sábado, 10 de novembro de 2012

Sobre os livros

10. Você já leu algum dos livros? Se sim, qual(is)?
Sim, todos. A pergunta é um pouco vaga, mas tenho certeza que se refere apenas aos romances baseados na franquia, embora eu também tenha lido muitos dos outros livros (só não todos porquê, bem, não localizei alguns ainda).

Faz muito tempo que não tenho nenhum contato com qualquer dos livros, seja a trilogia original ou as adaptações dos filmes, mas eu lembro de ter me divertido com eles. Eu já mencionei isso vez ou outra aqui no blog, mas pretendo fazer postagens detalhadas sobre os livros. O melhor exemplo que posso dar aqui, e o que melhor recordo, refere-se à cena na Tumba da Luz Dançante. Na versão escrita, ela é bem mais ousada, onde Lara e Alex West ficam alternando entre si a posse sobre a peça do Triângulo da Luz para distrair a estátua gigante. O caso se repete diversas vezes e tenho certeza quase absoluta que, nos livros, as referências para os jogos são mais evidentes.

Já a trilogia possui um foco diferente, mas não menos interessante. Infelizmente as memórias são distantes, outro motivo para revisitar os livros. Sei que The Amulet of Power é o mais perto de uma explicação oficial que teremos sobre o que aconteceu com Lara após ser soterrada ao final de The Last Revelation: lembro de detalhes sobre o estado mórbido em que a moça foi encontrada, por um jornalista. The Lost Cult possuia uma personagem chamada Ajay (salvo engano) que era um rival perfeito para Lara, uma mescla entre Amanda Evert e a Doppelganger. E por fim, The Man of Bronze era uma história narrada em primeira pessoa, do ponto de vista da heroína. Era fascinante, mas mais curioso que isso foi a forma como essa mesma história vinculava a família Croft a outras famílias renomadas, como Holmes e Bond. Em um dos três livros também houve um evento importante no Brasil, de cabeça agora não lembro-me em qual (mas acredito que tenha sido no terceiro).

É uma pena que os livros pararam por aí. Eu adoraria que os jogos também recebessem o mesmo tratamento que os filmes; imagino que muita coisa poderia ser acrescentada para expandir o universo dos jogos e reforçar a mitologia dos mesmos, mas acredito que, a essa altura, eu preferiria uma nova história original.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Tomb Raider já te fez chorar?

9. Você já chorou em alguma parte dos jogos?
Não. Existem diversos momentos que me causam sentimentos incomuns, mas chorar durante qualquer dos jogos, nunca. Durante minha jornada pelos jogos eu mencionei que me emocionei em algumas ocasiões, mas simplesmente foi a nostalgia falando mais alto. 

De qualquer forma, os momentos mais marcantes para mim são em Legend, quando Lara recupera a Ghalali Key no Nepal e, depois, quando fala com sua mãe através do portal; e em Underworld, quando Lara finalmente reencontra Amelia, em Helheim. Nada do que eu vi até agora em Tomb Raider me causou o mesmo sentimento, mas, em algumas vezes, fiquei com pena suficiente para me abater. Mas, novamente, não ao ponto de chorar.

Para não ficar implícito que sou feito de pedra, vou admitir ter chorado todas (todas) as vezes que assisti ao final de Final Fantasy XIII-2. O de Final Fantasy XIII já era bastante complicado, com os meus dois personagens favoritos tomando uma decisão extremamente tensa, mas o final de FFXIII-2 me pegou de surpresa, e em dobro ao causar esse tipo de emoção, já que eu não simpatizava com os protagonistas. Depois, a expansão Requiem of the Goddess trouxe outra animação que, novamente, causou uma tristeza palpável. Parece bobagem, mas enfim, eis a idiossincrasia em sua mais pura forma.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Primeiro contato com a franquia

8. Qual foi o primeiro Tomb Raider que você jogou?
Minha relação vitalícia com Lara Croft se iniciou pouco após o lançamento de Tomb Raider II. Na época, eu acompanhava diversas revistas de videogames porém meu interesse se resumia a jogos como Street Fighter e Mortal Kombat (ugh!). Passava batido as matérias e análises de Tomb Raider e me questionava porquê qualquer menção à TR sempre exaltava a franquia.

Isso alimentou uma espécie de repulsa em mim, para ser honesto, e mesmo nos dias de hoje eu ainda desenvolvo esse tipo de reação para muitas coisas. Mas, quando um amigo (de quem não tenho notícias desde que o ensino médio acabou) me ofereceu emprestado sua cópia pirata de TR2 para PC, pensei comigo mesmo e decidi dar uma chance ao jogo.

Lembro o fracasso que foi. Única coisa que eu jogava no computador na época eram jogos de estratégia em tempo real, como Command & Conquer e Warcraft II, então aprender a controlar a personagem foi um desafio enorme. Na minha primeira noite, meu progresso se resumiu a matar o tigre e subir numa pedra.

No dia seguinte pedi uma ajuda e ele me ajudou com os comandos básicos, e, a partir daquele momento, nunca mais olhei para trás. Não cheguei a terminar o jogo antes de devolvê-lo, mas ainda naquele mês minha irmã me presenteou com o então recém lançado Tomb Raider Gold da Brasoft. Assim, o interesse deu lugar ao fanatismo que, mais tarde, se tornou uma obsessão. Hoje, é um estilo de vida.

Para encerrar, obrigado Antônio -- onde quer que você esteja. Não consigo imaginar como minha vida teria sido se eu não tivesse sido apresentado à Lara Croft.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Sobre o reinício

7. O que você pensa do reinício de Tomb Raider?
A franquia Tomb Raider passou por muitos altos e baixos ao longo da última década e meia, e isso é fato consolidado. Muitas pessoas foram atraídas pela nova direção que a série tomou em 2006, com Legend, e muitas pessoas simplesmente deixaram a franquia de lado conforme os anos passavam e as diferenças entre um jogo e outro pareciam cada vez menores.

Apesar da Core Design ter perdido controle da franquia após lançar um jogo por ano e fracassar na estreia da franquia na geração seguinte, o mesmo erro se repetiu, de certa forma, com a Crystal Dynamics. Se as coisas tivessem permanecido como estavam, para onde poderíamos ter ido com uma continuação de Underworld? A cultura do monomito, interligar tudo a uma mesma civilização de origem, é um conceito sensacional, porém não concede muita liberdade para ser expandido. Uma história nova e independente seria necessária.

Criar uma nova história de origem para Lara Croft parecia bastante simples, mas isso já existia. Umas quatro ou cinco versões, inclusive. As duas mais conhecidas não seriam suficientes para um jogo inteiro, e uma delas já havia sido desenvolvida para se encaixar com a história de TRL. A saída mais óbvia seria reconstruir o personagem do zero.

Difícil dizer se todas as demais mudanças que vieram junto eram necessárias, especialmente o excessivo foco na máxima "dor constrói caráter", mas parecem ter feito muito bem. Muitas pessoas que normalmente reagiriam com um rolar de olhos agora estão ansiosos, aguardando o jogo. E, pelo menos de tudo o que eu vi até agora, eu também estou empolgado: apesar de todas as diferenças ainda parece carregar alguns dos mesmos mecanismos básicos que a franquia sempre teve.

A minha maior preocupação, para falar a verdade, não é diferente do que já falei acima. Se a história de TRU prendeu a franquia contra a parede, como evitar que a história se repita? O foco na inexperiência e instinto de sobrevivência rendeu material suficiente para um jogo inteiro, e isso é ótimo, mas e o que acontece depois?

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Arma favorita

6. Qual sua arma favorita?
Novamente, outra pergunta onde não existe um rastro de dúvida sequer quanto à resposta. O arsenal de Lara Croft é, no mínimo, impressionante e mesmo assim está em constante expansão. Muitas armas tiveram sua chance de brilhar no decorrer da saga, mas, no final das contas, nenhuma jamais foi capaz de substituir as essenciais pistolas gêmeas.

Armas estas que, aliás, ainda não foram confirmadas em Tomb Raider. Apesar de existir uma pistola, não imagino que veremos Lara portando duas simultaneamente em jogo, mas posso (e gostaria de) estar errado. Angel of Darkness foi o único jogo onde Lara só utilizava uma, mas essa era apenas outra variante em uma equação interminável de problemas...

Ainda no assunto de armas favoritas, embora nunca tenha dado muita atenção para ela nos jogos, sempre considerei a Shotgun a melhor arma para ficar exposta nas costas de Lara. Em qualquer de suas versões, sua aparência intimidadora complementava o visual global da personagem.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Inimigo favorito

5. Qual seu inimigo favorito na série? 
Esta pergunta é, de certa, forma, trivial. Já falamos sobre antagonistas, e como quem joga Tomb Raider bem sabe, boa parte da oposição que Lara Croft enfrenta em suas aventuras pode ser resumida à formas de vida selvagens ou sobrenaturais.

Muitos dos animais são recorrentes, mas acho que no final das contas todos nós temos um certo carinho pelos tiranossauros que permearam diversos jogos da franquia. Acredito que nunca houve uma explicação lógica para a inclusão deles, mas após Lara encontrar o vale perdido no Peru, eles se tornaram uma espécie de tradição.

Em Tomb Raider II, dois T-Rexes foram escondidos logo na primeira fase, abaixo da muralha da China; e mais tarde, em Adventures of Lara Croft, Lara encontrou outra selva repleta de dinossauros. Em Anniversary revivemos o primeiro encontro e, por fim, em Guardian of Light tivemos alguns novos inimigos claramente inspirados pelo tirano, mas sem o mesmo carisma.

Trocando em miúdos e de forma extremamente surreal, podemos dizer que os poucos espécimes que sobreviveram ao cataclisma não tiveram tanta sorte com Lara Croft. E, com o novo rumo que a série tomou, acredito que jamais serão cogitados novamente.

domingo, 4 de novembro de 2012

Roupa favorita

4. Qual das roupas de Lara Croft é sua favorita? 
Sem dúvida a primeira pergunta difícil do desafio, simplesmente pelo fato de que nossa musa possui um closet invejável. A variedade é enorme e está em constante expansão, sem contar com os inúmeros visuais adotados pela personagem nas outras mídias, como filmes e quadrinhos. Mas, vamos manter o foco naqueles que vimos nos jogos.

Como a tecnologia está sempre evoluindo, as texturas das roupas também ficam cada vez mais detalhadas, resultando em visuais cada vez melhores. Eu gosto de praticamente todas as roupas que Lara usou nos três primeiros jogos, como a Wetsuit de Tomb Raider II e a Catsuit de Adventures of Lara Croft, mas a grande reviravolta no armário da heroína só aconteceu com Legend. Desde o segundo jogo, ambientes novos significavam roupas novas, mas somente no sétimo recebemos a opção de destravar e utilizar outras roupas.

E não eram poucas! Apesar de contar com apenas oito níveis, tínhamos a disposição inúmeras opções de roupa, passando por diversas variantes de cor, fardas militares e até mesmo biquínis. Desta leva, algumas roupas em particular sempre me agraciaram: Legend Black, Goth Lace Shirt, Sport Green, e a mais importante de todas: Winter no Coat.

Não sei explicar, talvez seja a combinação de cores, mas desde a primeira vez que vi a roupa, não conseguia pensar em outra coisa senão o porquê Lara nunca havia vestido algo assim antes. É, definitivamente, a minha favorita -- até agora. Em Beneath the Ashes fomos agraciados com a Casual Explorer, seu estilo (e novamente a coordenação das cores) também me agradam, mas, dentre as duas, fico com a versão inverno de TRL.

sábado, 3 de novembro de 2012

Sobre os filmes

3. Você gosta dos filmes? Por quê?
Certa vez me definiram como "fanboy facilmente impressionável", e, mesmo que eu quisesse negar essa declaração, eu não teria como. Portanto, a resposta para a pergunta do dia não pode ser outra além de um sonoro sim!

Eu entendo o motivo pelo qual o público em geral possa torcer o nariz para a ideia. Convenhamos que dentre todas as adaptações cinematográficas de videogames, pouquíssimas empolgam. Na verdade, em sua grande maioria são fracas por se distanciarem demais do material de origem, mesmo quando estão  repletos de referências; tomando um exemplo atual como base, tome Resident Evil. Se for capaz, assista até o final esta cena do quarto filme, uma terrível adaptação desta cena do quinto jogo.

Mas enfim, vamos relevar e voltar para o ponto em questão. O propósito, assim como o público alvo, da indústria dos filmes é diferente da de videogames, portanto mudanças seriam necessárias, sim. E em minha opinião, o universo criado pelos dois filmes de Tomb Raider não deixa a desejar. A diversão descomprometida está ali, e apesar do personagem ter origens e relacionamentos diferentes daqueles vistos em seu universo original, não vejo dificuldade em identificar Lara Croft.

Indo além, devo dizer que prefiro o segundo filme ao primeiro. Lara Croft: Tomb Raider tinha boas ideias, toda a conspiração dos Illuminati, os poderes do Triângulo da Luz, a civilização perdida que poderia facilmente ser conectada à nossa conhecida Atlântida... Pensando bem, provavelmente teria acontecido desta forma, se o filme fosse produzido durante o ciclo de desenvolvimento da trilogia da Crystal Dynamics. Ao mesmo tempo que o resultado poderia ser ruim, também poderia ser muito bom e aproximaria os dois universos. 

The Cradle of Life é um pouco mais desconexo nesse aspecto, pois possui várias trocas de ambiente em curtos espaços de tempo, mas as cenas de ação empolgam mais. Ignore o soco no tubarão, uma cena que infelizmente será caçoada até o fim dos tempos, e foque nas demais. A conquista do Orbe no Templo Luna bate praticamente todo o primeiro filme; a inclusão de ambientes urbanos e tecnológicos pode parecer fora de lugar, mas os jogos já faziam isso também. E para encerrar, a aventura se desenrola em busca da Caixa de Pandora. Me parece um ótimo pano de fundo.

Finalizando, eu não sou uma pessoa com muita paciência para filmes, talvez só por isso sou capaz de desfrutar das duas horas que cada filme oferece sem me frustrar com suas superficialidades. Isso, ou o fato de que eu certamente me satisfaço com pouco. E não me incomodo com isso.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Antagonista favorito

2. Quem é seu antagonista favorito?
Sejamos honestos, não tinha nem como ser outro, tinha? Tomb Raider não é uma série com personagens particularmente marcantes, talvez na verdade isso até tenha ajudado a alavancar Lara Croft na época, já que o jogo podia ser facilmente resumido a ela. Mas Jacqueline Natla também estava lá, manipulando Lara sem comprometer sua real natureza...

Quando Legend saiu, eu desenvolvi uma grande afinidade por Amanda Evert, mas sua reaparição em Underworld foi, no melhor dos cenários, deprimente. Não tanto pelo personagem em si, mas a mudança em seu visual e o tão agravante desaparecimento das suas inúmeras tatuagens fez com que ela perdesse um pouco de seu brilho a meu ver.

Natla também encarou diversas mudanças, digo isso não apenas pelo salto tecnológico entre suas aparições em Tomb Raider e Anniversary, mas também pelas mudanças que sofreu para tomar seu lugar de direito em TRU. Ignorando suas asas gigantescas, completamente diferentes das versões anteriores, ela recebeu feições mais próximas às de humanos mas sem perder sua essência -- da mesma forma que nossa eterna protagonista.

Difícil dizer se seu destino final foi, de fato, derradeiro para a deusa de Atlântida, mas ela certamente jamais será esquecida. Natla também estabeleceu o padrão para vilãs loiras na franquia: além da já mencionada Amanda, não vamos nos esquecer de Sophia Leigh. E Joachim Karel.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Jogo favorito da série

Durante o mês de novembro, não coincidentemente o último do ano com 30 dias, vou postar aqui no blog o "desafio dos 30 dias", uma ideia que surgiu ano passado para suprir a falta de novidades acerca do novo Tomb Raider e que, neste ano, recebeu uma segunda edição. 

Como o blog não está estagnado, a possibilidade destas postagens acabarem intercaladas com outro conteúdo (como screenshots dos pacotes de conteúdo adicional de Guardian of Light...) é grande, mas isso é irrelevante. Da mesma forma, como se trata de um blog pessoal e os comentários estão desabilitados, as postagens vão refletir apenas meus pensamentos sobre o assunto em questão. O pontapé inicial para o desafio dos 30 não poderia ser mais objetivo:

1. Qual seu jogo favorito da série?
Devo dizer que tenho sentimentos mistos aqui. Se eu tivesse que escolher apenas um jogo da série para levar para uma ilha deserta, por exemplo, provavelmente ficaria com Legend. Sim, o título mais fácil e curto da franquia, e mesmo após ter completado o jogo inúmeras vezes ainda sinto um grande apego por ele.

Não sei nem se consigo justificar essa escolha. Não representa desafio algum e, como muitos outros, eu sou capaz de atingir a marca dos 100% (incluindo colecionáveis e time trials) em menos de 4 horas. Porém, na época que eu era garoto de um console só, tinha o estranho hábito de repetir as três primeiras fases do jogo, no modo Time Trial, todos os dias em meu GameCube. O tempo passou, trocamos de geração, adquiri outros consoles e, junto a eles, um backlog de jogos contínuo e infinito me priva desse simples e inexplicável prazer.

Antes da Crystal Dynamics ter tomado as rédeas da franquia, meu título favorito era o Tomb Raider original, claro. Mesmo agora, mais de 15 anos depois de seu lançamento, o título ainda carrega uma atmosfera única e a nostalgia ao revisitar cada fase é palpável. Nessa era de remakes em alta definição e consoles virtuais, tenho que dizer que TR1 é um dos poucos títulos que não me deprime, fazendo-me pensar "sério mesmo que nós gostávamos disso?" (sim, Capcom, estou olhando para você).