Honestamente, essa é uma postagem que eu não posso esperar para enterrar definitivamente. Ao contrário da trilogia de livros da Del Rey, e até mesmo as adaptações literárias dos dois filmes, o recente livro The Ten Thousand Immortals é chato. Demais.
Ele possui um conceito interessante, a busca por um artefato que interessa não só a Lara, mas também a outros três grupos opostos distintos. A execução, porém, é fraca, repleta de repetições e detalhes desnecessários, além de uma total falta de profundidade aos personagens. Os motivos que movem cada uma das entidades nunca é claro o bastante, e o de Lara chega a ser risível: salvar Sam de uma tentativa de suicídio por overdose.
Eu acabei resumindo a história, ao invés de trazer meras anotações, e ela supostamente é tão canônica quanto as histórias em quadrinhos da Dark Horse. Imagino que nada do que ocorre neste livro ou mesmo nos arcos das HQs (principalmente os que não contam com a colaboração da própria Rhianna Pratchett) terá qualquer tipo de relevância em Rise of the Tomb Raider, mas não podemos ter certeza até que tenhamos o jogo em mãos.
Existem ao menos dois grandes erros no livro, que levanto ao final dessa postagem. A minha única preocupação neste momento é que The Blade of Gwynnever, a ser publicado no final deste ano, será escrito pelo mesmo autor. Dedos cruzados para que a abordagem seja diferente e resulte em uma leitura divertida e empolgante.
Ele possui um conceito interessante, a busca por um artefato que interessa não só a Lara, mas também a outros três grupos opostos distintos. A execução, porém, é fraca, repleta de repetições e detalhes desnecessários, além de uma total falta de profundidade aos personagens. Os motivos que movem cada uma das entidades nunca é claro o bastante, e o de Lara chega a ser risível: salvar Sam de uma tentativa de suicídio por overdose.
Eu acabei resumindo a história, ao invés de trazer meras anotações, e ela supostamente é tão canônica quanto as histórias em quadrinhos da Dark Horse. Imagino que nada do que ocorre neste livro ou mesmo nos arcos das HQs (principalmente os que não contam com a colaboração da própria Rhianna Pratchett) terá qualquer tipo de relevância em Rise of the Tomb Raider, mas não podemos ter certeza até que tenhamos o jogo em mãos.
Existem ao menos dois grandes erros no livro, que levanto ao final dessa postagem. A minha única preocupação neste momento é que The Blade of Gwynnever, a ser publicado no final deste ano, será escrito pelo mesmo autor. Dedos cruzados para que a abordagem seja diferente e resulte em uma leitura divertida e empolgante.
"Lara Croft quer apenas deixar suas terríveis experiências na ilha de Yamatai para trás. Seu modesto desejo é estilhaçado quando ela é lançada numa corrida frenética para salvar Sam. Desesperada por uma cura, Lara procura por qualquer coisa que possa ajudá-la. Um sopro de esperança vindo de um mito dá um novo propósito para Lara: a história de um artefato antigo e misterioso que poderia curar sua amiga, e possivelmente ajudar a explicar os eventos sobrenaturais que testemunhou em Yamatai.
Entretanto, Lara não está sozinha nessa caça ao tesouro. Um magnata nefário, uma sociedade das sombras, e capangas letais não vão parar por nada para usar a poderosa relíquia para seus próprios fins. A caça leva Lara ao redor do mundo, através de uma complexa rede de conspiração, contatos suspeitos, e intrigas mortais, enquanto ela procura a salvação de sua amiga e a verdade por trás do talismã lendário."
[ * * * ]
Lara e Sam dividem um apartamento alugado em Londres. Apesar de recusar o diagnóstico de transtorno de estresse pós-traumático, Lara sofre crises de pânico frenquentemente, e o livro abre com uma: um carro barulhento na rua soa como o disparo de uma arma de fogo e ela revive, imediatamente, memórias de Yamatai. Ela sai de casa para caminhar e refrescar a cabeça e recebe um telefonema, dizendo que sua colega de quarto havia sido internada no hospital.
No hospital, Lara é informada que Sam está em coma na UTI por conta de overdose. Lara afirma que a amiga não usava drogas, mas estava depressiva e traumatizada. A carta que Sam deixou era uma nota de despedida, pois não aguentava mais "Ela" e não conseguia viver após o que ocorreu em Yamatai. Quando desperta, Sam passa a se referir a si mesmo como Himiko, sem saber quem Sam ou Lara são. Lara decide buscar respostas no seu campo de atuação: arqueologia.
Ela marca um jantar com o professor Cahalane, um velho amigo de confiança de Richard Croft. Paranóica, ela analisa todas pessoas nos trens que embarca e bate fotos em seu celular de quem levanta quaisquer tipos de suspeita, para eventual necessidade de precisar identificá-los. Cahalane é um professor renomado e respeitado, mas cético e realista; sugere que Lara procure pelo professor John Babbington, em Oxford, cuja vida é dedicada a artefatos e suas histórias, bem como o significado e as origens de suas respectivas lendas.
A caminho de Oxford, Lara é convidada por Willow, uma estudante de história da arte, para se juntar a seu grupo de amigos. Certa de que estava sendo seguida, ela aceita a companhia de bom grado e acaba estabelecendo uma amizade com Willow.
Babbington possui um escritório repleto de objetos históricos, expostos e organizados metodicamente. Sobre o Velo de Ouro, classifica o filme Jason and the Argonauts como bobagem e acrescenta que o objeto nunca existiu. Ao invés de falar isso por telefone, porém, deixou Lara vir pois queria debater o assunto. As lendas são sempre mais interessantes que a verdade, por isso persistem. Dois mil anos atrás, os romanos mineravam ouro na região de Cólquida jogando velos no rio: as fibras deixavam a água passar e retinham o ouro, o que sugere que muitos velos de ouro existiram.
Ele pede para que Lara fique e assista a sua palestra, pois um de seus estudantes está focado em Cólquida. Ela aceita e é apresentada ao rapaz: Kennard Montez, um rapaz alto e atlético, aparentando 20 e poucos anos. Um café, um passeio e um flerte depois, ele convence Lara que mesmo um pedaço de lã possa ter sobrevivido 2000 anos.
Suas próprias pesquisas o levaram a um nome: Herodotus Menelaou, um negociador de antiguidades em Paris, que alegava ter adquirido um pedaço do velo décadas atrás. Lara pesquisa pelo nome e descobre um endereço, decidindo encontrá-lo para ver o que ele tem a dizer. Ao desembarcar em Paris, ela é sequestrada em público por um casal. Os captores convencem as autoridades que ela sofre transtornos de ansiedade social e só precisa ser retirada dali; a mulher, inclusive, apresenta documentos (falsos) para se identificar como Lydia Croft.
O casal a leva até Ares, um excêntrico colecionador de antiguidades. Ele questiona Lara sobre o que ela sabe e o que deseja com o Velo de Ouro. Seguiu todas as excursões de Richard e achou fascinante a jornada de Lara Croft em Yamatai — "Conhecimento é poder." E poder ele tinha: era o líder dos Dez Mil Imortais.
Após o encontro, um assistente retira Lara de sua presença. Ares sabe que ela vai tentar fugir e pede para seus agentes, os Imortais, deixarem: ele quer saber exatamente do que ela é capaz. Obviamente, um rastreador é colocado em sua mochila para que não percam ela de vista. Os Imortais são habilidosos: Lydia persegue Lara pelos telhados no maior estilo Assassin's Creed. Lara embarca num táxi e pede para ir ao aeroporto. Revirando sua mochila, encontra o dispositivo e o retira da mochila, deixando-o com o taxista. Em meio a um tumulto no trânsito, ela rapidamente desce e paga 30 euros para o taxista levar o dispositivo até o aeroporto, tirando os Imortais de sua cola. Embora ele já tivesse cometido todo tipo de infração de trânsito durante a perseguição, ele aceita porquê achou que poderia ser divertido...
Pesquisando sobre os Dez Mil Imortais, Lara encontra um site de armas de fogo contendo uma foto peculiar da Guerra Civil. O único homem não-militar na foto, datada de 1863, tinha as mesmas feições de Ares. Outras fotos, com o mesmo padrão, mostravam esse rosto na África do Sul em 1880 e na Hungria em 1940, como se jamais tivesse envelhecido.
Lara finalmente chega ao escritório de Menelaou. Ele também possui uma vasta coleção de artefatos, mas, ao contrário de Babbington, estão ali ao alcance, para serem vividos ao invés de meramente expostos. Ele sabia sobre Yamatai e se surpreende ao saber que a jovem a sua frente estava lá. Lara conta em detalhes sua jornada em troca do que restou do artefato: um pedaço de lã, velho e oleoso, sem ouro algum, guardado num pequeno estojo metálico. Menelaou fala que já havia sido procurado pelos Imortais, alguns meses atrás, e diz que eles construíram a fama e fortuna a partir de guerras, vendendo armas e fingindo ser imortais: quem não confiaria num mercenário de 300 anos?
Os Imortais surgem novamente e matam o velho. Lara vê a cena da janela e foge, com o aparentemente insignificante artefato, após acionar o sistema eletrônico de segurança. Ela liga o celular e recebe uma mensagem de Kennard, dizendo que está em partida para Anafi, sua equipe estava lá há oito semanas e com resultados promissores, dizendo que ela seria bem vinda. Lara aceita o convite.
Na ilha de Anafi, dois homens chamam a atenção de Lara: brutamontes vestindo ternos pretos e óculos escuros, certamente não eram turistas e tampouco das equipes que trabalhavam no local. Kennard diz que sua equipe havia encontrado artefatos de Cólquida em cavernas nos penhascos, mas não estavam ali pois eram despachados imediatamente.
Quando sozinha, Lara é capturada pelos homens de terno. Eles trabalham para um ator famoso, Christian Fife, e dentro do carro explicam que ele queria conhecê-la e não tinham certeza se ela aceitaria um convite convencional. Fife já havia pesquisado Kennard, mas não havia encontrado registro algum; Lara Croft, porém, certamente tinha o perfil para ajudá-lo.
Numa aldeia no topo da colina, de onde o cais podia ser visto no horizonte, Lara conhece e se assusta com o ator: ele sofre com a doença de Huntington, sem cura conhecida. Ele insiste que Lara pode e deve salvar tanto a sua vida como sua carreira: pesquisou tudo que podia sobre ela e estava convencido que sua vinda a Anafi estava ligada ao Velo de Ouro.
Lara finge estar ao lado dele até conseguir elaborar uma fuga. Pouco após dormirem, ela esbarra num dos dois seguranças, Frink, e sabe que seria morta se soubessem que ela tentaria fugir. Esperou até pouco antes do amanhecer para agir, e não demorou até que lanternas surgissem nos arredores da aldeia. Ela se pendura no penhasco para sair da linha de visão dos feixes de luz, acidentamente sentindo uma entrada para uma caverna obviamente construída por humanos.
O ambiente, iluminado por fluídos fluorescentes, fascina Lara. Ela não tinha tempo para estudá-lo, porém, pois sabia que Frink estava em sua cola. Seguindo pelas cavernas, ela cai numa grota e planeja afogar o segurança assim que ele chegasse ali. E assim o faz: segura o homem abaixo d'água até sentir seu corpo parar de reagir. Não tinha certeza se ele havia morrido, ela somente queria sair logo dali e a luz do amanhecer a guiou até uma saída.
Ela retorna até o cais, onde encontra Rebekah, uma jovem residente que está fazendo redes de pesca. O irmão de Rebekah a leva de volta para o Alecto, o pesqueiro de Kennard. Enquanto tomam café, o Alecto é atacado por homens em jet-skis e, para reprovação de Lara, Kennard revida o ataque sem sequer saber quem são. Ela toma nota de que os invasores, supostamente Imortais, estão atrás de Kennard e não dela.
Ela recolhe suas coisas no hotel e volta ao barco, usando-se de turistas transeuntes para escapar dos dois homens de Fife: Frink havia sobrevivido. Esses mesmos turistas, de outro barco, buzinam e acenam, induzindo Lara a um ataque de pânico. Kennard fala para ela descansar nos alojamentos. Ao invés de dormir, ela analisa fotos que recolheu de um dos Imortais que a seguiu em Paris, entre o que ela supôs que fossem os objetivos deles estava uma estatueta de um carneiro de ouro. Ela conclui que o ouro do velo havia sido usado para fundir essa estatueta, que ela já havia visto em algum lugar. Enquanto revira fotos no seu celular, ela encontra o rosto de um dos tripulantes do Alecto: se estavam ali há oito semanas, como ele poderia estar perseguindo ela duas semanas atrás?
Investigando o diário de bordo do Alecto, ela descobre que Kennard havia mentido. O barco estava ali há apenas dois dias. Incerta sobre Kennard, ela aproveita uma nova invasão ao barco para discretamente fugir num bote. Ela procura por Rebekah, que entende a situação e oferece abrigo. Rebekah confirma que o barco estava ali há apenas dois dias, e ela e seu irmão a levam de volta para o aeroporto.
De volta a Oxford, Lara telefona para Willow de um orelhão em busca de um lugar para dormir. No dia seguinte, visita Babbington e vê a estatueta exatamente onde acreditava ter visto. Poucos minutos depois, porém, os dois seguranças de Fife batem à porta e rendem Lara e o professor. Antes de que eles façam qualquer coisa, os Imortais invadem o escritório com armas silenciadas e disparam contra todos.
Os quatro caem ao chão, o professor por cima de Lara. Os Imortais roubam a estatueta mas, enquanto fogem, são atacados. Lara acorda e, após retirar o corpo do professor de cima de si, descobre que não só ela, mas Frink também sobreviveu (de novo). Após uma briga, ela cai sobre o corpo do parceiro dele, pega a arma em suas mãos e desfere um tiro no peito do segurança, finalmente o matando. Ela improvisa um coldre e leva a arma consigo.
Os Imortais estão sendo rendidos e nocauteados rapidamente por pessoas disfarçadas como estudantes: membros da Trinity, coordenados por Kennard. Eles também querem o carneiro de ouro e, ao contrário dos Imortais e seus trajes negros, se mesclam naturalmente ao ambiente. Kennard ordena que o trabalho seja encerrado e evidências sejam eliminadas rapidamente.
Enquanto procura pelo Imortal que carrega a estatueta, Lara esconde a latinha com o pedaço do velo no bolso de sua calça. No meio da correria dos estudantes causada pelos tiroteios, ela rouba um boné e um moletom para não ser reconhecida tão facilmente. Isso não a impede de ser rendida por um Imortal e levada até Ares. Ele coloca a estatueta sobre a mesa, satisfeito em negá-la a Lara, e fala que servirá de compensação pelos poderes de Himiko terem sido desperdiçados no corpo de Sam. Antes que ele mate Lara, porém, Kennard atira no peito do Imortal que segura Lara e consegue disparar uma segunda vez, atingindo o ombro de Ares, antes de ser derrubado ao chão por outro Imortal.
Lara, livre, pega a estatueta e foge desenfreadamente. Ares, baleado, simplesmente limpa o ferimento e caminha atrás de Lara. Por fim, Kennard mata o Imortal que o derrubou, se recompõe e corre atrás dos dois.
Durante a perseguição a Lara, que se estendeu aos telhados, uma Imortal consegue segurar o bolso da calça de Lara. O tecido cede e a Imortal consegue pegar a latinha, imediatamente jogando para um homem que aguardava no chão. Lara mata ela e tenta se esconder, mas é localizada pelos Imortais, sendo novamente rendida e colocada à mercê de Ares. Ele diz que se ela não fosse tão altruísta, seria uma valiosa adição aos Imortais. Antes que ele a mate, porém, Kennard novamente consegue dois disparos limpos do telhado oposto, matando tanto o Imortal quanto Ares. Ele teria disparado uma terceira vez, mas Lara se abaixou e saiu da linha de visão assim que conseguiu.
Kennard está em posse do estojo metálico de Lara: um agente da Trinity havia tomado o lugar do Imortal que aguardava pela latinha no chão. A polícia finalmente surge e cerca o local, mas os agentes da Trinity já estavam limpado o lugar, recolhendo corpos sem que a polícia sequer perceba. Parte do trabalho deles era garantir que quase ninguém soubesse quase nada sobre suas operações, e um deles se sacrificaria pela causa, sem dúvida sendo reportado como um maníaco armado que invadiu a faculdade...
Num telhado, Lara e Kennard se enfrentam uma última vez. Lara admite que ele seria mais rápido para puxar o gatilho, então ambos baixam as armas. Eles conversam e Kennard diz que gosta de Lara, que preferiria ter contratado ao invés de enganado ela, mas a Trinity a considerava um "espírito livre" demais para a organização. Ele insiste que a Trinity é do bem, embora Lara obviamente não acredite. Ele segura a latinha na mão, e Lara observa que ela havia sido perfurada por uma bala – em algum momento Lara havia sido alvejada e protegida pelo artefato!
Kennard fala para Lara que não pode deixar pontas soltas, então dispara quatro vezes. Removendo quaisquer possíveis evidências do local, Lara teria sido apenas mais uma vítima do maníaco. Com a caixinha metálica e a estatueta de ouro em sua posse, a Trinity havia vencido e sua missão aqui estava cumprida. Kennard e sua equipe debandam.
Lara acorda, sentido bastante dor e desconforto, mas não encontra nenhum ferimento de balas antes de voltar a desmaiar. Acorda novamente um tempo depois, sob os cuidados de um paramédico. Embora não estivesse se sentindo completamente bem, sabia que precisava sair dali antes que Kennard soubesse que ela ainda estava viva. Ela convence o médico que está bem o bastante e é liberada após uma entrevista improdutiva com um policial. No isolamento do perímetro, ela encontra Willow e seus amigos, curiosos para saber o que estava acontecendo, e eles prometem ao paramédico que vão cuidar dela.
Tirando as roupas para tomar banho, Lara percebe uma minúscula pepita de ouro no fundo do bolso de sua calça: provavelmente caiu pelo buraco feito no estojo metálico, antes de ser roubado, e se alojou ali. Um amuleto de sorte, sem dúvida. Um furo na camiseta revela que ela também havia sido alvejada pelos Imortais quando invadiram o escritório de Babbington – os poderes do Velo de Ouro eram, de fato, reais.
Dias mais tarde, sem sinal de Kennard, ela retorna a Londres e visita Sam no hospital. Ela fala que teve uma recuperação súbita poucos dias antes, embora ainda lembrasse as coisas que Himiko dizia. Lara tenta entender o que causou a recuperação de sua amiga, incerta se houve alguma relação com o Velo de Ouro, mas Sam diz que não importa como aconteceu: ela estava bem. Lara entrega o tal amuleto de sorte para Sam, dizendo ser um pedaço de ouro diretamente de Cólquida. Fim. (Yawn.)
Considerações finais: embora o conceito seja interessante, a história não engaja e termina de forma absurdamente anticlimática. Kennard ainda está vivo, com a estatueta de ouro e a caixinha metálica, em algum momento ele ou a Trinity deverão perceber que ela está vazia. E quanto a Fife? É possível que sequer saiba que seus guarda-costas falharam, e talvez o contato de Lara com o Velo de Ouro também tenha o curado magica e milagrosamente...
Enfim, eu acabei omitindo informações aqui mas essa é uma versão resumida do livro. Um elemento recorrente é o The Book (com letras maiúsculas, sim!): uma coleção de pedaços de informação, rabiscos, desenhos e anotações, traçando ponderações e hipóteses. Passou por diversas mãos antes de cair nas mãos de Lara e se tornou um excelente recurso de pesquisas (bem como a Wikipedia, não é mesmo, Lara?). Em nenhum momento é mencionada a origem do tal livro.
Quanto aos erros que mencionei: na pg. 150 é dito que o Alecto estava em Anafi há oito meses, porém todas outras referências (como pg. 205) dizem oito semanas. E o mais grotesco diz respeito ao conteúdo do estojo metálico que Menelaou dá para Lara. A pg. 143 é imperativa: um pedaço minúsculo de lã oleosa, sem ouro algum. Porém, na pg. 336, magicamente o conteúdo passa a ser uma pepita de ouro. Minha prepotente suposição? O livro entediou até mesmo os editores...
ABNETT, Dan; VINCENT, Nik
Tomb Raider: The Ten Thousand Immortals Estados Unidos Penguim Random House 2014 343 páginas ISBN 9780241187272 |