Vai-te embora, 2025.
Na postagem de encerramento do ano passado, eu disse que
aquele havia sido facilmente o pior ano de minha vida. Santa ingenuidade! Para
todos os efeitos, esse ano pareceu uma mera extensão do anterior, onde
situações ruins encontraram maneiras para ficar ainda piores. O desejo de
sumir nunca foi tão forte.
Tentei "remediar" meu
cotidiano com maneiras que estivessem ao meu alcance. Fui, uma última vez,
para São Paulo (desta vez,
o espetáculo foi no Morumbis), de onde retornei com a mentalidade de simplesmente aceitar que não sou,
nunca fui, e nunca serei uma pessoa normal. Prova incontestável disso é a
devoção que nutro há quase 30 anos: Tomb Raider é, literalmente,
a razão de meu viver.
E, para nossa alegria, uma luz finalmente surgiu no fim do túnel.
Apesar do
cancelamento de Perfect Dark
e de preocupantes
ondas de demissões
no decorrer do ano, a Crystal Dynamics surpreendeu com um anúncio duplo no
início de dezembro:
Legacy of Atlantis
e
Catalyst. No dia seguinte ao anúncio, eu tive a oportunidade de participar de uma
sessão de perguntas e respostas com Scot Amos e Will Kerslake, que
resultou em uma miniprévia com algumas informações novas.
No decorrer desse ano, todas as eras da franquia receberam algum tipo de
suporte. No início do ano,
IV-VI Remastered
trouxe a segunda onda de remasterizações dos jogos da Core Design, resgatando
a
dublagem nacional "perdida" de Angel of Darkness, ao mesmo passo em que causou furor ao usar
inteligência artificial generativa para produzir novas linhas de diálogo
sem o consentimento das atrizes originais — felizmente,
foram prontamente removidas. Além disso,
The Last Revelation e Chronicles foram lançados
para o Evercade, completando o conjunto de jogos de PS1 na plataforma.
Reloaded
continua preso em um limbo imbecil, no qual os desenvolvedores atuais
claramente não sabem o que fazer, mas alguns itens especiais foram
disponibilizados no decorrer do ano para sustentar aparências. Curiosamente,
Relic Run, lançado há dez anos atrás, recebeu um
novo (e inútil) item
e
uma nova (e curiosa) variante do traje de Hitman.
TR2013 teve um
lançamento surpresa para Nintendo Switch e Switch 2, em uma
versão questionável, no que suspeito ter sido um lançamento para celebrar o
aniversário de 29 anos da franquia. Enquanto a Aspyr trabalhou nesse port, a Feral está trabalhando
em uma versão do jogo para smartphones(!), que deve ser lançada em fevereiro. Aliás, a Feral lançou neste ano o novo port de Guardian of Light, em uma versão completa e fiel aos consoles.
Especificamente para computadores, a plataforma GOG incluiu em seu catálogo
todos os jogos da trilogia Survivor, com a promessa de que serão atualizados "para sempre", assim garantindo sua
funcionalidade em sistemas operacionais futuros.
A trilogia Legend já contava com esse suporte. Nos consoles a história ainda é outra, e, na falta da trilogia
remasterizada como ainda esperamos, ao menos
Anniversary foi incluso na "retrocompatibilidade" do PS5
nesse ínterim.
Esse ano Lara Croft retornou
aos jogos de cassino online com Fortune of the Eclipse, lembram? Pois então, o acesso aparentemente continua proibido para o
Brasil. Embora não seja deste ano, outra coisa que parece ter caído no esquecimento é a
Live Experience de Seattle...
A
segunda e última temporada
da animação The Legend of Lara Croft
estreou semanas atrás. No decorrer de janeiro espero iniciar minhas postagens resumindo,
comentando, e opinando cada episódio, mas posso adiantar que eu gostei demais.
A série não pavimentou o caminho para a tal "unificação" e ainda deixou uma
ponta solta que provavelmente nunca será resolvida, mas, por si, oferece boas
horas de distração e diversão.
Saindo brevemente da nossa bolha, esse ano a
BAFTA reconheceu o valor histórico de Atlantean Scion, e lembrou de
TRL para um concerto musical que ocorrerá em 2026. Nossa aventureira ainda foi contemplada com novos recordes oficializados
pelo Guinness, mas não tive tempo para ler o livro e trazer ao blog ainda —
maldita seja minha vida de CLT de 44 horas presenciais.
Para os entusiastas em caçar e colecionar conquistas, vários jogos receberam
suporte na plataforma RetroAchievements:
AOD (PS2),
TRL (GCN),
TRA (PS2),
Underworld (PS2), e
Nightmare Stone (GBC). Dentro de minhas limitações, estou tentando encaixar esse hobby de nicho em meus intervalos de almoço no trabalho, já que a emulação é possível através de smartphones. É um mundo admirável.
Esse ano teve uma boa quantidade de crossovers externos, novamente:
novo conteúdo para Fortnite, em uma oferta cruzada com
Rocket League;
mesas repletas de referências em Pinball FX;
novo conteúdo para Dead by Daylight;
Amanda e Jonah se juntaram à Lara em World of Tanks; e
novos trajes predatórios foram adicionados a Hero Wars. O choro da comunidade foi ensurdecedor, mas me motivou a escrever o artigo
sobre
crossovers que eu gostaria de ver
após uma
fracassada pesquisa
desse fracassado blogueiro que não é capaz de monetizar seu hobby.
Graças a mods, Lara Croft chegou a
Super Smash Bros. Ultimate; conferi uma
curiosa edição de Doom;
e, compartilhei
algumas mesas de pinball aproveitando o embalo do anúncio oficial. Lembra quando eu disse, lá no
começo, que sou obcecado por essa franquia? Pois então. Mas calma que ainda tem mais...
Eu finalmente comecei a desenvolver (ou melhor, finalizar) e compartilhar uma série de projetos DIY: fiz um jogo de tabuleiro (Batalha pelo Tesouro); um jogo de cards para jogar sozinho (Solitaire Card Game) e outro para jogar em família (Tomb Raider Uno); um jogo de dados (Descobertas Desumildes); e escudinhos para um time personalizado de futebol de botão (Croft Football Club). E meu próximo projeto está em rota...
Os verdadeiros imediatamente terão uma ideia do que se trata.
Para minha coleção, adquiri alguns itens bacanas e diferenciados nesse ano (jan,
mar,
mai,
ago,
nov), além de finalmente catalogar
meus pôsteres acumulados no decorrer das últimas décadas. Pretendia gravar um vlog de meus recortes de revistas, mas há tantos
anos procrastinando essa ideia acho melhor ficar em meu território,
solitário e em paz, então no ano que vem devo trazer uma (ou mais) postagens
com texto e fotos, aproveitando o argumento dos 30 anos da franquia.
Falando em itens de coleção, a loja oficial queimou todo seu estoque, com
descontos de até 90%, antes de
ceder espaço para um novo representante, que também inclui
alguns itens da Shark Robot. No início do ano devo receber tudo que comprei na Black
Friday e, também, uma camiseta desse novo vendedor, então espero relatar minha experiência em breve.
Crypt of Chronos
teve sua meta de financiamento coletivo atingida e deve ser enviado até
fevereiro para os apoiadores (mas deve chegar às prateleiras, do exterior,
pouco depois). É passada a hora, mas eu ainda pretendo fazer a devida
cobertura de todos os jogos de tabuleiro da franquia aqui no blog. E, por outro lado, o RPG de mesa
Shadows of Truth, infelizmente,
foi cancelado, mas também pretendo fazer uma postagem sobre o sistema em si.
Existem incontáveis colecionáveis a caminho, como o
terceiro volume da Colossal Collection,
novas figuras da Weta inspiradas por IV-VI,
uma nova e absurdamente cara estatueta de luxo de TRU;
a figura de TRL da Gaming Heads para #TR20
(em pleno ano 30, sim);
uma figura da Dark Horse inspirada por LOLC...
Aventuras novas também estão em rota, é claro. Existe
a possibilidade de
I-III Remastered receber um modo de desafio; a editora Dark Horse publicará
Sacred Artifacts, uma nova minissérie em quadrinhos (com sorte, a primeira de uma nova
leva); e a produção da
série em live-action
protagonizada por
Sophie Turner
inicia em janeiro. Temos até mesmo
Sigourney Weaver no elenco!
Por conta de LOA, alterei o esquema de cores do blog e deixei minha cor favorita
(laranja) de lado momentaneamente. Não consegui encaixar no texto, mas joguei
Soul Reaver 1 & 2 Remastered
no início do ano, embora não tenha feito qualquer progresso nos outros jogos
da série Legacy of Kain, ou qualquer outro jogo que pudesse alimentar o marcador Softografia, desde então.
Para encerrar, como sempre, minha jornada rotineira pelas aventuras do Level Editor
continua. Atingi a marca de 3000 níveis jogados recentemente. Estou, aos poucos, compilando meu conteúdo deste nicho em uma página dedicada aqui no blog para fins de "preservação" (não que o Blogger seja mais permanente que qualquer outro site, mas enfim). Neste momento, vou apenas atualizar meu cartão:
Tudo dito e feito, não sei o que estou tentando provar ou a quem
quero impressionar.








