sábado, 7 de março de 2020

Brawlhalla × Tomb Raider


Admito que sempre tive um certo preconceito contra Brawlhalla. O jogo, em sua fundação, é mais um que tenta replicar a fórmula de Super Smash Bros. e, com um elenco inicial de personagens originais, não me parecia exatamente interessante. Com o anúncio do crossover com Tomb Raider, decidi dar uma chance ao jogo. Ele é gratuito, afinal.

Neste momento, é seguro dizer que estou apegado demais ao jogo — muito mais do que eu poderia imaginar. Os diversos personagens são, em sua grande maioria, bastante semelhantes entre si já que a maior parte dos ataques é compartilhada entre eles, mas cada um ganha destaque com seus signature moves (numa tradução livre, seria algo como "ataques característicos").

Particularmente relevante para nós, é necessário saber que Lara Croft é uma skin de Diana, então todos seus ataques são exatamente iguais, mas contam com alguns efeitos especiais únicos: um ataque com o arco usa flechas de fogo, por exemplo, e a mira de Legend e o gancho magnético de Underworld surgem em diferentes ataques com as pistolas. Detalhes pequenos, mas sensacionais.
Por outro lado, os personagens não possuem qualquer tipo de voz e as lutas são dominadas somente pelos efeitos sonoros dos ataques e anúncios feitos pelo narrador para momentos em que jogadores realizam certas proezas. Nesse sentido, talvez grunhidos e gritos não façam tanta falta, mas acredito que ajudariam a diferenciar mais os lutadores.

E falando em lutadores, a variedade nos crossovers já existentes é impressionante. Se ainda estamos esperando para colocar Lara Croft em confronto direto contra Mario e Sonic, em Brawlhalla ela pode enfrentar astros do mundo real como The Rock. Tecnicamente.

Apesar de ser um jogo gratuito, ele é amplamente focado em partidas online, sem grandes atrativos no offline (o modo Tournament, do vídeo no topo desta postagem, é o mais próximo a um modo Arcade, por exemplo). Uma vez por semana, sempre na quarta-feira, os desenvolvedores fazem um rodízio nas Lendas disponíveis para jogo, e o restante dos personagens fica bloqueado a menos que você os destrave.
Todas as partidas online oferecem recompensas simbólicas, na forma de moedas de ouro, que podem ser usadas para destravar as Lendas para uso permanente, mas todos os personagens de crossovers e inúmeros outros efeitos cosméticos dependem de dinheiro real para uso: as notórias microtransações. Curiosamente, comprar Lara não habilita Diana, que ainda deve ser destravada separadamente.

Lara Croft trouxe consigo um novo cenário, chamado de Temple Ruins, que também serve como base para o modo de jogo Temple Climb. Como esse modo reduz o cenário de forma significativa, o número de nocautes acaba sendo muito maior do que nas lutas convencionais, e a inclusão de armadilhas torna as partidas um tanto imprevisíveis.


Por fim, uma última curiosidade: a música usada no trailer de revelação de Lara Croft é The Legend of Julia Brown, maravilhosamente interpretada por Susie Wilkins.