Recentemente, o amigo Ivan C. sugeriu consultar o catálogo da Amazon japonesa
em busca de potenciais colecionáveis de interesse — mesmo que
Tomb Raider não seja uma franquia particularmente popular na
terra do sol nascente, até onde sabemos —, mas ainda assim foi uma busca
prolífera pois encontrei as capas japonesas dos filmes em DVD em alta
qualidade.
Como eu já havia feito no passado para
as capas alaranjadas
e, posteriormente, para
as versões minimalistas, achei que seria interessante dedicar uma postagem a essas variantes
orientais também. Em nota paralela, confesso que fiquei chocado com as datas
dessas postagens anteriores; o tempo realmente é um construto um tanto
elusivo...
A título de curiosidade, decidi fazer uma postagem dedicada para registrar por
aqui a versão de demonstração de The Last Revelation, que corresponde a um trecho do nível
The Lost Library
com algumas diferenças notáveis. Essa demonstração havia sido disponibilizada
publicamente em setembro de 1999, algumas semanas antes do lançamento inicial
do jogo. Sinto-me mais velho agora.
Minha ideia era capturar um vídeo próprio, mas, após inúmeras tentativas
frustradas no decorrer dos últimos meses, desencanei. Por algum motivo, todos
softwares causavam quedas violentas e frequentes na taxa de quadros por
segundo, resultando em um vídeo inutilizável. Felizmente, essa versão já havia
sido gravada pelo canal
LoreRaider
anos atrás.
Por que postar agora, você pergunta? Pois bem, quando
montei o encarte de The Times Exclusive para minha coleção, eu aproveitei para arquivar no mesmo disco alguns extras, como uma galeria
de imagens e vídeos, o conto
Down Among the Dead, e, por fim, essa versão de demonstração do jogo base. Esse disco está
gravado e guardado desde fevereiro, então observe que durante oito meses eu
fiquei procrastinando esse rascunho...
Um fator mais importante, porém, é a questão da compatibilidade. O mesmo
fantasma que assombra e terroriza os jogos originais impacta, da mesma
maneira, suas versões de demonstração. Meu sistema está obsoleto, e, mesmo
assim, tive dificuldades para executar essa demonstração, e muitas vezes
precisei forçar um encerramento através do gerenciador de tarefas pois ele
simplesmente parava de responder durante telas de carregamento. Os jogos por
si costumam receber correções da própria comunidade, mas não há justificativa
para esperar que esses programadores despendam seu tempo livre para consertar
meras versões de demonstração.
Enfim, falemos um pouco sobre as diferenças dessa demonstração.
Os únicos inimigos presentes são esqueletos e escorpiões (esses últimos não
existem na versão final do nível, aliás), além de um elemental de fogo. O guia também
faz uma breve e inútil aparição logo no início. O layout é absurdamente
simplificado em comparação a sua contraparte final, mas a maior curiosidade é
que essa demonstração conta com alguns itens que sequer existem na versão
final do jogo: nominalmente, a Gemstone e a Owl Coin.
A espingarda também possui um design diferente no inventário, e, aparentemente, a arma poderia ser combinada com a lanterna (que nunca
existiu), mas o jogo não permite acoplar a mira laser a ela. Ainda falando em inventário, os sinalizadores tinham o design final de TR4 mas
ainda eram de cor vermelha, embora já brilhassem na cor verde. Um vaso que deve ser empurrado me parece ser outro item que foi completamente descartado na versão final do jogo, até onde minha memória me serve.
As diferenças vão além de objetos e estrutura do nível. O sistema de
combate ainda era similar aos três primeiros jogos da franquia, ou seja, Lara
mantinha a mira travada no inimigo mesmo quando virasse de costas para ele ou
quando ele morria — a partir de TR4, os corpos desapareciam, e aqui Lara só destrava a mira de um alvo eliminado
quando isso acontece. Outro detalhe é que o menu de pausa oferece a opção
"Restart Level", algo que também nunca existiu (e que faz muita falta em
IV-VI Remastered) e não funciona mesmo assim.
Por fim, embora muitos dos efeitos sonoros estejam bizarramente ausentes, as
Uzis emitem sons diferentes. Entendo que em 1999 todos estávamos
em conexões discadas e um download de 12MB poderia muito bem demorar uma noite
inteira, mas aplaudo a coragem da Core Design em publicar uma demonstração tão capenga.
Para nós, porém, é o tipo de conteúdo que pode vir a se tornar "mídia perdida" com o
tempo...
Durante o evento anual
Tomb Raider Derby, cuja quinta edição ocorreu hoje na Inglaterra, o belo vídeo acima foi
exibido e, felizmente, compartilhado com fãs ao redor do mundo que não têm
condições (sejam elas financeiras ou não) para atender ao evento.
Novembro marca o vigésimo quinto aniversário de Chronicles, e, portanto, do Level Editor. A versão do jogo para computador veio acompanhada de um segundo disco
contendo o precioso software que deu início a uma comunidade leal e dedicada
que permanece ativa até hoje.
O vídeo destaca que existem mais de 3000 aventuras disponíveis gratuitamente,
através dos portais trle.net e
TRCustoms. E, mais do que isso, edição e apresentação são tão boas que muitas pessoas
ingênuas acreditaram se tratar de um lançamento oficial.
Dito isso, parte de mim ainda espera que a Crystal Dynamics contrate a Saber e
a Aspyr para desenvolverem um jogo inédito, com as ferramentas usadas nas
remasterizações dos cinco primeiros jogos, para criar um equivalente próprio de
Sonic Mania. Talvez não seria um sucesso estrondoso de vendas, mas na ausência de novos
jogos (reais) na subfranquia Lara Croft e considerando que o
próximo jogo da série parece estar perdido no vento, é algo que ajudaria a
preencher essa lacuna de forma sancionada.
O jogo, por si, é uma versão absurdamente simplificada da versão de Wii que,
por sua vez, já era uma versão "light" do jogo original. E isso é bem
retratado pelo simbólico número de conquistas disponíveis, cujos requisitos
não fogem do esperado: 14 das 21 conquistas estão ligadas à progressão na
campanha e seus respectivos colecionáveis, ao passo que as outras 7 referem-se
a trechos ou batalhas específicas a serem concluídas sem sofrer dano.
De qualquer forma, com essa nova adição, todos os jogos de PlayStation 2 da
série agora contam com conquistas. Sempre que qualquer
Tomb Raider recebe esse tipo de suporte, eu trago ao blog sob o
marcador RA —
embora eu próprio esteja impossibilitado de destravar muitas dessas conquistas
neste momento.
Este é um projeto sem fins comerciais e sua monetização é estritamente
proibida.
Outro projeto de tombraiderização, fruto de meus incessantes devaneios, toma
forma.
Como eu havia citado em uma ocasião anterior, eu tinha o interesse em
retematizar um jogo de dados para o universo de Lara Croft. A existência de
Super Mario Yahtzee
levantava a mesma pergunta de sempre: por que, afinal, não temos um "Tomb Raider Yahtzee" equivalente?
O relativamente recente lançamento de
Tomb Raider Pinball
foi o catalisador que faltava para eu finalmente trabalhar nessa improvisação
caseira: seis artefatos diferentes, pré-selecionados para a mesa
Adventures of Lara Croft, significava que havia exatamente um para cada
face de dados comuns.
Em minha família, por grande influência de meu pai, sempre jogamos uma
variação do jogo que conhecemos por
General, então, para a versão que decidi fazer para minha coleção, eu usei essas
mesmas regras (com sutis alterações). E, para manter as coisas "em casa",
nomeei essa adaptação em homenagem a meu irmão mais novo. Considerando-se os
artefatos que nossa garota costuma procurar, é uma palavra bastante
adequada.
Este é um projeto sem fins comerciais e sua monetização é estritamente
proibida.
Às vezes, eu penso que tenho problemas. Outras vezes, tenho certeza.
Quando publiquei meu último projeto DIY,
Tomb Raider: Solitaire Card Game, eu comentei que precisava acalentar o coração e reduzir. É uma barragem
constante de ideias e de devaneios que, por uma série de fatores externos,
acaba resultado em uma pressão auto-imposta que não faz sentido algum. E,
mesmo assim, aqui estou eu, novamente.
Semanas atrás eu esbarrei, acidentalmente, em um anúncio de um
Uno oficial usando a temática de
The Legend of Zelda. Ao olhar as fotos do produto, instantaneamente as vozes em minha cabeça
começaram a debater não apenas o porquê ainda não temos um equivalente de Lara
Croft, mas elas também plantaram a ideia de que eu quem deveria criá-lo para
suprir essa lacuna.
Existem diversos
templates online para imprimir gratuitamente, principalmente para uso em atividades pedagógicas, mas dada a simplicidade
do design das cartas do jogo, construi um template próprio, do zero, com
minhas habilidades risíveis de Photoshop. Felizmente, pude contar com a ajuda
do amigo Roli, do portal
Raiding the Globe, antes de montar as versões finais de cada carta: ele refinou o template de
forma a suavizar as bordas da elipse central. Muito obrigado, Roli!
De início, minha ideia era usar artes dos diferentes personagens da trilogia
Legend para o baralho, mas, com a vindoura unificação sobre a
qual tão pouco sabemos, decidi partir desse princípio (unificação... um...
uno!) e optei por usar artes das diferentes variantes da aventureira máxima —
e engenhosamente encaixei a Doppelganger no meio, por motivos de sim.
Embora ainda não esteja listado no site da Triple Edge Studios, aparentemente
um novo jogo de cassino virtual será lançado em 16 de outubro. Não estou
ciente da legislação que envolve esse tipo de produto atualmente, mas todos os sites em que
tentei acessar o jogo alegaram restrição regional, bloqueando o acesso de dentro do
Brasil.
De qualquer forma, Lara Croft: Fortune of the Eclipse continua a
tradição de manter viva a subfranquia derivada com produtos questionáveis. E,
francamente falando, olhando por fora, é muito similar a
Tomb of the Sun, o último cassino que havia sido lançado dois anos atrás e que também fazia
uso de elementos e estética de Shadow.
Com esse bloqueio regional em vigor, não sei se conseguirei conferir
pessoalmente para fazer uma postagem dedicada aqui no blog Raider Daze.
Vale lembrar que é o quinto produto do gênero, todos frutos de uma parceria
que perdura há décadas. Não está diretamente relacionado à situação de
vaporware do próximo jogo da série principal, então não saia arremessando
pedras.
A loja digital Good Old Gaming (GOG) disponibilizou hoje
através de seu catálogo os jogos Rise e
Shadow of the Tomb Raider, e ambos foram instantaneamente adicionados ao programa de preservação de
jogos antigos que a própria plataforma iniciou algum tempo atrás.
Como citei em outra ocasião,
quando a trilogia Legend foi incorporada, a ideia por trás desse programa é garantir a compatibilidade de jogos
clássicos com sistemas operacionais modernos, assumindo a responsabilidade de
atualizar e corrigir problemas dos jogos conforme necessário.
Vale notar que muitos jogadores preferem realizar suas compras através
da GOG pois os jogos são distribuídos sem qualquer forma de DRM —
o infame gerenciamento de direitos digitais —, além de normalmente chegarem em suas
edições "completas" (ou seja, sem DLCs vendidos separadamente) e com todas
funcionalidades online suprimidas. Essa última afeta diretamente os dois jogos
recém adicionados.
Já Shadow remove a opção de explorar as tumbas DLC em modo
cooperativo (algo que fiz questão de documentar em vídeos, felizmente), e
as leaderboards são customizadas. Todas as conquistas estão presentes
na versão GOG
e a loja ainda oferece a trilha sonora digital — a versão de 17 faixas, das primeiras edições especiais — em formato MP3 gratuitamente
com a compra do jogo.
Entre muitas outras coisas, preciso de um computador novo.
Durante o
State of Play
hoje, a Sony confirmou que Anniversary será disponibilizado para
plataformas PlayStation 4 e 5 através do catálogo digital PS2 Classics. O
anúncio era esperado, uma vez que uma
lista de troféus
havia sido captada pelos portais rastreadores de troféus dias atrás.
Não se trata de uma remasterização: da mesma forma que Legend,
em maio do ano passado, é apenas uma versão emulada da versão de PS2. Os jogos originais ainda
estão disponíveis para PC, através da Steam e da GOG, e são acessíveis na
família Xbox através do programa de retrocompatibilidade da plataforma.
Observe que esse lançamento não significa que uma remasterização da trilogia
esteja automaticamente descartada: Deus Ex, por exemplo, foi lançado sob o selo PS2 Classics
em junho deste ano
e, também no State of Play de hoje, foi revelado que
está sendo remasterizado
— e pela Aspyr, ainda por cima!
O estúdio esteve bem ocupado nesses últimos anos, de tal forma que não é
difícil pensar que uma remasterização da trilogia possa vir a existir bem a
tempo do 30º aniversário da franquia. Sem falar que existe muito conteúdo
extra e exclusivo disperso entre as diferentes plataformas (os mais notórios
sendo os níveis e trajes extras de Underworld), portanto um pacote definitivo é absolutamente necessário.
E, por fim, uma curiosidade: essa lista de troféus para as versões PS4 e PS5
de TRA é nova, com artes e requisitos diferentes. Na verdade, é
até mesmo mais fácil que as listas de troféus e de conquistas originais, mas,
mesmo assim, pretendo escrever um breve guia para publicar junto ao lançamento
dessa versão do jogo, que está programado para 21 de outubro.
[Atualizado em 18/10/2025:] A PlayStation Store alterou a data para 18 de novembro. Importante destacar que a data anterior nunca havia sido oficializada: tanto no evento da Sony como na confirmação da Crystal Dynamics, apenas dizia-se que o lançamento ocorreria "em breve".
Agora que sabemos que Sophie Turner assumirá as proverbiais botas da nossa
saqueadora de tumbas favorita, nada mais justo do que nos familiarizarmos com
a carreira da moça. Comecemos pelo básico: Sophie é inglesa, nascida em 21 de
fevereiro de 1996 (poucos meses antes da franquia chegar ao mercado), e mede
1,75m de altura — a atriz mais alta até o momento.
O vídeo acima foi publicado pelo mesmo canal que havia feito um
recapitulativo de Alicia Vikander no passado. Ele foi ao ar antes dos rumores da série live-action da Amazon começarem a
circular, então não está diretamente ligado à confirmação de Sophie como a
aventureira titular, mas recomendo fortemente mesmo assim.
Sophie era uma mera adolescente em seu primeiro emprego quando desempenhou o
papel de Sansa Stark na monstruosamente popular
Game of Thrones — praticamente um batismo de fogo, por assim
dizer. Não devemos formar opiniões com base apenas nesse papel, mesmo porque,
nesse momento, não sabemos quais são as ideias e planos dos produtores para
essa nova adaptação de Tomb Raider, então tudo que podemos fazer é dar tempo ao tempo.