir desse princípio (unificação... um...
uno!) e optei por usar artes das diferentes variantes da aventureira máxima —
e engenhosamente encaixei a Doppelganger no meio, por motivos de sim.
Querendo ou não, este já é o meu terceiro "print and play" (quarto, se
considerarmos o
futebol de botão), portanto, por conta das incessantes ideias que não afligem pessoas
normais, acabei investindo em uma plastificadora e uma refiladora. Justifico
isso, para mim mesmo, com o argumento que os itens oficiais estão cada vez
mais caros difíceis de se adquirir.
Continuo aprendendo na base da tentativa e erro, adaptando dicas e sugestões
de diversos criadores de PNP que compartilham suas experiências online. Fiz o
primeiro baralho em papel de 300g e plastifiquei com bolsas de 0,05mm, mas as
cartas ficaram demasiadamente espessas, de difícil manuseio.
A recomendação que encontrei, para usar papel de 170g e bolsas de 0,03mm rendeu um baralho muito melhor.
E sim, cantos arrendondados fazem toda a diferença.
Para uma leve economia no custo de impressão, eu intencionalmente fiz as
cartinhas menores do que o normal: ao invés de 9 cartas por folha, coloquei
16. Como as cartas não dependem de muitas informações, o tamanho menor não é
prejudicial para leitura e nem para o manuseio. Ademais, ainda espero que uma
versão oficial surja no futuro e torne essa versão caseira redundante.
No momento em que escrevo esta postagem, já estou com ainda outra
tombraiderização pronta para trazer ao blog Raider Daze. Não é
exatamente um PNP, mas é o tipo de coisa que apenas eu gostaria de ver, pelo
jeito. Talvez ignorar as vozes em minha cabeça seria a coisa mais sábia a se
fazer, afinal...