Saindo por uma tangente, este é outro seriado (assim como Caçadora de Relíquias) que assisti tão somente pela leve conexão que pode ser estabelecida com Tomb Raider. No caso de Witchblade, a conexão é ainda mais superficial, mas, como um todo, posso afirmar que o passatempo valeu a pena.
Logo no primeiro episódio (que, na verdade, é um filme introdutório à série e que costumava reprisar com frequência na TV aberta), eu não pude deixar de notar na escolha de duas faixas. Living Dead Girl e Mysterious Ways. Não acredito que seja mera coincidência que ambas tenham sido utilizadas no fanfilm Tears of the Dragon.
E falando em coincidência, é justamente nisso que o seriado se propaga. Bem, a primeira temporada ao menos. "Nada é o que parece" e "tudo está conectado" são termos que são utilizados com muita frequência.
A primeira temporada é sensacional, com muitas pontas soltas que são devidamente presas até o final. Entretanto, é justamente aí que entra minha principal reclamação: Sara Pezzini usa o poder da Witchblade para reverter tudo que aconteceu após ter sido escolhida pela entidade.
Assim como veio a acontecer com Heroes anos mais tarde, a segunda temporada não agregou absolutamente nada ao seriado ‒ e no caso de Witchblade é ainda pior, pois a série foi cancelada em seguida. Na segunda temporada, algumas coisas são recontadas, de forma diferente, e poderia ter sido fantástico (o efeito borboleta é imprevisível afinal), mas não.
Eles até tentam reaproveitar os termos supracitados, mas tudo fica perdido. Mesmo a inclusão de Aras, uma doppelganger (ria), é reduzida à uma mera alusão no episódio seguinte. Fora que a primeira temporada havia estabelecido que a Witchblade que escolhe suas portadoras, e não o contrário, mas isso não impediu o bracelete de passar por inúmeras mulheres diferentes...
Enfim, acho que já falei o suficiente. A Yancy Butler é maravilhosa, admito que só assisti o seriado até o final por sua causa. Considerando suas feições, não seria difícil imaginá-la lado a lado com Angelina Jolie como Lara Croft; oh bem, mais fantasias para uma realidade alternativa.