"Cada aventura é uma jornada para descobrir a verdade."
Agora que o evento do crossover entre Tomb Raider e
Naraka: Bladepoint chegou ao fim, vou tentar transcrever alguns
dos meus pensamentos sobre o mesmo.
De todos os crossovers que tivemos até o momento, acredito que este teve o
preço de entrada mais alto até o momento. Apesar de alguns poucos itens
gratuitos (confira aqui a relação completa que montei para o blog), o pacote básico contemplando o traje, a trança, e uma skin para o arco
custou o equivalente a BRL 134. Outros cosméticos adicionais poderiam aumentar
esse total, mas eu me contentei com este pacote e, mesmo assim, não pude
evitar o sentimento de culpa em financiar uma microtransação num jogo que eu
já havia "finalizado".
Quando a colaboração foi revelada, alguns meses atrás, eu imediatamente baixei
o jogo para me preparar e ver que tipo de conteúdo poderia desenvolver para o
blog. Eu progressivamente perdi interesse no battle royale de
Fortnite, tanto pela toxicidade de seus jogadores como por suas temporadas cada vez
menos interessantes, então admito que tinha um certo receio com o gênero. Ao
encontrar modos de jogo exclusivamente contra bots, percebi que poderia temporariamente usar
esse jogo como uma válvula de escape perfeita para os tenebrosos dias que a
vida real tem imposto.
E assim foi, durante quase dois meses, com curtas sessões diárias, até
acumular quase 120 horas de jogo quando o almejado troféu de platina
finalmente pipocou na tela — e, naturalmente, escrevi
um guia de troféus para compartilhar através do portal PSX Brasil
quando o evento tivesse início. Acabei fazendo praticamente tudo antes de
sequer poder usar a skin de Lara Croft, curiosamente.
Podem me rotular como quiserem, mas o traje dela é muito bem feito. Ele mantém
o mesmo estilo que temos visto nessas colaborações, que algumas pessoas
acreditam que seja um indício da vindoura "unificação" sobre a qual tão pouco
(leia-se: nada) sabemos. Cabelo e olhos precisam de um rápido ajuste nas
cores para refletirem os tons castanhos de Lara, ao invés dos originais de
Matari, mas sinto-me compelido a dizer que gostei do rosto oferecido
oficialmente para o crossover.
E por falar em Matari, confesso que me diverti navegando pelas outras opções
de trajes disponíveis. Combinados com rosto e cabelo de nossa garota, por
vezes lembram os exóticos (e questionáveis) trajes tribais que vimos em
Shadow. Capturei alguns exemplos para compartilhar por aqui:
Que picaretas grandes você tem, Lara... Minha reação ao vê-las no jogo foi
essencialmente a mesma de quando tivemos
o crossover com Lightning Returns Final Fantasy XIII
uma década atrás: a forma que Lara as usa como armas não lembram exatamente
espadas, e as dimensões exageradas criam um efeito cômico ao invés. Certamente
vale a pena desbloquear o conteúdo, que era uma das recompensas gratuitas do
evento, mas não é algo particularmente vistoso.
O mundo de Naraka conta com paisagens belíssimas. Os ambientes
são bem complementados com sistemas de iluminação que realçam as
cores da vegetação — é uma verdadeira lástima que não existe um Photo Mode ou
mesmo um fajuto sistema de replays, similar ao concorrente, para capturar a
beleza desses cenários. É possível remover o HUD da tela, recurso que usei
para as galerias que publiquei nos últimos três sábados, dedicando
uma postagem para cada um dos três mapas existentes. Se novos mapas surgirem
no futuro, estarei mais do que disposto a conferí-los e postar por aqui.
Um battle royale focado em combates corpo-a-corpo parecia bastante estranho em conceito (e lembre-se que minha experiência é quase que
integralmente em partidas contra bots), mas as mecânicas, apesar de simples, são
funcionais e divertidas no início. Você certamente se sente motivado a testar
as diversas opções de armas existentes, e algumas até recebem modificações nos
seus ataques quando combinadas com pedras especiais que você encontra pelo
cenário.
A mitologia do mundo é bem presente durante as partidas, com as divindades
Sunwing e Moonbane surgindo com frequência nos céus. Em raras ocasiões, o
jogador ou equipe vencedor da partida irá enfrentar uma das duas divindades
para destravar recompensas extras. Infelizmente, não consegui capturar esse
evento após obter a skin de Lara Croft.
Muitos dos crossovers envolvendo nossa garota nos pegaram de surpresa, mas
devo dizer que estou curioso para ver onde mais ela pode aparecer. Eu ainda
espero vê-la nas páginas de quadrinhos ao lado de outros figurões
(primariamente, personagens do universo da DC; mas outra franquia que tem
surpreendido nos crossovers é Tartarugas Ninja e, francamente,
vejo potencial...).